domingo, 13 de fevereiro de 2011

DITADOR HOSNI MUBARAK RENUNCIA NO EGITO

Concentração e festa popular na Praça Tahrir, Cairo.
          Após 30 anos de governo ditatorial, sob os auspícios e bençãos dos Estados Unidos da América, um governo subserviente aos interesses estadunidense na Região do Oriente Médio, sob a pressão do movimento popular de violentos protestos dos últimos dias, Osni Mubarak (82 anos) renunciou ao poder (11/02/2011). A alegria tomou conta dos manifestantes na Praça Tahrir, no Cairo, epicentro da organização do povo egípcio, onde cantou: "o povo derrubou o regime!". Do Cairo os protestos tinham se espalhado por outras cidades como Alexandria, Suez, Damietta , Damnhur, Asuit, Sohag, Bani Swfi, Port Said e Mansoura.
          Sobre Mubarak pesavam acusações de abuso de poder e de autoridade, corrupção, repressão contra o povo, prisões arbitrárias, estado de emergência em vigor há 30 anos, processo eletivo manipulado e controlado, com maioria absoluta do legislativo para controlar o poder com mãos de ferro, sob uma economia de orientação neoliberal, que mantinha a população desempregada, marginalizada, fora do processo de desenvolvimento.
Fogos de artifício e grande comemoração em Cairo.
          Além da vitória inicial do povo egípcio, o saldo de mortos chega a quase 300 pessoas, além de mortes de jornalistas e ataques à imprensa. A renúncia fora anunciada pelo vice Omar Suleiman. "Diante das difíceis circunstâncias que o país está atravessando, o presidente Hosni Mubarak decidiu deixar a presidência da República. Os assuntos de Estado serão dirigidos pelo Conselho das Forças Armadas", disse Suleiman através da TV estatal.
          As bases históricas de governos independentes nos países árabes ou islãmicos vem do século XIX, com o Movimento Pan Islamismo, idealizado inicialmente por  Jamal al-Din al-Afghani. Mas firmou-se em meados do século XX para fazer resistência à influência dos EUA na região. Porém os EUA urdiram e derrubaram um a um diversos destes governos dos referidos países e apoiaram as ditaduras que surgiram na sequência, por muitas décadas, até hoje. Enquanto os Estados Unidos decreta bloqueio econômico conta a Ilha e o Governo de Cuba, pregando a necessidade de Democracia na terra de Fidel Castro, no País Comunista, porque não se alinha aos interesses econômicos norteamericanos, no Oriente Médio (e outras regiões do Planeta) eles apoiam tranquilamente as ditaduras, sem fazer o menor movimento contra os terríveis governos punhos de ferro, como este do Egito, da Arábia Saudita e outras ditaduras amigas, parceiras econômicas no Oriente Médio.       

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