quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ser Humano e Natureza: Inseparáveis

"Conhecemos apenas uma ciência, a ciência da história. Pode-se enfocar a história de dois ângulos; pode-se dividí-la  em história da natureza e história dos homens. Porém, as duas são inseparáveis; enquanto existirem homens, a história da natureza e a história dos homens se condicionarão mutuamente". (Marx e Engels)

Até este momento, enquanto lia um dos livros de Chiavenato, o Massacre da Natureza, não tinha atentado para o pequeno detalhe, a separação da História da Humanidade da História Natural ou História da Ciência. Aprendi a dizer que tal ou qual tema se refere à História Natural (ou da Natureza), que não fazia parte da História da Humanidade. É óbvio que muitos elementos da História Natural, como aspectos evolutivos, geológicos (e outros que desconheço) não dizem respeito diretamente à ação do bicho homem. E aqui homem não tem uma conotação machista, porque segundo minha leitura e análise da realidade, a mulher culturalmente teve pouca ou nenhuma participação em ações, projetos, empreendimentos desenvolvidos no espaço histórico da humanidade. Normalmente os atos de exploração, depredação, estrago, destruição, poluição... estiveram sob a batuta pensada e executada pelo domínio masculino. 


Questionemos: a quem interessa esta dicotomia ou separação daquilo (ou disto) que é inseparável? O princípio do imperialismo romano "divid et imperat" pode ajudar na explicação desta questão. Por que quanto mais um povo, uma realidade, um aspecto da ciência... estão divididos, mais facilmente eles podem ser dominados, explorados, esgotados... E no que tange à História, é do interesse dos segmentos dominantes do Planeta que as coisas sejam vistas de forma fragmentada, para que não se percebam as contradições, para que não sejam identificados os exploradores dos recursos naturais (que são esgotáveis), os culpados, os criminosos que não apenas esgotam a capacidade de regeneração do Planeta quanto o levam rapidamente (em menos de 100 anos) à morte!

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