Estava a ler e reler a coluna de determinado professor, no Jornal Diário de Guarapuava (p. A4, 01/03/11), onde ele descrevia sobre as posições de um governador do PR, anterior ao que está agora, e mais uma vez coloquei-me a refletir sobre a questão dos "transgênicos" ou Organismos geneticamente modificados ("OGM'S"). Aliás, referido professor (do qual também não recordamos o nome) nem conseguiu lembrar o nome do grande Governador Roberto Requião (agora eleito Senador da República), intitulando sua resistência de "guerra quixotesca" contra a chamada, mais uma vez, de "evolução tecnológica".
Diante do exposto cabe lembrar que Requião foi muito ousado em sua política por uma "área livre de transgênicos". Segundo, ele não agiu à revelia do contexto. Se estabeleceu uma "guerra" foi por conta de compromissos assumidos junto a um dos setores da sociedade que o apoiou na eleição para governador. Não fora um setor popular ou das organizações populares, mas encaramos a proposta como bem vinda para nós povo.
E, antiquixotescamente falando, gostaria de citar as palavras do ilustre colunista que conclui seus escritos dizendo: "Os cultivares transgênicos são uma inovação tecnológica e vieram para salvar a humanidade da falta de alimentos, mesmo que Dom Quixote os tenha combatido freneticamente...". Este discurso é apenas uma antiga falácia utilizada no Brasil por volta da década de 1960, quando fora implantada a chamada Revolução Verde no Brasil, um pacote agrícola baseado em tecnologias européias e estadunidenses (compostas por máquinas/tratores, adubos químicos e agrotóxicos). O mote era "acabar com a fome da humanidade".
Pois bem, a Revolução Verde - não se levando em conta o fato de ela ter causado destruição de florestas (para ampliar a fronteira agrícola), ter desmatado as áreas de proteção permanente e de reserva legal, ter provocado profundos impactos nos solos, erosão, assoreamento dos rios e lagos, enfraquecimento da fertilidade da terra, o processo de desertificação, envenenamento das águas, a poluição do ar, alimentos carregados de agrotóxicos (provocadores de câncer e outras diversas doenças, o que aumentou a indústria farmacêutica, o comércio de medicamentos, as especialidades e os hospitais cheios de doentes), o endividamento de agricultores, o esvaziamento do campo ("êxodo rural") e o consequente inchaço dos cidades, - conseguiu produzir em torno de dois terços a mais de alimentos do que a humanidade necessitaria. Mas este alimento ficou estocado, retido, sei lá, mas não cumpriu o nobre propósito da Revolução Verde! E talvez pessoas como o referido professor, cheias de boa vontade em ver a humanidade nutrida a qualquer preço, de forma desavisada, volta, a repetir o velho discurso de acabar com a fome.
As consequências que poderão advir do cultivo e utilização de OGM'S podem ser inúmeras. Primeiro, ninguém sabe os resultados para a saúde humana da utilização de produtos que contenham elementos estranhos à sua natureza na cadeia genética de suas sementes. Segundo, não existe uma avaliação da influência e possibilidade de contaminação de sementes transgênicas sobre sementes tradicionais ou crioulas, havendo, portanto, o risco de se perder um imenso banco genético de sementes ou espécies da Biodiversidade, patrimônio do Planeta Terra e da Humanidade, restando pouquíssimas espécies... e o mundo contaminado! Terceiro, estas poucas espécies podem ficar reféns de meia dúzia de empresas transnacionais, que poderiam explorar e dominar o chamado "mercado mundial", e nós, pobres mortais, ficaríamos à mercê de seus interesses econômicos e comerciais. E Finalmente, mais uma vez, a fome poderia acabar por conta da morte dos famintos, porque as empresas que têm o monopólio das sementes e da produção querem fazer mais dinheiro e concentrar riquezas. Estas não estão preocupadas nem com acabar com a fome no mundo e muito menos com a segurança alimentar da população!
Sugestões para aprofundamento:
1 EcoDebate
2. Bio ana
3. Bruxelas
4. Zona livre de transgênicos
Diante do exposto cabe lembrar que Requião foi muito ousado em sua política por uma "área livre de transgênicos". Segundo, ele não agiu à revelia do contexto. Se estabeleceu uma "guerra" foi por conta de compromissos assumidos junto a um dos setores da sociedade que o apoiou na eleição para governador. Não fora um setor popular ou das organizações populares, mas encaramos a proposta como bem vinda para nós povo.
E, antiquixotescamente falando, gostaria de citar as palavras do ilustre colunista que conclui seus escritos dizendo: "Os cultivares transgênicos são uma inovação tecnológica e vieram para salvar a humanidade da falta de alimentos, mesmo que Dom Quixote os tenha combatido freneticamente...". Este discurso é apenas uma antiga falácia utilizada no Brasil por volta da década de 1960, quando fora implantada a chamada Revolução Verde no Brasil, um pacote agrícola baseado em tecnologias européias e estadunidenses (compostas por máquinas/tratores, adubos químicos e agrotóxicos). O mote era "acabar com a fome da humanidade".
Pois bem, a Revolução Verde - não se levando em conta o fato de ela ter causado destruição de florestas (para ampliar a fronteira agrícola), ter desmatado as áreas de proteção permanente e de reserva legal, ter provocado profundos impactos nos solos, erosão, assoreamento dos rios e lagos, enfraquecimento da fertilidade da terra, o processo de desertificação, envenenamento das águas, a poluição do ar, alimentos carregados de agrotóxicos (provocadores de câncer e outras diversas doenças, o que aumentou a indústria farmacêutica, o comércio de medicamentos, as especialidades e os hospitais cheios de doentes), o endividamento de agricultores, o esvaziamento do campo ("êxodo rural") e o consequente inchaço dos cidades, - conseguiu produzir em torno de dois terços a mais de alimentos do que a humanidade necessitaria. Mas este alimento ficou estocado, retido, sei lá, mas não cumpriu o nobre propósito da Revolução Verde! E talvez pessoas como o referido professor, cheias de boa vontade em ver a humanidade nutrida a qualquer preço, de forma desavisada, volta, a repetir o velho discurso de acabar com a fome.
As consequências que poderão advir do cultivo e utilização de OGM'S podem ser inúmeras. Primeiro, ninguém sabe os resultados para a saúde humana da utilização de produtos que contenham elementos estranhos à sua natureza na cadeia genética de suas sementes. Segundo, não existe uma avaliação da influência e possibilidade de contaminação de sementes transgênicas sobre sementes tradicionais ou crioulas, havendo, portanto, o risco de se perder um imenso banco genético de sementes ou espécies da Biodiversidade, patrimônio do Planeta Terra e da Humanidade, restando pouquíssimas espécies... e o mundo contaminado! Terceiro, estas poucas espécies podem ficar reféns de meia dúzia de empresas transnacionais, que poderiam explorar e dominar o chamado "mercado mundial", e nós, pobres mortais, ficaríamos à mercê de seus interesses econômicos e comerciais. E Finalmente, mais uma vez, a fome poderia acabar por conta da morte dos famintos, porque as empresas que têm o monopólio das sementes e da produção querem fazer mais dinheiro e concentrar riquezas. Estas não estão preocupadas nem com acabar com a fome no mundo e muito menos com a segurança alimentar da população!
Sugestões para aprofundamento:
1 EcoDebate
2. Bio ana
3. Bruxelas
4. Zona livre de transgênicos
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