quarta-feira, 4 de julho de 2012

O PARAGUAI E O “CONTRABANDO IDEOLÓGICO”


Por Artur Peregrino¹

O Paraguai é uma nação de um povo maravilhoso. Mas sua fama de contrabandear whiski ficou na história. Hoje assistimos a uma cena grotesca na política do país. Chamo isso de “contrabando ideológico”.  O que realmente aconteceu no Paraguai nas 30 horas do dia 21 para o dia 22 de junho de 2012?
É bom lembrar um pouco a história recente. A eleição de Fernando Lugo foi uma das muitas na América do Sul (Argentina, Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador, Uruguai, Peru, Honduras, Nicarágua, El Salvador) em que as sociedades escolheram governos de esquerda e mudaram o mapa político do hemisfério nos últimos 14 anos. Isso os Estados Unidos não esperava. Com essa mudança, veio uma crescente unidade política em temas regionais que aprofundou uma resistência aos Estados Unidos, antes bem-sucedido ao evitar o surgimento de governos de esquerda.
A partir daqui podemos compreender o porquê da resposta tão surpreendente e imediata dos países sul-americanos a esta armação que se configurou em um golpe de estado moderno. Os países do campo de esquerda são unânimes em dizer que houve uma ameaça à democracia. Por isso a Unasul não reconhece o governo pós-golpe. O Mercosul decidiu suspender a participação do Paraguai no organismo até as eleições de abril de 2013 e anunciou que a Venezuela, cujo ingresso era barrado pelo Congresso paraguaio, passará a membro pleno do bloco a partir do dia 31 de julho.
          Segundo a Oxfam - confederação de 13 organizações e mais de 3000 parceiros, que atua em mais de 100 países na busca de soluções para o problema da pobreza e da injustiça -, o Paragui figura entre os dez países mais desiguais do mundo. Menos de 10% dos paraguaios possuem 66,4% das terras da nação. O aprofundamento da desigualdade se deu no período da ditadura militar no Paraguai. Refiro-me a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989). O tirano entregou 10 milhões de hectares, ou seja, um quarto das propriedades do país, para militares e amigos do regime. A partir desse dado poderemos entender porque o Paraguai é um dos paises mais desiguais do mundo.
          É sabido que o governo Fernando Lugo incomodava as oligarguias pela aproximação com movimentos campesinos, num país onde reina a concentraçao de terra. Os opositores do presidente Lugo queriam vê-lo fora do poder de qualquer maneira. Para evitar que o julgamento político se alongasse, em menos de uma hora senadores opositores leram, sem entrar em detalhes, os cinco motivos que consideraram suficientes para cassar o presidente. As acusações não foram apresentadas por escrito e as provas eram simples fotocópias de recortes dos jornais. A sanção contra Lugo havia sido decretada antes de o julgamento começar. O presidente Fernando Lugo, após ser acusado de mau exercício de suas funções, pediu 18 dias para preparar sua defesa. Teve duas horas. Logo foi julgado sumariamente sem nenhuma possibilidde de defesa.
O estopim para o impeachment foi a desastrosa desocupação de uma propriedade perto da fronteira com o Brasil, que terminou com 17 mortos. Vamos pensar um pouco. Poderíamos comparar com um fato que aconteceu na história recente do Brasil. É mais ou menos como se o Congresso destituísse o presidente de então, Fernando Henrique Cardoso, por não evitar o massacre de Eldorado dos Carajás em 1995, que resultou na morte de 19 trabalhadores rurais.
          Na realidade, o que aconteceu no Paraguai foi um golpe de estado promovido pelo Congresso a serviço de latifundiários e multinacionais. Foi um golpe na democracia. Mesmo que se afirme que o processo foi legal. Assistimos a um espetáculo imoral. É preciso averiguar as verdadeiras bases desse golpe. No Brasil, a imprensa elitista não divulga essa realidade. Muitos repórteres agem como sistemáticos acusadores de qualquer líder latino-americano que não se coloca alinhado aos interesses dos Estados Unidos. Vomitam sua ira contra movimentos que  propõem mudanças estruturais  na América Latina.
          Um serviço à democracia na América Latina é divulgarmos, da melhor e maior forma, o que aconteceu no Paraguai nesses dias. É bom divulgarmos que a sentença da destituição do presidente Lugo já estava elaborada antes do julgamento. Que tudo foi um circo, um teatro. Os perdedores são aqueles que se beneficiaram com as conquista sociais resultantes da gestão de governo de Lugo.
          Os que deram apoio imediato ao regime golpista compactuaram com esse estado de coisas. É lamentável que pessoas e instituições tenham participado desse jogo de cena. Na realidade, um sistema autoritário corresponde melhor a seus interesses, porque aí tudo se decide conversando com o ditador. Por isso o que aconteceu no Paraguai foi um golpe na democracia. Mas o mundo não aceitou esse “contrabando ideológico”.
          O teólogo Leonardo Boff assim se expressou sobre o bispo Fernando Lugo: “É um homem que sabe escutar e acolher o que vem de baixo, fruto da experiência de muitas gerações. É uma honra para a Igreja e para a própria Teologia da Libertação oferecer um quadro desta densidade política e ética para servir a um povo que tanto sofreu historicamente e que merece um destino melhor, integrado nas novas democracias do Continente”.
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¹ Artur Peregino (cognome de Jose Artur Tavares de Brito) é Professor secundarista e da PUC de Recife/PE. Estudei com ele no antigo Seminário Diocesano S. José, em Ponta Grossa/PR (1977-1980).

terça-feira, 3 de julho de 2012

Biodiversidade e Biotecnologia


Monoculturas da mente


Física, filósofa, feminista e ativista ambiental, Vandana Shiva é leitura obrigatória quando o assunto é biodiversidade e biotecnologia. Nesta obra, a autora indiana defende que as monoculturas não são apenas maneiras de usar a terra, mas também de pensar e de viver.

Vandana Shiva costuma intrigar pela coragem e resistência pacífica com que enfrenta grandes corporações agrícolas em debates internacionais que definem políticas globais de produção e segurança alimentar. Mesmo nos debates mais acalorados, um sorriso estampa discretamente seu rosto, por exemplo, quando lançou críticas veementes ao texto da Convenção da Biodiversidade, durante a ECO 92. A suavidade só traz mais força a essa mulher: física, filósofa, feminista e ativista ambiental, é autora, entre outros, do aclamado livro “Staying Alive: Women, Ecology and Development”, de 1989. Em 1993, ela ganhou o Prêmio Nobel Alternativo da Paz (o Right Livelihood Award). Shiva é líder do Fórum Internacional sobre Globalização, ao lado de Ralph Nader e Jeremy Rifkin, consultora para questões ambientais da Rede do Terceiro Mundo, além de diretora da Fundação de Pesquisas em Ciência, Tecnologia e Ecologia, em Nova Déli.

Há pelo menos vinte anos, seus escritos têm se destacado em todo o mundo, como um recado lúcido e independente, endereçado aos detentores do poder político e do saber científico do Ocidente – duas forças, segundo ela, centralizadoras, uniformizadoras e pouco dispostas a ouvir o que as comunidades tradicionais dos países do Sul, que acumulam milhares de anos de experiência em produção agrícola, têm a dizer sobre biodiversidade e biotecnologia.

Em Monoculturas da Mente, Vandana Shiva reúne cinco ensaios que trazem inúmeros questionamentos e reflexões sobre as causas e consequências da perda da biodiversidade, bem como os desafios que envolvem a sua preservação. Os relatos da autora são resultado de sua participação em movimentos de defesa da diversidade da natureza e da cultura dos povos tradicionais. É o caso, das camponesas do movimento Chipko, em Garhwal, no Himalaia, combatentes das monoculturas de pinheiros que ocuparam parte das florestas nativas, sem que pudessem dar conta das inúmeras funções até então exercidas pela antiga cobertura vegetal, tais como fornecer água e conservar o solo e prover alimentos, forragem, fertilizantes, fibras e combustíveis.

No primeiro ensaio, que leva o nome do livro, a autora afirma que a principal ameaça à biodiversidade vem do hábito de se pensar em termos de monoculturas. Ela escreve: “As monoculturas ocupam primeiro a mente e depois são transferidas para o solo. As monoculturas mentais geram modelos de produção que destroem a diversidade e legitimam a destruição como progresso, crescimento e melhoria. (...) A expansão das monoculturas tem mais a ver com política e poder do que com sistemas de enriquecimento e melhoria da produção biológica. Isso se aplica tanto à Revolução Verde quanto à revolução genética ou às novas biotecnologias.”

Shiva argumenta que eleger um único produto principal de exploração comercial implica em deixar de enxergar as outras diversas funções que a floresta exerce na vida das comunidades, para quem a mata é mais do que um grande depósito de madeira. Essa visão reducionista implica, portanto, em fechar os olhos para elementos que o saber local compreende, mas que a ciência dominante simplesmente ignora.

Escrito para o programa WIDER, da Universidade das Nações Unidas, sobre “O sistema de saber enquanto sistema de poder”, este ensaio procura mostrar como o saber local dos agricultores do Sul torna-se “invisível” diante do saber ocidental que parece ter colonizado intelectualmente o mundo inteiro. Basta chegar a um novo destino de exploração da terra para que a opção ocidental globalizadora coloque-se, em pouco tempo, como o único saber sistemático e científico capaz de garantir e aumentar a produção de alimentos – sem perder, contudo, o discurso de zeladora da biodiversidade. Assim, os sistemas locais de produção agrícola são desconsiderados e desqualificados enquanto saberes. Tidos pejorativamente como primitivos e anticientíficos, esses conhecimentos entram em crise, levando ao colapso séculos de tradição no campo, de práticas culturais e de cuidados ancestrais com a terra.

Vandana Shiva entende que, ao contrário do que diz o discurso hegemônico, muitas vezes o saber local é superior ao pensamento globalizado, na medida em que está mais perto da vida na floresta e de sua integridade e diversidade. Um dos exemplos citados no ensaio explicita bem o que a autora procura defender: “A ciência dominante na silvicultura não tem espaço para o saber dos hanunus das Filipinas, que dividem as plantas em 1.600 categorias, entre as quais os botânicos especializados só conseguem distinguir 1.200. Os fundamentos do saber dos sistemas de safras baseados em 160 tipos de plantas da tribo Llua, da Tailândia, não são considerados saber, nem pela silvicultura dominante, que só vê a madeira comercial, nem pela agricultura dominante, que só vê a agricultura quimicamente intensiva”.

Na interpretação da autora, o saber científico considera a floresta natural rica em biodiversidade como caos, enquanto que a floresta “fabricada pelo homem” é vista como ordem. Assim, há uma clara tendência antinatureza, em que a diversidade cede lugar à uniformidade de espécies isoladas, mais adequadas aos objetivos industriais e comerciais do modelo de silvicultura que se vende mundo afora como única alternativa.

Da mesma forma, as sementes das comunidades locais são consideradas primitivas, inferiores e de má qualidade pelos agentes da Revolução Verde. Eles insistem em pulverizar sobre o planeta a ideia de que apenas as sementes desenvolvidas em laboratório para resistir aos herbicidas, devem fazer parte do sistema produtivo, uma vez que, graças à engenharia genética de ponta, são as únicas capazes de oferecer alto rendimento.

Mais detalhes sobre essas questões de biotecnologia são abordados nos três ensaios subsequentes (dois dos quais escritos para a Rede do Terceiro Mundo para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento) e tratam o tema sob a perspectiva do Terceiro Mundo e sua relação com o meio ambiente. O alerta comum aos três textos diz respeito aos riscos de se misturar os interesses da biodiversidade e da biotecnologia nas mais diversas mesas de negociação. Diz Vandana Shiva: “(...) Há um uso enorme e injustificado de poder e política quando a biodiversidade e seus produtos são tratados como uma herança irrestrita e comum da humanidade quando vêm do Terceiro Mundo, ao mesmo tempo em que os produtos da mesma biodiversidade são considerados propriedade privada e patenteada quando são ligeiramente modificados pelos laboratórios do Norte. A diversidade enquanto modo de pensar levaria a um tratamento mais justo e equitativo das contribuições do Norte e do Sul.”

No último ensaio da obra, a autora avalia os impactos negativos que a Convenção sobre Biodiversidade, realizada em Nairóbi em 1992, pode provocar no Terceiro Mundo, visto que alguns pontos, segundo ela, mais parecem servir à exploração do que à preservação da biodiversidade. Para facilitar o entendimento e reflexão, a edição brasileira de Monoculturas da Mente traz a íntegra do texto em questão como apêndice.

Por fim, resta dizer que ainda que o termo Terceiro Mundo tenha caído em desuso entre muitos acadêmicos, nesta obra a distinção entre os interesses dos dois hemisférios do globo serve à autora como base para um pedido urgente de diálogo mais honesto que ainda precisa ocorrer entre o Norte e o Sul. Dar ouvidos ao que clamam os pequenos - que não são uma minoria no planeta – parece ser o primeiro passo para o resgate da diversidade no modo de pensar e entender as necessidades dos povos e da Terra.
      Vandana Shiva¹ costuma intrigar pela coragem e resistência pacífica com que enfrenta grandes corporações agrícolas em debates internacionais que definem políticas globais de produção e segurança alimentar. Mesmo nos debates mais acalorados, um sorriso estampa discretamente seu rosto, por exemplo, quando lançou críticas veementes ao texto da Convenção da Biodiversidade, durante a ECO 92. A suavidade só traz mais força a essa mulher: física, filósofa, feminista e ativista ambiental, é autora, entre outros, do aclamado livro “Staying Alive: Women, Ecology and Development, de 1989. Em 1993, ela ganhou o Prêmio Nobel Alternativo da Paz (o Right Livelihood Award). Shiva é líder do Fórum Internacional sobre Globalização, ao lado de Ralph Nader e Jeremy Rifkin, consultora para questões ambientais da Rede do Terceiro Mundo, além de diretora da Fundação de Pesquisas em Ciência, Tecnologia e Ecologia, em Nova Déli.
          Há pelo menos vinte anos, seus escritos têm se destacado em todo o mundo, como um recado lúcido e independente, endereçado aos detentores do poder político e do saber científico do Ocidente – duas forças, segundo ela, centralizadoras, uniformizadoras e pouco dispostas a ouvir o que as comunidades tradicionais dos países do Sul, que acumulam milhares de anos de experiência em produção agrícola, têm a dizer sobre biodiversidade e biotecnologia.
            Em Monoculturas da Mente, Vandana Shiva reúne cinco ensaios que trazem inúmeros questionamentos e reflexões sobre as causas e consequências da perda da biodiversidade, bem como os desafios que envolvem a sua preservação. Os relatos da autora são resultado de sua participação em movimentos de defesa da diversidade da natureza e da cultura dos povos tradicionais. É o caso, das camponesas do movimento Chipko, em Garhwal, no Himalaia, combatentes das monoculturas de pinheiros que ocuparam parte das florestas nativas, sem que pudessem dar conta das inúmeras funções até então exercidas pela antiga cobertura vegetal, tais como fornecer água e conservar o solo e prover alimentos, forragem, fertilizantes, fibras e combustíveis.
                No primeiro ensaio, que leva o nome do livro, a autora afirma que a principal ameaça à biodiversidade vem do hábito de se pensar em termos de monoculturas. Ela escreve: As monoculturas ocupam primeiro a mente e depois são transferidas para o solo. As monoculturas mentais geram modelos de produção que destroem a diversidade e legitimam a destruição como progresso, crescimento e melhoria. (...) A expansão das monoculturas tem mais a ver com política e poder do que com sistemas de enriquecimento e melhoria da produção biológica. Isso se aplica tanto à Revolução Verde quanto à revolução genética ou às novas biotecnologias.”
           Shiva argumenta que eleger um único produto principal de exploração comercial implica em deixar de enxergar as outras diversas funções que a floresta exerce na vida das comunidades, para quem a mata é mais do que um grande depósito de madeira. Essa visão reducionista implica, portanto, em fechar os olhos para elementos que o saber local compreende, mas que a ciência dominante simplesmente ignora.
          Escrito para o programa WIDER, da Universidade das Nações Unidas, sobre “O sistema de saber enquanto sistema de poder”, este ensaio procura mostrar como o saber local dos agricultores do Sul torna-se “invisível” diante do saber ocidental que parece ter colonizado intelectualmente o mundo inteiro. Basta chegar a um novo destino de exploração da terra para que a opção ocidental globalizadora coloque-se, em pouco tempo, como o único saber sistemático e científico capaz de garantir e aumentar a produção de alimentos – sem perder, contudo, o discurso de zeladora da biodiversidade. Assim, os sistemas locais de produção agrícola são desconsiderados e desqualificados enquanto saberes. 
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¹ É autora dentre outras obras, de Biopirataria, a pilhagem da natureza e do conhecimento.

A ÂNSIA PELO PODER


FAMÍLIA, AMIGOS/AS, COMPANHEIROS/AS, CAMARADAS, COLEGAS, CONHECIDOS/AS: Estive observando o campo em disputa e fiz algumas considerações sobre a...


A ÂNSIA PELO PODER

Pelo Poder, NÃO o poder político, que significa organização, discussão, trabalho, luta pela "pólis", pelo bem comum, pela comunidade, pelo coletivo, mas o poder de apenas ocupar um cargo eletivo, tem cidadãos que fazem qualquer negócio!

Pelo poder, NÃO o poder da doação, da dedicação, da honestidade, da transparência, o poder de transformar o mundo à nossa volta, mas pelo poder de visualizar ganhos a partir daquilo que deveria servir a todos/as, tem cidadãos que mentem, enganam, trapaçam, pressionam!

Pelo poder, NÃO o poder da Justiça, da Equidade, da Solidariedade, da Felicidade, do Pão, da Renda Digna..., mas o poder de auferir ganhos, vantagens e benefícios pessoais tem cidadãos que se contradizem, dizem hoje uma coisa e daqui a pouco dizem outra, agora afirmam um princípio logo mais o renegam!

Pelo poder, NÃO o poder que realmente "emana do povo e em seu nome é exercido", pois o povo, especialmente o povo pobre, miserável e trabalhadores/as em geral, são considerados incompetentes, incapazes, cegos, surdos, sem visão, indignos, desprezíveis, escória... e devem permanecer em seus guetos, "sofrendo" a ação da caridade, dos favores e das migalhas que caem da mesa das elites, pois afinal, estes têm que ser acalmados com um mínimo, a fim de sobreviverem, não se revoltarem e continuarem como subalternos, sabugos... explorados pelos poderosos! É assim, porque tem cidadãos que acreditam apenas e tão somente no poder do dinheiro, dos recursos econômicos, do seus status, da sua fama, de sua prepotência, de sua arrogância... ainda que nestes dias se apresentem como lobos travestidos de ovelhas, com aparência de humildade... para enganar os desavisados, os clientes, os incautos e até aqueles/as que se fazem de inocentes para também tentar tirar algum proveito, ainda que seja momentâneo e enganosamente efêmero!

É a velha prática do falsidade, do caciquismo, da corrupção, do engano, da vantagem... onde NÃO há povo, mas apenas a visualização de eleitores que sempre foram usados como massa de manobra, como escada, como trampolim... em benefício de uma minoria e em prejuízo da grande maioria! Com este quadro assim pintado, jamais se pode profanar a palavra DEMOCRACIA!

Publicado inicialmente no Facebook.