segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"PARTIDOS"

Isto aqui não é nenhum tratado sobre "partidos". Apenas pretendo registrar algumas observações muito óbvias sobre a realidade política da qual fazemos parte. PARTIDO por si só representa um segmento, uma parte, um setor 'partido' não necessáriamente ao meio. O PARTIDO representa um segmento. Tem uma ideologia. Tem um programa. Tem uma linha de ação.


Feitas estas observações temos que procurar entender como os PARTIDOS funcionam na sociedade democrática. Existe PARTIDO que se pauta pelo aspecto liberal. Tem PARTIDO que se pauta pelo social (ou socialismo). Há PARTIDO que se pauta pelo elitismo (onde o Povo só serve para votar; e depois que os caras são eleitos o Povo fica à margem, em brancas nuvens, sem saber o que vai por trás da "caixinha de surpresas" chamada administração pública).




Vivemos em uma sociedade de classes. E estas classes estão divididas mais ou menos em três: 15% ricos; 35% médios; 50% pobres. Dai que quem vive nas alturas dos 15% não enxerga aqueles que estão abaixo. E procuram naturalizar esta situação. Os que estão na situação média dos 35% igualmente ignoram a situação dos que estão abaixo e fazem de tudo para ascenderem à condição da classe rica. Também estes procuram naturalizar esta situação para não terem que admitir mudanças ou transformações no jeito de organizar a sociedade, dividir os bens e na forma de administrar a mesma. Finalmente estão a estrodosa maioria que nem sempre tem consciência clara de que são o resultado do modo como as classes 1 e 2 organizam, se apropriam, exploram os Trabalhadores e dominam os bens, os meios de produção e as terras.




Mas tu poderias inocentemente perguntar: 'O que PARTIDO tem a ver com a sociedade dividida em classes?' A princípio pelo menos a classe 3 (que tem a maioria dos "futricados e mal pagos") deveria ter um PARTIDO que a representasse. Mas nem sempre é o que acontece na trama deste filme... Muitas vezes os PARTIDOS que nascem com uma proposta de ser, defender e lutar com e pelos Trabalhadores por um projeto popular, acabam galgando postos e se disvirtuam de suas origens e de seus princípios e propósitos. E nestas alturas já estão aliados com as organizações políticas das classes 1 e 2 e negam os interesses, as necessidades e demandas da classe 3 (pobres). E por outro lado aquelas agremiações políticas das classes 1 e 2 como não tem maioria para elegerem seus representantes ludibriam, engodam, enganam os Trabalhadores e as Trabalhadoras... E estes se tornam subservientes, capachos, massa de manobra de interesses que na maioria das vezes são contrários da classe 3. Ou seja, escolhem os algozes que vão lhes castigar!




Quem tem olhos para ver veja! Ouvidos..., ouça! Boca..., fale!

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