O problema do chamado AGRONEGÓCIO:
Primeiro, que esta 'turma' se coloca como fosse "todo mundo", como se fossem os únicos que "produzem". Aliás, eles se autodenominam "produtores"! Os outros que cultivam o solo, plantam as sementes e colhem 50% dos alimentos que chegam às nossas mesas (e que não são do 'AGRONEGÓCIO') não são reconhecidos, servem apenas para engordar as estatísticas do agronegócio em milhões de toneladas produzidas. Ou os outros que não são AGRONEGÓCIO nem são contabilizados. Todos os camponeses, os ilhéus, os ribeirinhos, os quilombolas, os assentados, os agricultores familiares ou os pequenos agricultores... que produzem para suas necessidades e vendem o excedente para ter uma RENDA a fim de atender as demandas naquilo eles que não produzem às suas condições de vida, estes não são avaliados pelo AGRONEGÓCIO. Deste modo o AGRONEGÓCIO "coloca todo mundo no mesmo saco" e se coloca diante da Nação como se eles fossem a TOTALIDADE!
Segundo, o AGRONEGÓCIO está matando as pessoas, a biodiversidade, o Planeta... com toneladas de venenos, adubos químicos, com seus maquinários pesados e caríssimos, com a exclusão das pessoas da terra (esvasiamento do campo), com a concentração da riqueza do patrimônio natural em poucas mãos, com suas monoculturas e a exclusão de milhões de seres humanos no Brasil e no Planeta Terra!
Terceiro, o AGRONEGÓCIO torna tudo mercadoria! Mercadoria (negócio) é a terra, são as máquinas, são os frutos da terra, são os alimentos, são as 'Commodities' para a exportação para o gado europeu/estadunidense!
Quarto, o AGRONEGÓCIO não tem preocupação com os ALIMENTOS para a Nação! Sua preocupação são as 'mercadorias', o mercado, o negócio (comércio), os lucros!
Quinto, o AGRONEGÓCIO baseado na 'filosofia neoliberal' e na globalização, é um modelo predatório, suicida, mortal, assassino de tudo e de todos!
Sexto, este AGRONEGÓCIO tem como parceiros a burguesia nacional (vendida), as grandes empresas comerciais, as grandes indústrias, o sistema financeiro (bancos).
Um MOVIMENTO MUNDIAL se organiza, faz a resistência e luta contra este modelo que leva tudo ao colapso e à crise internacional. No Brasil tem diversos segmentos desde consumidores até agricultores que se organizam, estudam e trabalham para gestar um outro modelo que tenha a vida como prioridade, respeite a Natureza e seja sustentável.
No Estado do Paraná nos próximos dias (27 a 30 de maio de 2009, na Cidade de Francisco Beltrão) teremos a 8ª Jornada de Agroecologia que vai pensar e discutir a realidade, as experiências, os conhecimentos, as tecnologias, as organizações, as lutas e as políticas necessárias para superar o "sistema convencional" e continuar na gestação do novo modelo libertador e emancipador de todo ser humano e que seja sustentável com respeito à biodiversidade, à multiculturalidade, a democracia, o socialismo e a autodeterminação dos povos!
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