sexta-feira, 30 de abril de 2010

CURSO DE CAPACITAÇÃO DEDI: OFICINA NRE ITINERANTE - EDUCAÇÃO DO CAMPO

Estivemos de segunda a quinta-feira em Curitiba (26 a 29.04.10), a convite do NRE de Guarapuava e CESTAC, no Curso de Capacitação ofertado pelo Departamento da Diversidade da SEED, na Oficina da Educação do Campo. Foram serca de 200 Educador@s de todo Estado do PR (inscritos mediante uma Proposta de Oficina), mais representantes da SEED e NRE's, que estavam no evento de formação. Conforme calendário já estabelecido, deveremos ministrar estas oficinas a outras tres turmas de Educadores Estaduais (no meu caso deverá ser Pinhão e Guarapuava).
Juntamente com a Educação do Campo houve outras oficinas neste Curso de Capacitação do DEDI, como Gênero e Diversidade Sexual, Educação Escolar Indígena, Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência, Paraná Alfabetizado. Além de nossa oficina específica tivemos momentos de integração e plenária (final, 29.04.10) com todas juntas.

Educação do Campo

 
Gênero e Diversidade Sexual

 
Educação Escolar Indígena

Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência

Paraná Alfabetizado
Para visualizar a fonte das imagens (DEDI) CLIQUE AQUI

domingo, 25 de abril de 2010

Ato&Ação em MOVIMENTO DE LUTAS E GLÓRIAS


Rodrigo e Marcio

Algumas imagens do
Grupo de Teatro
Ato&Ação 
Coordenado pelo companheiro Clemente Zubreski, que se apresentou em
Faxinal do Céu (entre os dias 12 e 15/04/2010) no
Simpósio Paranaense de Educação do Campo
(SEED/DEDI) a convite do
Educador Vítor de Moraes.

Primeiro plano: Rose e Clemente


Rodrigo

Todo o grupo

Rodrigo, João Marcio, Rose e Clemente.

Primeiro Plano: Sergius


Grupo de Teatro:
Clemente Zubreski
Lucas Zubreski
João Márcio de Freitas
Rodrigo Pacheco
Rose Amaral Zubreski
Sergius Ramos

Os donos do capital...


"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".

Independentemente de quem quer que seja esta frase acima, ela tem se realizado plenamente em diferentes partes do planeta. A primeira parte foi a base da última crise estadunidense que se espalhou pelo mundo. A segunda fala da falência dos bancos... Aconteceu também! A última fala de nacionalização dos bancos. Pode não ter sido nacionalizado, mas foi dinheiro público que se injetou aos borpotões para salvá-los!
Repito o que já reiterei em outros momentos: "O pior cego é aquele que não quer ver!" (Popular)

sábado, 17 de abril de 2010

CONCENTRAÇÃO E EXPLORAÇÃO IMOBILIÁRIA


"Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!"
(Isaias 5.8)

Em visita à periferia da cidade de Candói observei mais uma vez uma triste, desumana, injusta e gritante situação social. Estive a ouvir as pessoas, as famílias, seus filhos e suas filhas. Me relataram sobre o modo como políticos (as) chegam ávidos, famintos, desesperados por votos em tempo de eleições (tipo o que aconteceu há pouco em 2008). Chegam, fazem reuniões para mediante qualquer expediente pedir apoio e voto. Contaram como depois das eleições (já acomodados no poder) não aparecem mais para saber ou relembrar sobre as necessidades daquelas famílias.

Estava eu a fazer uma "leitura do mundo" (Paulo Freire) e entendi que sobre aquelas pessoas pesam ainda outros problemas, outras carências, outras formas de pressão... Acontece que elas residem em um terreno que não lhes pertence ou pelo menos não têm um título de posse. Os mesmos que antes lhe pediram (pediram ou trocaram) o voto, enviaram alguém da Assistência Social pedindo os seus Documentos pessoais para (segundo as 'autoridades') conseguir um projeto (?!?) para dar emprego a estas famílias em questão.

Algumas destas famílias teriam um "documento de comodato" sobre a ocupação do terreno (conforme me foi relatado), mas o proprietário não forneceu uma cópia a todas as famílias, de modo, incluive, que alguém fica sem acesso aos serviços de luz, água, luz da rua e outros benefício próprios da "cidadania".

O "proprietário" é uma figura que está circundando a cidade com suas posses imobiliárias. É "político"! Aliás, aqui eu não fui muito feliz, pois todo cidadão ou cidadã que se preze é essencialmente político, isto é, se preocupa e luta pelo bem comum. E é exatamente isto que fazem aquelas famílias quando estão falando de seus problemas, quando estão indo em busca de soluções para suas necessidades mais imediatas. Mas estou falando de políticos (proprietários) que exercem a política conforme a mais elementar cidadania e ainda são filiados a partidos políticos, exercem cargos eletivos e administrativos e... E a situação está assim!

"Me pregunto", se eu tenho bastante dinheiro, sou obrigado a comprar terrenos inteiros em torno da cidade? Se eu tenho bastante dinheiro sou obrigado a adquirir todos os terrenos possíveis e concentrá-los apenas em minhas mãos? Se eu tenho bastante dinheiro, a forma mais criativa, inclusive, é controlar todos os lotes possíveis para fazer exploração imobiliária? Se eu tenho bastante dinheiro, o jeito mais fácil é ter lotes para vender por alto preço impedindo inclusive os mais pobres de poderem adquirir porque eles não são bem vindos ao solo urbano? Se eu tenho bastante dinheiro e ainda por cima exerço cargo político-eletivo-administrativo, a forma mais criativa de ajudar a população trabalhadora, mas muitas vezes sem Trabalho ou desempregada, é ignorar a sua situação e continuar cuidando primeiro e acima de tudo de meus projetos imobiliários, mercadológicos, lucrativos, excludentes e concentradores de recursos, de forma egoísta?

A propósito está aí a campanha da Fraternidade 2010 a nos chamar à razão, à realidade, a olhar o mundo ao nosso redor além de nosso umbigo, a nos solidarizarmos com nosso semelhante, com todos os seres da Terra, exercendo a justiça (não a burguesa que só fala do direito de quem já tem tudo), dos direitos de todos, não só o ser humano, mas da biodiversidade, dos recursos naturais, do Planeta como nossa Terra Mãe e que não aguenta, não suporta mais este modelo depredador-concentrador que exclui, destrói e mata, desde o local até o global!

E esta reflexão nos convida a pensarmos sobre a finitude de nossa curta existência e de como não não vale a pena se preocupar tanto com o dia de amanhã e juntar tantos bens.

"Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?" (Mateus, capítulo 6, versículos 25 a 30).

domingo, 11 de abril de 2010

CLEMENTE ZUBRESKI NA II CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA

Nosso amigo e companheiro de caminhada, o Clemente Zubreski, de Candói, esteve em Brasília, entre os dias 11 a 15 de março de 2010, na Conferência Nacional de Cultura, representando o Estado do Paraná, especialmente a nossa Região Centro Sul do PR. Ou seja, nós de Candói fomos bem representados por uma pessoa que tem talento, tem dom para a Arte, tem expontaneidade, capacidade de comunicação, que está cursando uma faculdade de Arte, dentre outros atributos... Bem, sobre o esposo e pai que é, deixemos que falem a Rose, o Lucas e a Hiana.
Bem, o certo seria falarmos aqui não tanto enaltecendo a figura do amigo, mas sobre a CNC, mas como não dispomos de elementtos ainda, deixemos apenas esta nota prévia.

 Clemente com representantes de outras Nações (indígena  e afro).

sábado, 10 de abril de 2010

EDUCADORES E POLITIZAÇÃO

Quando observamos a vida de um/a educador/a, enquanto cidadãos ativos (pois participamos de uma determinada sociedade, dentro de certa cultura, agimos em um contexto político específico, a partir de uma realidade econômica, com os cuidados ambientais que o meio demanda), avaliamos a sua "politização", ou em termos mais simples (antes que digam que estou falando grego!) a sua formação política. E temos a felicidade de encontrar professores ou educadores que exercem a sua cidadania de forma ativa, de forma a mais plena possível! Pois muitos/as estão condenados, por algum fator limitante, a apenas "darem aulas" e cuidarem de seu espaço familiar, não lhes sendo possível vivenciarem a totalidade do que acontece na comunidade e no mundo. 
Mas a avaliação pior que fazemos é daqueles professores ou educadores que em termos políticos (estou falando em ciência política, nem entrei na questão partidária, eleitoral, administrativa, mas vou fazê-lo!) não conseguem diferenciar o dia da noite ou, por outro lado, são tão empregnados da Lei de Gerson, que não lhes sobra outra alternativa, a não ser atenderem a exigências estranhas à cidadania, aos interesses de terceiros (nem sempre muito transparentes aos cidadãos, ao Povo!), aos seus próprios interesses ou, o que é terrível, agem por medo, por covardia, por pressão vinda de cima - não do céu, com certeza!.
E estes professores (estes sim "professores", porque apenas professam uma fé cega em alguém, a um movimento político ou a uma 'má fé') e quando a serviço do poder constituído, daqueles que são empregados do Povo, utilizam seus cargos para serem apenas o braço de quem realmente manda e que, às vezes, manda com braço ditatorial, centralizador, com discurso demagógico/mentiroso, e tais professores ao professarem 'tal fé' acabam por menospresar seus companheiros de classe, de profissão, massacram-nos, esquecem que o poder, os cargos políticos, os mandatos passam rápido, em no máximo quatro anos! 
Cabe lembrar aqui o que falou o escritor português: “Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão” (Eça de Queiróz). Pela mesma razão! E finlamente vale citar o poema de Beltold BrechtO Analfabeto político, porque quem não é politizado, o é! 

"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais". Isto foi Brecht quem falou!
E completamos ainda citando o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos".

quinta-feira, 1 de abril de 2010

MENTIRA - MENTIROSO

João 8. 44

Poema de Mia Couto

"Primeiro, perdemos a lembrança de termos sido rio.
A seguir, esquecemos a terra que nos pertencera.
Depois da nossa memória ter perdido a geografia,
acabou perdendo a sua própria história.
Agora, não temos sequer ideia de termos perdido alguma coisa."

Mia Couto, biólogo, escritor, poeta, marxista, ser humano...