quinta-feira, 31 de março de 2011

CONTAMINAÇÃO DO LEITE MATERNO POR AGROTÓXICOS É ALARMANTE - Por Danielly Palma

Plugbr.net
           A repórter Manuela Azenha esteve em Cuiabá, Mato Grosso, onde assistiu à defesa de tese da pesquisadora Danielly Palma. A ela coube pesquisar o impacto dos agrotóxicos em mães que estavam amamentando na cidade de Lucas do Rio Verde. A seguir, o relato:
          Lucas do Rio Verde é um dos maiores produtores de grãos do Mato Grosso, estado vitrine do agronegócio no Brasil. Apesar de apresentar alto IDH (índice de desenvolvimento humano), a exposição de um morador a agrotóxicos no município durante um ano é de aproximadamente 136 litros por habitante, quase 45 vezes maior que a média nacional — de 3,66 litros.
          Desde 2006, ano em que ocorreu um acidente por pulverização aérea que contaminou toda a cidade, Lucas do Rio Verde passou a fazer parte de um projeto de pesquisa coordenado pelo médico e doutor em toxicologia, Wanderlei Pignatti, em parceria com a Fiocruz. A pesquisa avaliou os resíduos de agrotóxicos em amostras de água de chuva, de poços artesianos, de sangue e urina humanos, de anfíbios, e do leite materno de 62 mães. A pesquisa referente às mães coube à mestranda da Universidade Federal do Mato Grosso, Danielly Palma. Continua EcoDebate.

sábado, 26 de março de 2011

O CIDADÃO ISAIAS BUCCO E A CONSERVAÇÃO DAS ESTRADAS DO CAMPO


Eponina e Isaias Bucco (01/2010)
           Acostumamos desde crianças a ver nosso pai, (Isaias Bucco) especialmente em dias de chuva ou imediatamente ao início da estiagem, tomar uma foice e uma enxada, e seguir rumo às estradas que cortavam a sua UPVF (Unidade de Produção e Vida Familiar ou "propriedade") e para além dela. Costumava colocar um chapéu, alguma capa ou plástico para proteção da chuva. Vez ou outra provocava a vizinhança ali de Três Palmeiras III e Passo Grande, (atualmente a localidade de Três Passos), para fazer o mesmo, principalmente quando as beiras de estrada estavam com a mata invadindo o caminho, a fim de roçar e facilitar tanto o acesso como a passagem das máquinas (ainda nos anos de 1960, quando Candói pertencia a Guarapuava e as máquinas passavam 'alisando' os caminhos a cada quatro anos).
         À medida que atingíamos a idade da razão nosso pai nos fornecia uma enxada e íamos com ele, caminho a fora, desobstruindo os "desaguador", as valetas ou valas entupidas, por onde deveriam escorrer as águas da chuva, nas estradas do campo ou "rurais". Ele tinha especial cuidado com estas águas que corriam ao tempo das chuvas e outras vezes temporariamente, quando se formavam pequenas "vertentes", minas ou fontes que liberavam água por muitos dias e podiam provocar grandes estragos e até "atoladores" pelas estradas de rodagem.
          Nosso pai vem de um tempo em que os moradores de uma determinada comunidade não podiam se dar ao luxo de esperar o poder público manter as estradas arrumadas e conservadas. Acreditava que a conservação era um dever de todos os usuários, especialmente de quem morava e precisava ir e vir por aqueles caminhos. Ainda nos anos 60 e 70, ele, alguns vizinhos e alguns agregados que havia em sua UPVF, reuniram-se em mutirão, com foices, enxadas, enxadões, picaretas, pás, arado de boi, e cortaram novos trechos de estrada para desviar atoleiros (por onde não se conseguia passar nem com carroça). Pelo menos em dois trechos cortaram novos caminhos e evitaram locais para onde afluíam grandes quantidades de água ou vertentes.
          A produção para ser escoada, naqueles tempos, ia desde porcos que eram criados tanto na forma de "safra" engordada na "tiguera" das roças de milho, como cargas de milho e feijão. E as estradas deveriam ser conservadas para facilitar o acesso nada fácil naqueles dias. Desde modo nosso pai nos deixou mais este exemplo de atitude contra a indiferença, a passividade e o paternalismo.
         O que escrevemos aqui não exime o poder público de suas responsabilidades de fazer a manutenção e a conservação das estradas. Aliás, a prefeitura municipal deveria ter uma equipe de manutenção pública composta de três ou mais homens,  bem remunerados, com uniformes adequados às condições do tempo, munidos daquelas ferramentas básicas (conforme citamos anteriormente) para passar sistematicamente por todos os caminhos, em todas as comunidades, fazendo os serviços básicos de manutenção e ao mesmo tempo ir mapeando aqueles trechos mais complicados para se fazer as intervenções necessárias com as máquinas mais pesadas/motorizadas, colocando as manilhas, dentre outros. Deste modo evitar-se-iam grandes gastos com máquinas trabalhando de novo, outra vez transportando "cascalho", dentre outros, considerando que há partes das estradas que se conservam por muito tempo transitáveis.
          Muitas vezes por conta de um desaguador inadequado ou obstruído por vegetais, restos de capim e rochas ou devido a um bueiro trancado, um grande trecho de estrada fica comprometido ou estragado. Já aconteceu de estarmos transitando em dias de chuva pela via Candói-Três Passos (e vice versa) e parecer que rodávamos por um verdadeiro rio, por muitos quilômetros. As consequências deste fenômeno são públicas e notórias. Uma equipe de manutenção que transitasse apenas nos dias ou horários chuvosos sanaria este problema rapidamente. Por outro lado seria bom que o poder público, através de seus eventos, em parceria com as associações, as escolas, sindicatos, igrejas e outras organizações, procurassem desenvolver uma cultura de participação e manutenção (paralela ou conjunta) com a equipe de manutenção pública.

quarta-feira, 23 de março de 2011

CFR: CURSO TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA E “OS PAIS DA CRIANÇA”


ESCOLA AGROTÉCNICA ESTADUAL DEMOCRÁTICA CHICO MENDES
           Em 2008 já tínhamos aprovado o Curso Técnico em Agroecologia para a Casa Familiar Rural (CFR) de Candói, bem como um recurso, à época, através do Território da Cidadania, CANTUQUIRIGUAÇU, no valor de R$ 100.000,00 oriundo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a ampliação da CFR, através da construção de novas salas. Este processo de implantação de um curso (CTA) fora responsabilidade de nosso companheiro de Trabalho, Joélcio Rufato Dutra (que no quesito negociação política e desenvolvimento de projetos, com o auxílio do Administrativo ou Monitores, tirava de letra). Porém no que tange a aspectos locais, tanto uma possibilidade como a outra foram rolando...

          O Curso Técnico em Agroecologia não foi implantado porque não tínhamos salas suficientes para acomodar as turmas que tínhamos então. E a verba de R$ 100.000,000 para a ampliação da CFR foi aprovada junto ao Conselho Estadual dos Territórios da Cidadania em reunião estadual ao início de 2009. E continua rolando o processo... Nada de ampliação ainda, mesmo que se afirme que o dinheiro está depositado na Caixa Econômica Federal. E o Curso Técnico em Agroecologia, depois de algumas discussões iluminadas, virou Curso Técnico em Agroindústria.

          A primeira proposta, a do Curso Técnico em Agroecologia, seria mais necessária, considerando que ‘fazemos’ apenas o comum que todo "veneneiro" faz, isto é, ele utiliza nas lavouras toneladas de químicos, venenos, agrotóxicos, produz alimentos de baixa qualidade nutricional, contaminados com venenos, que fazem muito mal à saúde da população, isto é, desenvolve muitas doenças (dentre elas algumas fatais) e contamina o Meio Ambiente e, portanto, a toda forma de vida. Mas é uma opção buscar fazer a diferença, buscar alternativas ou seguir o cordão, a onda, o caminho mais fácil, do que "todo mundo faz"..., conforme diz a música, "aonde a vaca vai o boi vai atrás".

          A segunda proposta, a do Curso Técnico em Agroindústria, é válida (mesmo que se trabalhasse na CFR a perspectiva da Agroecologia), pois é uma forma de pensar uma formação para aproveitar a produção daquilo que predomina em nosso Município, que é a Agricultura e a Pecuária. E a agroindústria é uma forma de buscar a agregação de valor dos produtos a partir das famílias, das comunidades e do município como um todo e oportunizar novas perspectivas profissionais, no Mundo do Trabalho, aos/às educandos/as.

         
Feito estes preâmbulos, gostaríamos de voltar para o foco de nossa temática, que é CFR: CURSO TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA E OS PAIS DA CRIANÇA. Pois bem, em 2010, uma vez sinalizado pela ARCAFAR-SUL e pelo Núcleo Regional de Ensino (NRE) que poder-se-ia entrar junto ao NRE com o processo de solicitação do referido curso, a Coordenadora da CFR (Julieta Schiavini) se empenhou em fazer o processo deslanchar e o Articulador Pedagógico, o Professor Andrei Mugnol Ribeiro, ficou encarregado de montar todo o processo, que foi composto de centenas de páginas. Este dedicado Educador trabalhou feito louco, muito mais do que qualquer um de nós na CFR, junto ao NRE de Guarapuava (orientações e documentações) e junto à Escola Base, o Colégio Estadual Santa Clara, que através de sua Diretora e Diretora Auxiliar (Denise e Rosângela) se colocou à disposição para fornecer toda a documentação necessária e a estrutura para poder viabilizar o processo. Portanto, se tem um "pai" na montagem de todo o Processo de Criação do Curso Técnico em Agroindústria, este sujeito se chama Professor Andrei Mugnol Ribeiro! Qualquer outra coisa que se diga é mero engano... ou oportunismo político! Chega de padrastos! Tem um princípio da Ciência da História que afirma: "Quem não conhece a História está condenado a cometer os mesmos erros do passado". E outro que diz: "Povo sem memória é povo sem História"!
Este artigo foi publicado inicialmente no Jornal Vale do Iguaçu (impresso), 23.03.11.

terça-feira, 22 de março de 2011

A DEMOCRACIA É UM BLEFE!


Mafalda tem um ataque de riso ao ler a definição de Democracia.

           A DEMOCRACIA, por definição, quer dizer "governo do povo". Dá a entender que o povo é soberano (em sua maioria). No berço de DEMOCRACIA,  a Grécia, era de acordo com a sociedade de classes e de conformidade com a mentalidade patriarcal ou machista. Isto é, participavam da DEMOCRACIA apenas os homens que fossem ricos (nobres). Ficavam de fora os pobres, as mulheres, os estranjeiros. Mas este era o contexto sociocultural grego.
          Em outros tempos e espaços a DEMOCRACIA adquiriu outras características, sem deixar de ser excludente. Os pobres, os trabalhadores, as mulheres (de modo geral) continuaram excluídos do processo.
          Na atualidade em muitos aspectos a DEMOCRACIA evoluiu. Em nossa DEMOCRACIA há honrosas exceções... Mas dadas suas características de elegibilidade (eleições), de representatividade, o coeficiente eleitoral (oh, mentira!), sem muitos mecanismos de participação direta da população eleitora ou "cidadã", de encastelamento dos "representantes", do escudo da legalidade... a DEMOCRACIA acaba por ser um blefe, um engano, uma falácia... para enrolar os trouxas. Depois das eleições, comumente, uma parte do povo que se entende vitorioso, sai às ruas em passeata, caminhata ou carrreata, com suas bandeiras e palavras de ordem, a comemorar a vitória de seus representantes. Ledo engano...
          E este processo se dá de forma a mais legal possível. Está tudo dentro da lei. E nós, povo, pagamos o pato da festa, digamos, da farra! Na DEMOCRACIA, figurativamente escrevendo, muitas vezes nós colocamos "a raposa para cuidar do galinheiro". Hum... E como ela cuida bem! Cuida pensando sempre em seu próprio bem! Ao "bem comum", ao povo que dá sustentação às estruturas da DEMOCRACIA, são destinadas migalhas dos inúmeros impostos, tributos e taxas que paga. Mas, como dizem alguns políticos cinicamente, eles são "escravos da lei". Certo! A lei que fora elaborada para supostamente respeitar os direitos do povo, tem brechas que facilitam as falcatruas, os desmandos, a corrupção e o abuso de poder.
(Continua, sujeito a revisão...). 

domingo, 20 de março de 2011

O BARBEIRO

          Certo dia um florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro repondeu:
           - Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
          O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.
          Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
           - Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
           O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.
           Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
          - Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
          O deputado ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo.
         Essa história ilustra bem a grande diferença entre os cidadãos do nosso país e os políticos que o administram.
         "POLÍTICOS E FRALDAS DEVEM SER TROCADOS COM FREQUÊNCIA PELO MESMO MOTIVO!”

Obs.: recebi do amigo gente, agricultor, blogueiro, ambientalista, acadêmico... Anderson Gibathe - Rebouças - Pr.

NOSSO DIREITO DE MANIFESTAÇÃO

           É do nosso entendimento que temos o direito de manifestarmos o que bem desejarmos, nos veículos que tivermos acesso, quando considerarmos necessário e sobre o tema que for pertinente. 
          E.n.t.r.e.t.a.n.t.o, nós quando escrevemos neste blog ou na coluna do jornal (JVI), nos identificamos, temos endereço, temos nossas referências. Nós, enquanto pessoas, na condição de cidadãos, não somos favoráveis a "documentos" anônimos. Se um documento tiver que ser anônimo, então que seja na Justiça com direito ao sigilo ou ao anonimato.

sexta-feira, 18 de março de 2011

PEDRINHO DA ILHA: CAUSA MORTIS

Estamos de LUTO na Memória, na Consciência, na Postura e na Ação!!!


           Falar sobre o Pedrinho da Ilha no calor das emoções pode trazer algumas dificuldades... Começo lembrando que o Pedrinho da Ilha (da Península Cavernoso) foi antes de mais nada um LUTADOR DO POVO e por seu POVO DEU A VIDA! Sua vida reta, honesta, intolerante com as injustiças, falcatruas e com o abuso de poder, lhe rendeu alguns desafetos que gostariam de vê-lo utilizando as armas das mutretas, da desonestidade, do favorecimento e perseguição política.
          Diante do exposto podemos afirmar que Pedrinho da Ilha foi morto duas vezes! A primeira morte foidurante a campanha eleitoral de 2008, quando era candidato a Prefeito de Candói e sofreu calúnias, difamações e armações políticas, quando lhe acusaram de situações que jamais lhe passariam pela cabeça ou pela prática, fazendo-o sentir-se desonrado, vilipendiado, destruido.... E ao fim daquele processo, a partir de 2009 (e durante 2010/2011), quando sofreu perseguição política de toda ordem, sob diferentes aspectos, seja em sua vida pessoal, familiar, profissional, acadêmica... Ele foi sendo moído, triturado mental, psicologicamente e socialmente, a ponto de quase perder suas referências e o sentido da vida!
          A segunda vez, ele foi morto no dia 17/03/2011, quando um ser, pra dizer pouco, irresponsável, utilizando-se de uma terrível arma chamada automóvel, quando o cidadão  (em um lugar em que havia visão suficiente para evitar uma tragédia) entrou contramão (travando seu velocímetro em 130 km/h), chocando-se frontalmente contra nosso amigo que pilotava uma motocicleta (que provavelmente não passava de 80 km/h).
          Na noite do acidente, Pedrinho da Ilha chegara da faculdade, com o ônibus universitário, com os demais colegas e amigos. Desembarcou em Candói, pegou sua moto e foi atender a um chamado em sua comunidade, por conta de um vizinho e amigo que falecera (em decorrência de um acidente entre duas motos na Península Cavernoso) e onde participaria do guardamento.
          Pedrinho da Ilha se foi! Como disse seu pai, Sr. João, com mais de 80 anos, "a semente está ai (referindo-se ao filho no caixão), mas a raiz continua aqui!". E nós dizemos: esta semente vai germinar, enraizar-se, crescer e continuar o processo de frutificação... Na Península Cavernoso, no guardamento, durante celebração, o sacerdote lembrou das qualidades de nosso amigo e disse: "Com certeza Pedrinho tinha defeitos, mas procurem lembrar daquilo que prevaleceu em sua vida, que foi a sua honestidade e o amor pelo seu povo, a sua doação e luta por um Candói onde todas as pessoas fossem respeitadas e felizes!"
          Pedrinho da Ilha não morreu! Ele vive no coração e na luta de todos/as aqueles/as que foram seus companheiros/as e que darão prosseguimento à sua luta por dias melhores!

quinta-feira, 17 de março de 2011

PEDRO TAVARES PEREIRA - O "PEDRINHO DA ILHA"

            Na madrugada deste dia (17.03.11) nosso amigo, companheiro de caminhada e de luta, o Pedrinho da Ilha, sofreu um acidente (na BR 373) e sua vida foi ceifada. Estamos de luto! Porém a sua luta continua! Pois sua vida, seus sonhos, seus ideais, sua luta pela vida, pela justiça, contra a miséria, a exploração, o desmando e abuso de poder, o seu projeto por um Candói que respeite todas as pessoas, não morre com a sua morte! Seu sonho e seu projeto continuarão através da família, dos amigos e amigas, dos companheiros e companheiras, dos militantes, que ao longo dos anos fizeram parte de sua vida ou acompanharam sua caminhada até aqui.
          Pedrinho foi um bom Filho, um bom Esposo, um dedicado Pai,  Agricultor, Funcionário Público (motorista de transporte escolar), foi Vereador, Acadêmico (quase concluindo o curso de Gestão Púbica), Militante do PT, dos movimentos sociais e implacável na defesa de tudo aquilo que acreditava! Foi acima de tudo honesto. A semente foi plantada e germinará, crescerá e frutificará nas vidas que continuam!

sábado, 12 de março de 2011

Governo estadual precisa reconsiderar agenda para a educação

 Por * Enio Verri        
          Ao contrário dos últimos anos, o ano letivo de 2011 nas escolas estaduais está começando com preocupação. Em dois meses, o governo estadual adotou medidas que pouco colaboraram para o bom andamento do sistema educacional no Paraná. Ao invés de dinamizar o sistema, proporcionando mais eficiência e qualidade, as primeiras medidas para a educação criaram apreensão e dúvidas em professores, funcionários, pais e estudantes.
          O primeiro destes movimentos ocorreu no início de fevereiro, quando a Secretaria de Educação (Seed) comunicou a interrupção do programa Leite do Paraná,... Continua AQUI.

sexta-feira, 11 de março de 2011

A CF 2011 - "FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA"

"Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente"
(Rm 8,22).


         Muito feliz mais esta escolha temática e litúrgica da ICAR para a tradicional campanha da CNBB, para ser refletida durante este tempo que também é uma tradição católica, a quaresma.
         “A Campanha da Fraternidade de 2011, reflete a questão ecológica, com foco, sobretudo, no problema das mudanças climáticas. Ela se coloca em sintonia com uma cultura que está se expandindo cada vez mais, em todo o mundo, de respeito pelo meio ambiente e do lugar em que Deus nos coloca, não só para vivermos e convivermos, mas também para fazer deste o paraíso com o qual tanto sonhamos”, disse dom Dimas.
          GAIA, a Mãe Terra, está a gemer de dores por todos os atentados... que temos feito contra ela, ocupando, destruindo, acumulando, produzindo a qualquer custo, para juntar dinheiro, lucro, riquezas para os dominadores! Pelo desmatamento, pelas queimadas, pelo excesso da criação de bois, pela queima de petróleo e assim por diante.
          GAIA geme por conta da poluição do lixo, dos resíduos sólidos, dos gases das chaminés, dos venenos, dos agrotóxicos, dos resíduos dos esgotos domésticos e industriais, dentre outros.
          GAIA, porém, pode ser salva, recuperada, cuidada! A ânsia humana de depredar tudo para conseguir tudo de forma imediatista pode ser freada, repensada e um novo projeto civilizacional pode ser desenvolvido! Apesar do grandioso estrago, ainda dá tempo de agir, pois a vida rompe barreiras e teimosamente sobrevive!

CANDÓI - ENTRE A PROPAGANDA E A REALIDADE

          Em Candói existe um abismo entre a PROPAGANDA (marketing político) e a REALIDADE da vida de cidadãs e cidadãos... Uma coisa dizem os jornais, rádio, sites, outdoors, discursos... Outra coisa diz o chão da realidade, o cotidiano, os fatos, os atos... Quando eu era pequeno aprendi com minha Mãe e meu Pai: "Não se pode vender o ovo no... da galinha!"


Propaganda... Abismo... Realidade...

DE OLHO AQUI, ACOLÁ E ALHURES


* A compra de desesseis novos ônibus do Transporte Escolar nem seria motivo de alarde (...), pois é um endividamento do município (necessário) que começará se pago daqui a dois anos, parcelado em 10 anos. A próxima administração é que vai começar pagar.


* Um convênio entre a Prefeitura Municipal e algum órgão da Imprensa local (seja falada/rádio ou escrita/jornal) não deve jamais funcionar como uma mordaça que impeça o trabalho da "imprensa livre", de modo a impedir que a população tenha o direito à comunicação e à informação, como por exemplo, a transmissão da Sessão da Câmara Municipal (às terças-feiras, às 16h), considerando que já é costume da população acompanhar pelo rádio...


quinta-feira, 10 de março de 2011

A NUCLEARIZAÇÃO DAS ESCOLAS EM CANDÓI IV: CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acima: As respigadeiras, Jean-François Millet (1814-1875).
Abaixo: releitura representando o 'esvasiamento do campo'
(ou êxodo rural).
Esta série de quatro artigos, que ora encerramos, sobre a Nuclearização das Escolas Rurais de Candói, é resultado de uma pesquisa que foi o trabalho de conclusão durante o Curso de Especialização em Educação do Campo, pela Universidade Federal do Paraná (entre 2006 e 2008). E os resultados, as afirmações e as considerações constituem a contribuição das entrevistas feitas com cidadãos/ãs do Município de Candói, sejam eles/as professores/as, mães, pais e lideranças. E esta pesquisa se insere na categoria de pesquisa historiográfica, pois afinal, o papel do historiador é buscar os vestígios, as fontes documentais e os testemunhos para poder sistematizar e elaborar os Registros da História.

O objetivo do desenvolvimento do tema pesquisado (O PROCESSO DE NUCLEARIZAÇÃO EM CANDÓI - SUA RELAÇÃO COM OS CONTEXTOS COMUNITÁRIOS E A EDUCAÇÃO DO CAMPO) foi realizar uma primeira recuperação da memória histórica a partir de “outros olhares” que não fossem apenas o “olhar oficial”, o do “poder publico” ou dos “governantes”, pois nenhum governo é iluminado ou “dono da verdade”. E este trabalho constitui a memória recuperada através da “voz do povo”. Esta pesquisa não é completa, pois é próprio da pesquisa histórica o caráter de provisoriedade, mas é suficiente para fazer justiça à memória de educadoras do “meio rural” ou do campo, que deram suas vidas pelo desenvolvimento da Educação nas Comunidades. É um meio de reconhecer a importância das comunidades do campo que historicamente ficaram a margem de todas as políticas públicas e quando lhes restava aquela que para elas era a mais significativa, a Educação Rural, lhes foi arrancada impiedosamente, como quem dá “um tiro de misericórdia”!

Segundo depoimentos de algumas professoras e lideranças, que trabalharam na escola rural antes e depois da Nuclearização, a qualidade do ensino piorou bastante. Entrevistada uma professora, diretora de escola, diz: “Nós professores procuramos trabalhar com o currículo em favor da realidade, do ambiente, onde eles vivem. Porque não adianta eu trabalhar um currículo lá de Curitiba, se estou vivendo no Candói. Na época que surgiu o aquele programa lá (...) do Bom Jesus, a escola estava (...) no nível de 'primeiro mundo'. Onde teve professora que não conseguiu entender, desempenhar esse programa. Os alunos ficaram na estaca zero. E eu vim assumir uma sala (...). E uma pessoa veio lá em casa me falar: 'Primeiro mundo!' Eu disse: 'Primeiro mundo' o quê? Olhe aqui, fiz prova de 4ª série e não souberam fazer quanto é dois mais dois! Isso aí é 'currículo de primeiro mundo'? Nós tínhamos que saber lá da cidade de Curitiba... Vamos pegar um currículo aqui do município de Candói. A realidade nossa, dos nossos alunos, da nossa agricultura, da nossa pecuária, do nível de vida nosso, não do nível de capital, de Curitiba. Aquele dinheiro lá se tivesse sido empregado na escola para comprar o que precisasse dentro da escola, ampliar mais professores para trabalhar... Só que eu, no meu ver, como professora (...), eu achei que aquilo lá, programa lá... Como é que vai trazer um programa lá que os outros fizeram. Por que os nossos professores do Candói não podem criar um programa, como o que criamos agora e está dando certo? Os alunos estão aprendendo, eles estão indo lá para 5ª série lendo, escrevendo, fazendo as quatro operações e sabendo bem o tema que a gente passa para eles? Para se defender eu acho que... A nossa realidade é Candói, não é Curitiba! (...)” (GM, depoimento, 2007).

Uma Professora, então fora da ativa, desenhou outro quadro, com outras peculiaridades, que dão razão suficiente para que as escolas rurais que haviam tivessem continuado. Afirma: “A criança tem quarenta por cento do aproveitamento que ela teria se ele tivesse no seu ambiente natural. Porque, professor Sergio, eu não sei, aqui a gente trabalhava um sistema assim, a gente fazia com as crianças o trabalho, a divisão do trabalho durante o dia. Lá (na escola núcleo) a gente era interrompida todo momento por um professor, por um diretor, por alguém que ia dar um aviso, por alguém que batia um sinal. Então não tinha como você fazer a criança se ligar no assunto, concentrar ali naquele trabalho. Eu achei assim, desde a solidariedade daquelas crianças... A cooperação de um com o outro, eles não querem saber, não gostam de um ajudar o outro, porque cada um por si e Deus por todos e acabou! Aqui (na escola localizada na comunidade rural) funcionava bem diferente. A criança se sentia..., era o maior valor que ela tinha (...), dela poder ajudar o coleguinha, pra ele se sentir valorizada. Lá já não! Não tinha esse empenho, esse interesse. A criança não tem aquela vontade de aprender. Eu achei que a nuclearização reduziu o ensino (...). Tudo traz em si alguma conseqüência" (AF, depoimento, 2007).

Muitos outros depoimentos poderiam ser citados aqui, com a mesma lógica de análise, mas nosso espaço é reduzido. Limitamos-nos a destacar ainda os resultados posteriores a Nuclearização para as comunidades. A Nuclearização significou um forte estímulo para se buscar a cidade, esvaziar o campo e deixar a terra livre para o latifúndio, a monocultura e o agronegócio. Ao mesmo tempo fez os filhos dos camponeses perderem sua identidade e suas referências de espaço e tempo. Para a cidade a Nuclearização significou o inchaço e a disponibilidade de uma mão de obra abundante ou, como diz Marx, a criação de um “exército de reserva”. Obviamente que não se pode atribuir o esvaziamento do campo apenas à Nuclearização. Mas sem dúvida a Nuclearização chegou para reforçar o desencanto do campo, que secularmente ficou fora de todos os processos públicos de reconhecimento, incentivo e apoio!
Este artigo foi publicado inicialmente no Jornal Vale do Iguaçu, nº 22, 10/03/2011.

quarta-feira, 9 de março de 2011

SALÁRIOS DE EX-GOVERNADORES DO PR

          Segundo apuramos até o momento, no PARANÁ, os custos públicos com SUPERAPOSENTADORIAS constam dos seguintes números pagos por nós contribuintes:

> 09 ex-governadores;
> 04 viúvas de ex-governadores;
> R$ 24.000,00 mês por aposentadoria;
> Total de custos por mês no PR: R$ 314.000,00.

           Tramita na ALEP PR projeto de lei para ampliar as pessoas beneficiadas com tais aposentadorias. Entretanto já existe julgamentos de tais aposentadorias, em outras regiões do BR, como inconstitucionais. E no PR o Ministério Público "quer acabar com a aposentadoria que o estado paga a nove ex-governadores e a quatro viúvas de ex-governadores" (Tanosite).
           A OAB entrou (01/2011) no Supremo Tribunal Federal com ação de inconstitucionalidade contra tais aposentadorias no em SE e no PR.
        Enquanto cidadãos/ãs temos que saber, acompanhar, participar, fazer pressão e exigir que mais esta farra feita com o dinheiro de todos, acabe logo! Quem vê determinados políticos "posando de bons moços" pensa que são sérios!
          Se não moralizarmos a utilização correta e transparente dos recursos públicos, daqui a pouco teremos ex-vereadores e ex-prefeitos requerendo super aposentadorias precoces,  indevidas e vitalícias.

terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


          Estou escrevendo estas parcas linhas não porque só agora eu tenha lembrado do Dia Internacional da Mulher. Falar, escrever, sistematizar sobre a Mulher é um assunto riquíssimo! Lembro que tive boa parte deste dia dedicado àquela que é minha progenitora, a minha Mãe... E ao final da tarde levei-a para o campo onde ela reside. Estive também o dia todo do feriado de carnaval junto com a companheira, minha esposa...
          Gostaria de dizer que vós Mulheres - minha Mãe incansável, minha Esposa exemplar, minhas Filhas maravilhosas, minha Neta única e especial, minhas Irmãs queridas, Minha Sogra adorada (de saudosa memória), minhas Avós amadas..., minhas Tias inesquecíveis, minhas Primas inseparáveis, minhas Amigas verdadeiras, minhas Colegas de Trabalho, minhas Vizinhas prestimosas, minha Presidenta inédita, dentre tantas outras... fazeis toda a diferença em minha vida, porque sois a outra metadde da humanidade que oportunizou o desenvolvimento da História das Civilizações. Vós sois tão importantes quanto os homens na caminhada e conquistas humanas ou muito mais! Só precisamos que vós vos manifesteis com a luz que possuís, que tenhais acesso aos direitos plenos, à vida completa, com todo o respeito de que sois dignas, sem ficardes submidas aos lugares para onde os homens vos restringiram historicamente! Que todos os dias, que todos os lugares e que todos os direitos sejam de igual modo vossos sempre! Vós não precisais de palavrório bonito, meloso e fantasioso... Vós precisais é de atos e fatos, que reconheçam vosso real lugar na História, aqui, agora, no cotidiano e no contexto onde vos encontrais, na Família, nos novos arranjos relacionais, com vossos filhos e filhas, enteados, criados... com todos e todas!

Filhas: Thalyta e Evelyn (25.02.11).

Quatro gerações:
Evelyn, Eponina, Ana Clara
e Itamara (Três Passos, 02/2011).






Organismos Geneticamente Modificados: SUPERFICIALIDADE OU INOCÊNCIA?

         Estava a ler e reler a coluna de determinado professor, no Jornal Diário de Guarapuava (p. A4, 01/03/11), onde ele descrevia sobre as posições de um governador do PR, anterior ao que está agora, e mais uma vez coloquei-me a refletir sobre a questão dos "transgênicos" ou Organismos geneticamente modificados ("OGM'S"). Aliás, referido professor (do qual também não recordamos o nome) nem conseguiu lembrar o nome do grande Governador Roberto Requião (agora eleito Senador da República), intitulando sua resistência de "guerra quixotesca" contra a chamada, mais uma vez, de "evolução tecnológica".
          Diante do exposto cabe lembrar que Requião foi muito ousado em sua política por uma "área livre de transgênicos". Segundo, ele não agiu à revelia do contexto. Se estabeleceu uma "guerra" foi por conta de compromissos assumidos junto a um dos setores da sociedade que o apoiou na eleição para governador. Não fora um setor popular ou das organizações populares, mas encaramos a proposta como bem vinda para nós povo.
         E, antiquixotescamente falando, gostaria de citar as palavras do ilustre colunista que conclui seus escritos dizendo: "Os cultivares transgênicos são uma inovação tecnológica e vieram para salvar a humanidade da falta de alimentos, mesmo que Dom Quixote os tenha combatido freneticamente...". Este discurso é apenas uma antiga falácia utilizada no Brasil por volta da década de 1960, quando fora implantada a chamada Revolução Verde no Brasil, um pacote agrícola baseado em tecnologias européias e estadunidenses (compostas por máquinas/tratores, adubos químicos e agrotóxicos). O mote era "acabar com a fome da humanidade".
          Pois bem, a Revolução Verde - não se levando em conta o fato de ela ter causado destruição de florestas (para ampliar a fronteira agrícola), ter desmatado as áreas de proteção permanente e de reserva legal, ter provocado profundos impactos nos solos, erosão, assoreamento dos rios e lagos, enfraquecimento da fertilidade da terra, o processo de desertificação, envenenamento das águas, a poluição do ar, alimentos carregados de agrotóxicos (provocadores de câncer e outras diversas doenças, o que aumentou a indústria farmacêutica, o comércio de medicamentos, as especialidades e os hospitais cheios de doentes), o endividamento de agricultores, o esvaziamento do campo ("êxodo rural") e o consequente inchaço dos cidades, - conseguiu produzir em torno de dois terços a mais de alimentos do que a humanidade necessitaria. Mas este alimento ficou estocado, retido, sei lá, mas não cumpriu o nobre propósito da Revolução Verde! E talvez pessoas como o referido professor, cheias de boa vontade em ver a humanidade nutrida a qualquer preço, de forma desavisada, volta, a repetir o velho discurso de acabar com a fome.


As consequências que poderão advir do cultivo e utilização de OGM'S podem ser inúmeras. Primeiro, ninguém sabe os resultados para a saúde humana da utilização de produtos que contenham elementos estranhos à sua natureza na cadeia genética de suas sementes. Segundo, não existe uma avaliação da influência e possibilidade de contaminação de sementes transgênicas sobre sementes tradicionais ou crioulas, havendo, portanto, o risco de se perder um imenso banco genético de sementes ou espécies da Biodiversidade, patrimônio do Planeta Terra e da Humanidade, restando pouquíssimas espécies... e o mundo contaminado! Terceiro, estas poucas espécies podem ficar reféns de meia dúzia de empresas transnacionais, que poderiam explorar e dominar o chamado "mercado mundial", e nós, pobres mortais, ficaríamos à mercê de seus interesses econômicos e comerciais. E Finalmente, mais uma vez, a fome poderia acabar por conta da morte dos famintos, porque as empresas que têm o monopólio das sementes e da produção querem fazer mais dinheiro e concentrar riquezas. Estas não estão preocupadas nem com acabar com a fome no mundo e muito menos com a segurança alimentar da população!


Sugestões para aprofundamento:
1 EcoDebate
2. Bio ana
3. Bruxelas
4. Zona livre de transgênicos

sexta-feira, 4 de março de 2011

EDUCAÇÃO PRA ALÉM DO "SEU QUADRADO"

          Historicamente foi sendo estabelecido que cada cidadão/ã ocupasse uma função no mundo, no seu mundo, no seu contexto, no seu lugar. E para isto foram sendo criadas e desenvolvidas as escolas, as faculdades, as universidades, as graduações, os bacharelados, as especializações, os mestrados, doutorados, dentre outros. E o processo de formação foi se estreitando e se especializando a ponto de as especialidades se transformarem em conhecimentos bitolados e parciais. Mas esta é outra História.
          A visão contemporânea busca homens e mulheres que vão além do "seu quadrado", isto é, que tenham uma formação interdisciplinar e transdisciplinar, que sejam do tipo  "homem universal", como o foram Leonardo Da Vinci, Michelangelo Buonarroti e outros. Por conseguinte estes podem atuar além da estreiteza das especialidades, da separação das unidades, da fragmentação, mas na perspectiva da junção, da totalidade, da universalidade, da complexidade, da omnilateralidade.
          Na perspectiva predominante o Médico, por ex., especialista em Saúde, orienta as pessoas, as famílias, a comunidade de forma holística, ecológica, preventiva para não ter que apelar para a prática medicamentosa e muito menos para a açougueira prática das cirurgias... É um cidadão modesto, pois se o paciente tem dinheiro ou não, ele sempre atende muito bem! (Pode rir! Se achar engraçado!). 
          O Advogado, profundo conhecedor do Direito e da Legislação, orienta os acusados de delinquência sobre a gravidade de seus crimes, seus direitos e possíveis penalidades. O Advogado não defende o erro, o crime, o criminoso, apenas a verdade e a Justiça! É um abnegado profissional que não liga para dinheiro, mesmo assim vive sossegado... (Lembre, se for risível, se contenha, não é justo!)!
          O Assistente Social está preparado para trabalhar com o Serviço Social entre as pessoas que não se enquadram nos padrões mínimos de humanidade, os excluídos da sociedade, nas piores situações a que está submetida grande parcela da população, encetando políticas públicas para promovê-los e tirá-los desta situação de miséria e elevá-los ao nível da condição humana digna de cidadãos... Tem grande apoio das administrações públicas, governadores, prefeitos... que com apoio do Legislativo proporcionam programas maravilhosos de "promoção humana". (Não vejo humor neste quadro profissional, mas se sentir desejo... pode rir!).
          O Engenheiro, profissional formado dentro de uma gama de ciências, trabalha nos mais diferentes tipos de construção de grandes obras ou de aparelhos, bem como na Agricultura, trabalha em projetos de construções que, longe dos "gabinetes burocráticos", atendam as necessidades humanas de moradia, locomoção, dentre outras, aliando seus conhecimentos técnicos e científicos com as reais necessidades das pessoas e sociedades. Estes profissionais são tão modestos em tudo, que suas casas se confundem com a natureza... de forma camuflada. (Isto é muito sério! Todas as obras são funcionais... Ah, sem risos!).
          O Policial é o herói dos heróis. Tem diversos cursos de formação específica e é a profissão de maior risco dentro da sociedade. Dele depende a segurança dos cidadãos e cidadãs. De seu trabalho depende a "ordem" pública. É ele que cuida daqueles 'cidadãos' que não respeitam as normas de convivência social (as leis onde se definem os direitos e deveres de cada sujeito) e provocam danos à coletividade. Ele não serve antes de tudo aos interesses dos capitalistas, mas da massa, do povo! Ele tem uma remuneração razoável... Deveria ser melhor valorizado. (Não tem graça! Isto é muito sério...).
          O Educador (vulgo Professor), para exercer sua função de ensinagem e aprendizagem, é graduado em uma Faculdade de Educação. Depois faz alguma especialização, por vezes Mestrado, Doutorado... É um cidadão muito sossegado, que trabalha em locais chamados escolas, centros educacionais, dentre outros, em espaços amplos, arejados, com recursos técnicos os mais inusitados, com estruturas fenomenais, campos, jardins, hortas, pomares, acesso à criação de animais, laboratórios (os mais diversos!), museus, etc... O Educador não tem estresse, não sofre da síndrome de Burnout, não tem depressão, não fica louco, em fim, jamais perde a razão e não morre prematuramente! Ah, estes trabalhadores são muito valorizados e bem remunerados, pois afinal são estes que desenvolvem a base de formação de todas as outras profissões! (Ah, não vale rir de inveja de nós Educadores! Kkkkkk...).
          O Político... Hum, este, por vezes tem altas graduações (dentro de qualquer área científica, técnica ou profissional) ou fez Ciência Política. Outras vezes apenas sabem ler, escrever e realizar cálculos básicos. Dizem que existem alguns que não são alfabetizados, coitadinhos! Mas apesar de legislar em causa própria, inclusive aprovando em Leis o seu próprio salário, ganha muito modestamente sua remuneração, pois reconhece que é pago pelos cidadãos/ãs contribuintes que pagam seus impostos (e quem não os paga?). Em sua maioria os políticos pensam, trabalham e lutam pelo bem comum. Os políticos e as políticas são homens e mulheres com espírito espartano, isto é, austeros... (Sério! Verdade... Hahahahahahaha...)!
          Ah, só mais um detalhe, tudo o que escrevi é extensivo às profissionais mulheres também. Este texto que elaborei, tendo como base o conhecimento empírico, o fiz com o coração, com o espírito desarmado e a alma aberta a qualquer crítica ou observação que por ventura se façam necessários para complementá-lo!     

terça-feira, 1 de março de 2011

TEMPO PERDIDO...

"Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora. Estavas comigo e não eu contigo. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz."
Agostinho de Hipona, África