domingo, 28 de fevereiro de 2010

DISTÂNCIA DO CRISTIANISMO DO PROJETO DE JESUS CRISTO


O Cristianismo do Cristo, do Messias, do Emmanuel, do Prometido, do Senhor Jesus é de uma simplicidade (Mt 20.28 e Mt 11.29; Mateus 20.25-28) que desestrutura qualquer sistema de poder, de prepotência, de fausto, de megalomania... Mas o que os homens inventaram - principalmente os homens, porque as mulheres, inclusive, ao longo da História Cristã, estiveram alijadas, excluídas, descartadas do processo e por isso não são culpadas! - e instituiram como organizações ditas cristãs, com ritos, com normas, com leis, com dogmas, com exigências, usos, costumes, uma verdadeira carga sobre os ombros dos fiéis ( Mt 23:4). E tudo isto não tem nada a ver com as origens e raízes do cristianismo, com o exemplo do Cristo e com a vida dos primeiros cristãos (Atos 2.42). O que se tem instituido como cristianismo, há mais de de 1500 anos, é uma verdadeira Babilônia, um desvio e um consequente modelo caricato do Cristo Jesus e de seu modus vivendi. E o pior é que as tentativas de 'reformar' os desvios, de 'renovar'... não contribuíram em quase nada. O mundo com tudo que tem de pior tomou conta do contexto dito "cristão" e as igrejas (umas mais outras nem tanto) se tornaram espaços de vaidades, de disputa de poder pessoal, de poder político, de poder econômico... Às vezes pequenas, são pequenos negócios, às vezes grandes, são grandes mercados! O que dita o tom é o dinheiro, as moedas, o ouro, a riqueza, o fausto, o luxo, a fé cega e alienada. E muita gente de boa fé é explorada, é manipulada, é conduzida, muitas vezes, por conta de suas carências, inocências e necessidades (Ref. Ezequiel 34.1-10; Isaias 55.2; Mateus 7:21-23).  Os eventos e as celebrações são verdadeiros shows, têm lugar para tudo e todos, mas o Jesus da fé tem que ficar do lado de fora dos suntuosos templos, de tudo que se faz ali em seu nome. Muitas vezes nos templos (ricos ou humildes) há tanto gritaria e barulheira (Rfr. 1 Reis 18.28), uma forma de compensação catártica (que aliena as mentes e os corpos) e até parece que Deus é surdo, dormindo ou viajando! E as práticas rituais, em cujos ritos funcionam mais pela indução por meio dos objetos (simbolos) do que através da fé dos fiéis! (Rfr. Hebreus 10.38a). É comum entre os cristãos posturas adesistas, conformistas e covardes, que não fazem jus nenhum ao exemplo de entrega do Mestre Jesus. Com temos de um extremo, se lançam de corpo e alma no outro. E olha que não estamos falando do extremo da 'confiança da fé'. Muitos de tanto correrem do Diabo, acabam se abraçando com Satanás! E há a posição 'poderosa' de determinados 'ministros', que se arvoram em juízes de todos os outros que não fazem parte de sua organização sectária (seita), e devotam despreso às pessoas que são diferentes de suas doutrinas, de sua organização, de sua igreja... Lembremos a fala do Mestre: É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei (Jo 15,12). Sobra um "resto de Israel" (Ref. 2 Reis 19.4 e 30) que resiste, a duras penas, aos desvios e modismos, cada vez mais presentes no "cristianismo" oficial e oficializado!

FRATERNIDADE E ECONOMIA (CF 2010)


A Campanha da Fraternidade 2010 (CF) terá o tema Fraternidade e Economia e o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24). Sob a responsabilidade do Conic, a CF é ecumênica e está aberta à participação de todas as denominações cristãs.
O objetivo da CF 2010 é colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos/as contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão.
Dentre suas estratégias, estão:
Denúncia à perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte.
Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como bem mais precioso.
Conclamar as Igrejas, as religiões e toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem à implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todos/as.
A CF-2010 abordará a questão econômica de maneira provocadora, a partir do olhar dos/as menos beneficiados/as pelas teorias econômicas convencionais e de critérios que, apesar de esquecidos, são determinantes para alcançar o objetivo prioritário da economia: oportunidades de vida digna para todos os membros da família humana.
Os materiais da CF 2010 (texto base, oração, hino, spot clipe e cartaz) já estão disponíveis na página da CNBB e podem ser baixados CLICANDO AQUI.

MERCADO (= lucro) E VIDA (= sociedade)

Leonardo Boff
Não se produz para a vida, mas para o mercado. Não se inventa para a sociedade, mas para o lucro.

Leonardo Boff comentado sobre a obra de Rose Marie Muraro, Os avanços tecnológicos e o futuro da humanidade: querendo ser Deus? É uma publicação da Editora Vozes de Petrópolis da qual foi por 17 anos diretora editorial.

Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/querendo-ser-deus/

ELES NÃO AMAM A VIDA

– Por Leonardo Boff*
03/12/2008 – A busca de uma saída para a crise econômico-financeira mundial está cercada de riscos. O primeiro é que os paises ricos busquem soluções que resolvam seus problemas, esquecendo do caráter interdependente de todas as economias. A inclusão dos paises emergentes pouco significou, pois suas propostas mal foram consideradas. Prevaleceu ainda a lógica neo-liberal que garante a parte leonina aos ricos. O segundo é perder de vista as demais crises, a ecológica, a climática, a energética e a alimentar. Concentrar-se apenas na questão econômica, sem considerar as outras, é jogar com a insustentabilidade a médio prazo. Cabe recordar o que diz a Carta da Terra:”nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções includentes”(Preâmbulo). O terceiro risco, mais grave, consiste em apenas melhorar as regulações existentes em vez de buscar alternativas, com a ilusão de que o velho paradigma neoliberal teria ainda a capacidade de tornar criativo o caos atual.
O problema não é a Terra. Ela pode continuar sem nós e continuará. A magna quaesto, a questão maior, é o ser humano voraz e irresponsável que ama mais a morte que a vida, mais o lucro que a cooperação, mais seu bem estar individual que o bem geral de toda a comunidade de vida. Se os responsáveis pelas decisões globais não considerarem a inter-retro-dependência de todas estas questões e não forjarem uma coalizão de forças capaz de equacioná-las aí sim estaremos literalmente perdidos.
Na verdade, se houvesse um mínimo de bom senso, a solução do cataclismo econômico e dos principais problemas infra-estruturais da humanidade seria encontrada. Basta proceder a um amplo e geral desarmamento já que não há confrontos entre potências militares. A construção de armas, propiciada pelo complexo industrial-militar, é a segunda maior fonte de lucro do capital. O orçamento militar mundial é da ordem de um trilhão e cem bilhões de dólares/ano. Já se gastaram só no Iraque dois trilhões de dólares. Para este ano, o governo norte-americano encomendou armas no valor de um trilhão e meio de dólares.
Estudos de organismos de paz revelaram que com 24 bilhões de dólares/ano – apenas 2,6% do orçamento militar total – poder-se-ia reduzir pela metade a fome do mundo. Com 12 bilhões – 1,3% do referido orçamento – poder-se-ia garantir a saúde reprodutiva de todas as mulheres da Terra.
Com grande coragem, o atual Presidente da Assembléia da ONU, o padre nicaragüense Miguel d’Escoto, denunciava em seu discurso inaugural em meados de outubro: existem aproximadamente 31.000 ogivas nucleares em depósitos, 13.000 distribuidas em vários lugares no mundo e 4.600 em estado de alerta máximo, quer dizer, prontas para serem lançadas em poucos minutos. A força destrutiva destas armas é aproximadamente de 5.000 megatons, força que é 200.000 vezes mais avassaladora que a bomba lançada sobre Hiroshima. Somadas com as armas químicas e biológicas, pode-se destruir por 25 formas diferentes toda a espécie humana. Postular o desarmamento não é ingenuidade, é ser racional e garantir a vida que ama a vida e que foge da morte. Aqui se ama a morte.
Só este fato mostra que a atual humanidade é feita, em grande parte, por gente irracional, violenta, obtusa, inimiga da vida e de si mesma. A natureza da guerra moderna mudou substancialmente. Outrora “morria quem ia para a guerra”. Agora não, as principais vitimas são civis. De cada 100 mortos em guerra, 7 são soldados, 93 são civis, dos quais 34, crianças. Na guerra do Iraque já morreram 650.00 civis e apenas cerca de 3.000 soldados aliados. Hoje assistimos algo, absolutamente inédito e de extrema irracionalidade: a guerra contra a Terra. Sempre se faziam guerras entre exércitos, povos e nações. Agora, todos unidos, fazemos guerra contra Gaia: não deixamos um momento sem agredi-la, explorá-la até entregar todo seu sangue. E ainda invocamos a legitimação divina para o nosso crime, pois cumprimos o mandato:”multiplicai-vos, enchei e subjugai a Terra”(Gn 1,28).
Se assim é, para onde vamos? Não para o reino da vida.

* Leonardo Boff é teólogo, escritor, professor emérito de ética da UERJ e membro da Comissão da Carta da Terra.

AGROTÓXICOS = VENENOS AGRÍCOLAS


Obviamente que vamos esperar o "Fantástico" (domingo, 28.02.10) trazer sua matéria (por encomenda e muito bem paga pelos fabricantes oficiais de venenos para a agricultura, agrotóxicos!), mas observemos que sejam venenos (agrotóxicos) fabricados de forma legal (oficial), sejam venenos contrabandeados, sempre são  venenos!
Oa agrotóxicos são venenos que fazem mal aos trabalhadores que os usam; fazem mal ao solo, aos seres vivos de modo geral e às águas; fazem mal a todos nós que comemos alimentos altamente contaminados, que chegam à nossa mesa, vão parar nossos estômagos e dali se concentram em nosso organismo, provocando danos que é desnecessário repetir aqui!
Quem tem mais prejuízo? Os fabricantes brasileiros e os importadores ou a vida e a saúde d@s cidadãos/ãs brasileir@s, não importando de onde venha o veneno?
Esta semana, na escola (Casa Familiar Rural) onde trabalhamos, nos deparamos com um de nossos educandos que chegou intoxicado ou 'agrotoxicado' (retornaremos a este caso). Motivo pelo qual reitero com todas as minhas forças, que o espaço educativo não deveria ter ou utilizar venenos agrícolas. Isto "todo mundo faz"! Mas trabalhar alternativas ou sistemas diferentes de viver, se organizar, produzir, alimentar...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

INDÍGENAS NÃO COMPREENDEM O CAPITALISMO MERCANTIL...

...E MOSTRAM A QUASE 500 ANOS  O QUE É SUSTENTABILIDADE

Jean de Léry e André de Thevet foram os responsáveis pelas primeiras referências sobre o pau-brasil em livro. Léry chegou ao Brasil em 1557, época em que Nicolau Durand de Villegaignon tentou desenvolver o projeto de estabelecer no Rio de Janeiro a 'França Antártica', uma colônia que serviria à exploração mercantil e abrigaria os protestantes perseguidos na França. No livro Viagem à Terra do Brasil, Jean de Léry documentou a incompreensão do nativo em relação à necessidade de acumulação de bens por parte dos colonizadores.


"Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como supunha ele, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: E porventura precisais de muito? - Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. - Ah!, retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhes dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? - Sim, disse eu, morre como os outros.
Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso, perguntou-me de novo: E quando morrem, pra quem fica o que deixam? - Para seus filhos, se os têm, respondi: na falta destes, para os irmãos ou parentes mais próximos. - Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros mairs e perôs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem. Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois de nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados".
Na manhã de 22/02/2010 (às 09:10) participei de programa na Rádio Vida, com meu ex-educando Emerson de Mello. O tema da semana é sobre a questão ambiental, sustentabilidade, a nossa responsabilidade enquanto cidadãos/ãs. E utilizei esta passagem (acima citada) como ilustração para falar da necessidade de buscarmos novo modelo  de desenvolvimento social, econômico, político e cultural, que não se baseie mais na dominação, na exploração, na depredação ambiental, na concentração das riquezas e na exclusão. Mas um modelo de desenvolvimento que busque satisfazer as necessidades humanas, com igualitariedade, com justiça, com solidariedade, com respeito e cuidado para com nossa Mãe Terra e com todas as formas de vida, que de forma interdependente dão equilíbrio à vida no Planeta. Caso contrário, se continuar com este modelo de "desenvolvimento" baseado apenas na produção, no consumo desenfreado e na acumulação de capital, a Terra entrará em colapso, pois não sustenta tal paradigma.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

FOZ DO JORDÃO: PÕE POR TERRA PATRIMÔNIO HISTÓRICO da ICAR

 O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas (Atos 17:24).

 Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós (I Coríntios 3: 16).


Na Cidade de Foz do Jordão, PR, a comunidade católica está pondo por terra, derribando, destruindo um dos mais bonitos patrimônios históricos de nossa região. O templo da Igreja Católica é da época da fundação da Cia. de Papel e Celulose, a Lutcher, do início dos anos de 1960. Uma obra maravilhosa, costruida em madeira de araucária (pinheiro do paraná) com 50 anos.
Na atualidade, uma obra de tal monta, devidamente registrada como patrimônio histórico... poderia receber apoio financeiro de instituições públicas e privadas para fazer sua manutenção e conservação. Mas não! Ela vai ao chão! Triste fim de um local que participou da história de tantas pessoas e da comunidade em geral. Mesmo não professando a fé católica, lamento pela falta de visão de quem decidiu cometer tal façanha...

Ficamos a nos perguntar:
1) A Comunidade Católica teve a oportunidade de discutir e decidir, de forma organizada e democrática sobre tal empreendimento? Sobre a destruição? Sobre a nova construção?
2) Que interesses estão por trás de tal des-obra?
3) Acaso não será derribado um templo de madeira, porque só se pode sepultar alguém em templo de alvenaria?
4) Será que o patrimônio histórico não tem valor? Só tem valor quem tem dinheiro e quer garantir-se através da construção de um novo templo?
5) Quem será que quer perpetuar seu nome através da pompa, da grandiosidade, do luxo, do esplendor?
6) Será que Deus precisa de um novo templo? Aliás, Deus precisa de templos... senão o coração, a mente, a vida de Homens e Mulheres, que queiram observar sua vontade?
7) Deus não ficaria mais satisfeito se a igreja se preocupasse e criar condições para sanar a fome e a miséria de tantas pessoas, de tantas famílias (inclusive em Foz do Jordão)?

A realidade está posta! Os questinamentos estão feitos! Eu tive a oportunidade de vivenciar muitas experiências dentro daquele local que - criminosamente - estão pondo ao chão! No entanto, parece que para muitos é mais cômodo a omissão, a indiferença, a irresponsabilidade... Envolver-se de forma comprometida com causas mais nobres e justas dá trabalho!

Ai já está ficando só o oco, o vazio, o buraco desta que fora um imponente templo construido em madeira
(Foto Sergio Bucco - 20.02.2010).
Foto PCBueno - 28.02.10 - Olha a carcaça que transformaram!


Foto PCBueno - 28.02.10

Foto PCBueno - 28.02.10

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

COMUNIDADE DA DIVISA ENTREGUE ÀS MOSCAS E O 'ATERRO SANITÁRIO' DE CANDÓI VIROU 'LIXÃO'!

A Comunidade da Divisa situa-se alí onde está a Casa Familiar Rural de Candói (5 km da Cidade de Candói e a 400 m do Ex-Aterro Sanitário, hoje, no dizer popular, "Lixão"!). Não só a CFR está sofrendo com o volume constante de moscas (em sua cozinha) rodeando e sentando nos alimentos, mas toda a comunidade está reclamando sobre o problema. Fomos (quatro Educador@s) ao "Lixão" e tivemos a desagradável sensação de que retroagimos no tempo... O cheiro é insuportável, o visual é desagradável e as consequências piores as piores!
Perguntamo-nos, nós "cidadãos" e "cidadãs" de Candói, que aqui vivemos, constituimos nossas famílias, aqui trabalhamos, produzimos, servimos, pagamos nossos impostos: onde está a vontade política de nossos governantes em gerenciar a questão dos resíduos sólidos?
Qualquer um que visite aquele local vai logo perceber que está completamente fora dos padrões ambientais de condução do processo. Está totalmente fora da legalidade. Pior, tem gente trabalhando ali naquele local imundo!
Por outro lado, a Associação de Catadores ou de Agentes Ambientais, com apoio, formação e condições de Trabalho, não só poderia fazer um excelente serviço de coleta de resíduos sólidos, como poderia ter como contrapartida uma excelente renda mensal. @s Trabalhador@s seriam extremamente beneficiados.
Mas será que os "Representantes do Povo" têm esta Visão Socia, Econômica e Ambiental?!?
As imagens que se seguem (do "Lixão" de Candói) falam por si mesmas sobre o descaso e abandono em que se encontra a questão do LIXO em nosso município. Quer dizer, a "coleta" está sendo feita, mas onde está a campanha maciça de SEPARAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS nas Rádios, nas Escolas, nas Igrejas, nas Instituições diversas??? Não basta "coletar" de qualquer maneira o lixo  e depositá-lo de qualquer jeito, pois é como se varressemos a casa e colocássemos a sujeira em baixo do tapete. Aliás, não basta campanhas junto às comunidades, precisa dar formação, capacitação aos agentes de desenvolvimento ambiental (catadores) e aos profissionais que trabalham com o transporte...
Gerenciar a questão dos resíduos sólidos a partir da fonte e responsabilizar quem "produz" lixo, no início, nas casas, nas moradias e depois dar destino adequado... é uma medida bem mais justa, sustentável, legal! Melhor do que depois virar a confusão criminosa que está aquele 'aterro' e ainda tomar pesadas multas do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e nós Povo ter arcar com a irresponsabilidade pública e ter que pagar a despesa, com recursos que poderiam ser investidos em benefício de quem mais precisa, como por exemplo, uma Usina de Triagem de Recicláveis, com estrutura decente, limpa, equipada, onde @s trabalhador@s pudessem ter Trabalho e Renda! Que tal?

Foto Sergio Bucco (18.02.2010) - Observe que tem gente trabalhando em cima do monte de detritos contaminados, de lixo e recicláveis misturados... Olhe o chorume formando uma das lagoas locais...

Estas 'sacas' carregadas de recicláveis foram enchidas a partir da 'separação' nas piores condições possíveis para um ser humano!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A VERDADE DOS FATOS, DOS ATOS E DOS BOATOS!

A "verdade" dos acontecimentos, dos processos, não se dá de forma isolada... Sempre tem mais gente que participa de forma  direta ou indiretamente. Por conta disso a "verdade" é uma via de "ida e volta"! Ninguém pode se arvorar em "dono da verdade"!
Não obstante sempre surgem os falaciosos, demagogos, dominadores, por que não dizer ditadores (?), que chegam, despejam sobre as pessoas ou sobre o Povo a sua versão da verdade, não dialogam com seus interlocutores nem os ouvem, e se vão... É próprio da "verdade de mão única". Pois é muito cômodo eu chegar em um local, em uma assembléia, em uma reunião... dar o meu recado... Desperdir-me de forma aligeirada e ir embora. É próprio da fala sem compromisso. Mesmo que se fale em nome da Democracia, mas apenas como figura de retórica. Pois a Democracia comporta falar, ouvir, dialogar, debater, mostrar as contradições do discurso e avançar...
'Mas não vos preocupeis' (diria o Mestre Jesus Cristo), amanhã será outro dia! O tempo é nosso conselheiro e senhor de todas as coisas!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

LIXO, RECICLÁVEIS E ORGÂNICOS - EDUCAÇÃO E ACONDICIONAMENTO

A questão do lixo (resíduos sólidos) não se resolve apenas ensinando as crianças a depositarem-nos em lixeiras. Tem que ser equacionada tal questão...
Não se restringe às lixeiras das casas, dos condomínios, dos edifícios, das ruas, dos espaços públicos, industriais, comerciais, de serviços...
Perguntemo-nos: e depois da lixeira para onde irá o lixo (resíduos sólidos)?
Aliás, não vai! Os resíduos serão levados, transportados para algum lugar. Ali serão separados, feita a triagem e encaminhados para a reciclagem.
E se o seu destino for apenas o Aterro Sanitário? Será como já se disse: é como colocar a sujeira em baixo do tapete... Aperentemente está tudo resolvido. Mas não! Apenas se escondeu um problema gerado por conta do nível de consumo irracional, que não obedece aos ditames, exigências e limites da Mãe Terra, da sustentabilidade. Problema que nós temos (e com o que 'contribuimos')!
O que nos leva a consumir (e produzir resíduos) é o nível de consumo que obedece aos ditames do capital. E se não repensarmos com urgência nossas práticas de consumo, teremos a degradação da Terra, do solo, da água, da flora e da fauna, da vida!
* Escrito em 23.05.2008 e refeito agora.