CULTURA DA BIODIVERSIDADE EM NOSSA CASA

Rosas, 2009.

Maria mole, 2010.

Couve e chuchu, 2009.

Temos um "lote urbano", também chamado de terreno, data, propriedade, etc. Pois bem, além da nossa casa (que veio acompanhada na aquisição do lote), o terreno tem um espaço que inicialmente era dividido em local coberto de "pedra brita" ("terreiro") e local de culturas. Quando nos mudamos, em agosto de 2008 para esta casa, o espaço não tinha nenhuma espécie de "planta indicadora" (também chamada de erva daninha, inço, invasora, "praga", etc), apenas um pé de "pinheiro bravo" que plantaramos meses antes de nos mudarmos. A parte destinada a cultivos (culturas) não tinha absolutamente nada além de solo argiloso vermelho, à semelhança de solos degradados de cemitérios. 

Pomba, 2010.

Passados 2,5 anos, o espaço foi passando por um processo de transformação. Não se trata de significativos investimentos. Quando nos mudamos para este local trouxemos nossos bonsais, algumas plantas ornamentais, algumas mudas de tomates e abóboras. Aos poucos fomos agregando outras mudas de plantas. Os passarinhos, as formigas e outros animais foram  se encarregando de trazer outras sementes que foram germinando e dando uma coloração que manifesta a vida em suas diferentes formas.

Amoreira, 2010.



Mamona, 2010.



    Nosso objetivo primeiro, por exemplo, não é cultivar verduras para atender as necessidades da casa. Para isto recorremos a amigos que vendem produtos orgânicos ou ecológicos aqui mesmo na cidade, como o Nelson e o Décio. Cultivamos chuchu (Sechium edule), couve manteiga (Brassica oleracea L.), azedinha (), cebolinha (Allium tuberosum), manjerona (Origanum vulgare ssp. virens), hortelã pimenta  (Plectranthus ornatus), manjericão (Ocimum basilicum L.) , orégano , quebra pedra. Temos algumas plantas que servem para chás (ou ainda como temperos ou terapêuticos), a exemplo do açafrão (Curcuma longa Linn..), alcachofra (Cynara scolymus L.) , aça peixe (), alecrim (Rosmarinus officinalis L.), arnica (), arruda (Ruta graveolens L.), boldo miúdo (Plectranthus neochilus), cânfora (artemísia canforata) , catinga de mulata (), dente de leão, erva cidreira do brasil (lippia alba), falso boldo (Coleus barbatus) ,  menta (), infalivina, capim limão (Cymbopogon citratus), melissa (Melissa officinalis L.), hortelã (mentastro) , hortelã pimenta (), calêdula (Calendula officinalis), erva doce (Anisum Feniculum), citronela, inceso bastardo (Plectranthus coleoides), língua de vaca (), losna (), malva, macela (Achyrocline satureoides) , morangueiro () , rabo de burro (), salvia (Salvia officinalis L.), tansagem (nacional e européia - ...). 

          Cultivamos algumas ornamentais, como roseiras, caetê, costela de adão, hilicônia, imbira, bananeira, begonhas, beijinho, caruru, crisântemo, onze horas, flor da fortuna, hibiscos, insenso, orquídeas, samambaias, maria mole (Senecio spp), planta aranha (Chlorophytum elatum “Variegatum”).         
         Cultivamos algumas árvores como anacauíta, aroeira (Schinus terebinthifolia Raddi), araucária (Araucaria angustifolia), jabuticabeira, abacateiro, araticum, amoreira (morus nigra), bambú, butiá, gincobiloba, vassourinha, manacá da serra, araçá do campo, cactus (sete variedades), jaracatiá, mamonas, amoreiras, cerejeira, limoeiro, palmeira, paineira (Chorisia speciosa), primavera, uva do japão, urtigão,  uvarana, xaxim (Dicksonia sellowiana). Temos um viveiro de mudas que nos acompanha de longa data (através do qual criamos nossas próprias mudas e presenteamos os amigos/as). Temos muitas outras cujos nomes não temos localizados neste momento.

Margaridas e capim limão, 2010.

          Temos aves como pombas, corruíras, tico ticos, sabiá, etc, que nidificam, chocam e criam seus filhotes. Habitam o espaço um casal de preas, que entram e saem através de um buraco no muro (por onde escoa a água da chuva) e um lagarto. 

Abóbora, 2009.

Mamona, amoreira, etc. 2010.

Estes são os cultivos da biodiversidade em nossa casa, em nosso lar, em nosso recanto minúsculo, que estão identificados. Há porém muitas outras plantas que estão sem as suas identidades. Não somos latifundiários (nem almejamos tal situação), mas na hora que dispormos de uma área de alguns hectares, nosso projeto inicial é desenvolver alguma atividade sustentável, educativa, preservacionista e cooperativa. Afinal não somos o umbigo do mundo e não vamos viver para sempre aqui! "Quem não vive para servir, não serve para viver" (Mahatma Gandhi).




             "De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará" (Chefe Seattle).

Obs.: as imagens são genuinamente de nosso lote. A nossa fauna foi mais difícil fotografar.

Referências:

Mundo das Plantas AQUI.