quinta-feira, 23 de julho de 2009

ELEIÇÕES - GANHOS E PERCAS




Sempre tem um grupo que é de Eleitores Conscientes ou Politizados. Sabem a importância de entender o contexto eleitoral e do seu voto. Este grupo analisa os candidatos, conhece ou procura conhecer sua História, como é sua trajetória Política; com quem é aliado ou tem compromissos; se é Honesto ou se é corrupto; se é sincero ou se não é enganador do povo; se é verdadeiro ou se é demagogo... Procura analisar a História do Partido Político, sua Doutrina, sua Ideologia, seu Programa. Apesar de que Partido é quase tudo substancialmente igual... Pode ser diferente a nível local, onde supostamente os cidadãos e as cidadãs acompanham de perto, participam, decidem (?) e onde pode acontecer a Democracia ou não!
Tem um grupo que é de Eleitores Indiferentes. Para eles todos os Políticos são iguais. Entendem que só têm que dar seu voto e não têm mais nada para fazer! Se não depois de quatro anos votar... Nada de novo acontece no Paraíso pregado pelos Políticos em tempos eleitorais... É uma fatalidade!
Há o grupo dos Eleitores Miseráveis. Mas a Constituição da República diz que eles são “cidadãos” com igualdade de direitos e iguais perante a Lei, pois têm Certidão de Nascimento, RG, CPF (?!?). Sua condição social é muito baixa. São muito pobres. Trabalham de dia para comer à noite... Sua miséria produz a fraqueza, a reação violenta (nem sempre), a doença e a morte prematura... E na época eleitoral, quando eles encontram os agradinhos oportunos (favores bondosos, cestas básicas e/ou promessas de emprego), eles comprometem o seu voto sem nenhum outro critério. A solução de seu problema imediato compromete qualquer possibilidade de um compromisso político efetivamente possível de erradicar seu estado de miséria. Afinal, quem agüenta a sua própria fome, de seus filhos, de sua Família? Podemos afirmar com garantia que enquanto houver pessoas, famílias em situação de miséria, de pobreza absoluta..., haverá também políticos corruptos e corruptores, que não fazem nada para que os pobres miseráveis superem esta condição e passem para uma situação social mais digna, mais decente, mais humana! A estes Políticos interessa, ao contrário, mantê-los na miséria para ter sempre o “clientelismo político”, a dependência, a “obrigação do voto”! Aliás, estes Políticos em tempo eleitoral nem precisam fazer “campanha eleitoral”, pois já passaram quatro anos minimizando as mazelas dos “mais necessitados” e estes "ficam reféns" e se sentem na “obrigação” de pagar o voto. “Fulano ou cicrano é tão bom!” É mesmo! Bom para si mesmo! Vai ser eleito, continuar recebendo um polpudo salário e ainda cuidar de seus negócios particulares... E o Povo? Bem...
Existe o grupo dos Eleitores Oportunistas. Estes se consideram os espertos. Estão atentos para se jogarem ao lado do candidato de quem possam tirar algum proveito material, um cargo na administração ou para “não perderem o voto”! Coitados! Normalmente ganham no voto e perdem na vida! Sua opção não é baseada na Ética, no compromisso, na honestidade, na veracidade, no Plano de Governo do candidato, no tipo de partido... Este eleitor é imediatista, pois ´pois quer um benefício momentâneo. É o tipo de eleitor sem consciência e inconseqüente. É o tipo típico do “analfabeto político”, como disse Bertold Brecht. É o eleitor adesista. Gruda onde possa se beneficiar. É o eleitor corruptível e por vezes corruptor.

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