Professor é aquele que ‘professa’ alguma coisa, que repassa algum conhecimento, que reproduz um $istema que perpetua as desigualdades sociais, a exploração, a predação ambiental... Quenão pensa espaço para a contextualização, o Meio Ambiente, a vida humana e demais seres, em suas palpitações e exigências reais, a transformação!
Educador é aquele que trabalha para Educar. Educador é aquele que parte do contexto histórico de seus educandos, de sua realidade social, econômica, política e cultural, até chegar ao conhecimento historicamente construído e acumulado pela humanidade. Educador é aquele que foca sua Atividade Pedagógica na promoção e na emancipação do ser humano, buscando construir uma Nova Sociedade, não mais baseada na competição, na exploração, na degradação ambiental, na cultura da morte, no lucro, no acúmulo de capital em poucas mãos e na marginalização de bilhões de homens e mulheres... O Educador, a Educadora, trabalham a partir do aporte científico e como tal ele/a não "professa" uma crença na ciência, mas trabalha com certezas (ainda que muitas vezes elas tenham um caráter provisório)!
No entanto o foco desta matéria será outro. Estamos acostumados ouvir da boca dos ‘fazedores de cabeça’ alheia que nós, Professores e Professoras, somos “formadores de opinião”. Mormente políticos profissionais costumam, ironicamente, jogar isto contra nós para ‘amansar burro’. É assim que muitos pensam de nós Educadores. (Quem quiser ser “professo”, é livre...).
Outro dia (12-10-08) eu conversava com uma Família amiga. E discutíamos do grande poder, do grande trunfo que nós Educadores e Educadoras temos em nossas mãos. De como temos a força, as diretivas, os meios, as ferramentas para construir outro contexto Político (do bem comum, orgânico, transformador e até partidário). Mas parece que não conseguimos nos dar conta do que somos capazes. Nós somos como os ‘elefantes domesticados’ que se comportam com docilidade na relação com o seu ‘domador’. Temos uma tremenda força nas mãos, no entanto, muitas vezes, ficamos impotentes diante dos desafios, dos problemas, das exigências que se nos apresentam... Deve ser por isso que alguns políticos querem nos manter 'amarrados', amordaçados e silenciados!
Nesta Democracia da qual fazemos parte, as Eleições Municipais já aconteceram. Aliás, muitas vezes têm acontecido... E do mesmo modo são eleitos os ‘espertos’, os ligeiros, os ‘bonzinhos’, os boçais, os despreparados, os oportunistas, os corruptos... Porque não basta ter ‘boa vontade’ e ‘boas intenções’. Diz o ditado que destas “o inferno está cheio!” Mas é necessário que os “Representantes do Povo” tenham Formação Escolar, tenham uma relação contínua com as Comunidades, tenham envolvimento profundo, tenham compromisso, tenham honestidade, tenham respeito para com a sociedade, que participem de uma organização política confiável (seja Partido, Sindicato, Associação, Movimento, ONG) demonstrem claramente às Comunidades quando, como e para quem se propõem Trabalhar.
As Escolas Estaduais do Paraná (Instituições que se localizam no Município) serão um espaço de disputa eleitoral em 21 de novembro de 2008. Terão as Eleições para Diretores das Escolas. E ali será mostrado quem, como e porque somos e o que temos! Se somos reles Professores ou se somos Educadores! Teremos a oportunidade para mostrar à Comunidade Escolar que somos “intelectuais orgânicos” ou somos “vaquinha de presépio”! Se somos sujeitos ou somos parte da “massa de manobra”. Se somos unidos ou “salve-se quem puder”! Se temos um Projeto de Educação ou somos diluídos na fragmentação do arcaico sistema educacional! Se temos foco e sul para onde queremos ir ou estamos à mercê de interesses os mais diversos e antagônicos possíveis! Se temos consciência e pensamos o nosso contexto real ou se somos meros reprodutores de pseudo-ciências que dizem respeito a outros interesses... Se somos seres humanos ou se somos marionetes do $istema dominante. Se se queremos criar uma nova realidade ou queremos continuar reproduzindo...
Se realmente tívessemos unidade de princípios, de objetivos, de metas e um Projeto comum a todos/as... não haveria nem necessidade de disputa, apenas apresentaríamos uma dupla que quiséssemos como Diretor/a, e o processo seria simples, sem desgaste para ninguém.
Se realmente tívessemos unidade de princípios, de objetivos, de metas e um Projeto comum a todos/as... não haveria nem necessidade de disputa, apenas apresentaríamos uma dupla que quiséssemos como Diretor/a, e o processo seria simples, sem desgaste para ninguém.
“Alea jacta est!” (Júlio Cesar)
Candói, 25/10/2008.
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