Estávamos em uma "Colação de grau em separado" (18/03/2008), na UNICENTRO, em Guarapuava, quando o Diretor do Campus através de discurso, muito animado, falou que neste ano a universidade estava colocando algo em torno de 1400 profissionais no "mercado de trabalho". E pensei: 'Triste fim de um ser humano que passou boa parte da vida em escola e ao final de um curso dito "superior", para depois de tudo é "coisificado", é apenas "mercadoria", quiçá "negócio"!'
A bem da verdade eu resisti, até os últimos minutos, a ir de como motorista de minha esposa e amigos, que foram com a mesma finalidade. Mas, em fim, fui... E como 'nada acontece por acaso', entendi que eu deveria estar naquele lugar para (talvez na expressão de uma consciência ingênua) ter que ouvir ('pérolas') dizendo que centenas de pessoas se preparam apenas para o "mercado de trabalho", ao invés de poderem viver melhor, entenderem melhor a vida, como tudo funciona e é construído, o que se pode fazer para tornar o mundo mais humano, justo, feliz, solidário, igualitário, bom para nele existir... Mas não! Estudamos, pesquisamos e construímos conhecimentos para produzir riquezas ao podre sistema capitalista e para amontoar riquezas em poucas mãos desumanas...
Fui, vi, ouvi e agora posso questionar e convidar outras pessoas com sentido de vida e humanidade, para juntos pensarmos esta realidade, esta sutileza do sistema que vai embotando as consciências de modo a pensarmos que é tudo inexoravelmente normal, natural e que assim tem que ser... Mulheres e homens, "trabalhadores do mundo, uní-vos!" contra a barbárie capitalista que domina e assola tudo, num processo de cooptação e dominação voraz e insaciável!!!
Um comentário:
Pior ainda é quando estamos em sala de aula tentando fazer com que nossos alunos entendam que o conhecimento é para a vida toda e é o único bem que ninguém pode nos tirar e vemos tanto desinteresse por parte da maioria. Mas quando surgem alguns com um pensamento totalmente diferente e interessados, ganhamos força para continuar nosso trabalho.
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