A CONFECOM acontecerá em Brasília de 01 a 03 de dezembro de 2009. Terá como tema "Comunicação: Direito e Cidadania na Era Digital". O Jornal da APP-Sindicato traz como título "O direito à comunicação é indissociável do exercício da cidadania e da democracia" (2009:9). E fala (através de uma entrevista) sobre o debate em torno da democratização dos meios de comunicação e da importância da realização da conferência. Nas entrelinhas acena para as polêmicas que estão acontecendo nesta fase. É o caso das grandes empresas que se retiraram da preparação da Conferência, mas que retornaram ao diálogo, ficando apenas a Rede Globo, que na vontade de rebelar-se contra o evento acabou perdendo o controle... E o site do Coletivo Intervozes explicita melhor o fato de as empresas de comunicação, inclusive, se retirarem da comissão de preparação da 1ª CONFECOM. No Jornal da APP Raquel Bragatto (do Intervozes) lembra que "se considerarmos um a definição mínima de democracia e a entendermos, de modo geral, como um sistema que permite que as pessoas expressem suas opiniões e tenham algum tipo de influência sobre as definições políticas, fica evidente que a concentração dos meios de comunicação vai contra esta concepção. Isto porque com o oligopólio apenas alguns pontos de vista vêm a tona e são publicados, passando então a serem incorporados e discutidos pela sociedade". E João Paulo Mehl (do Coletivo Soylocoporti) acrescenta "Este cenário fica ainda mais complicado quando percebemos que, além da concentração midiática, ocorre uma hegemonia dos veículos comerciais". Na sequência das entrevistas Bragatto observa: "Para nós, do Intervozes, o direito à comunicação é indissociável do exercício da cidadania e da democracia. Uma sociedade só pode ser chamada de democrática quando as diversas vozes, opiniões e culturas que a compõem têm espaço para se manifestar". E Mehl acrescenta à fala, lembrando que a mídia gera enormes divisas e desta mesma mídia depende o sistema capitalista para criar necessidades e vender seus produtos. E completa dizendo que a mídia "é a interface entre o mundo e os cidadãos, uma vez que traduz a realidade por meio de valores e opiniões que interessam a estes mesmos grupos hegemônicos que controlam os meios" de comunicação.
Está em processo, inédito a nível nacional, para fazer uma reviravolta no sistema de comunicação, onde Trabalhadores e Trabalhadoras, os verdadeiros construtores das riquezas e do desenvolvimento, terão vez e voz! Porque a julgar pela realidade midiática, as empresas de comunicação estão sob controle de poucos, muitos apenas políticos profissionais (que têm concessão do Estado), e quando não são políticos profissionais, são empresas que estão a serviço da pior classe de políticos, normalmente de direita, conservadores, ditadores... que ao controlar as comunicações, são contra o Povo e ainda controlam o pensamento popular.
Referências:
1. Coletivo do Intervozes: http://www.intervozes.org.br/.
2. Jornal da APP-Sindicato. maio/junho/2009, nº 144, p. 09.
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