"O termo xenofobia provém do conceito grego composto por xenos (“estrangeiro”) e phóbos (“medo”). A xenofobia faz, deste modo, referência ao ódio, receio, hostilidade e rejeição em relação aos estrangeiros. A palavra também é frequentemente utilizada em sentido lato como a fobia em relação a grupos étnicos diferentes ou face a pessoas cuja caracterização social, cultural e política se desconhece. A xenofobia é uma ideologia que consiste na rejeição das identidades culturais que são diferentes da própria."¹ Xenófobo, por dedução, é a pessoa ou povo que pratica a xenofobia.
Compreendidas as palavras, vamos lembrar brevemente o que vai por aí em termos de xenofobia. Lembremos que países europeus, como Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Turquia, dentre outros, aqui na América, os EUA, têm agido com base na discriminação, no preconceito, no racismo, em resumo, com base na xenofobia. Paradoxalmente parece que ativistas, partidos ou mesmo governos estão com amnésia histórica. Não lembram, por exemplo, que seus países invadiram a América partir do século XV, ou invadiram massivamente a África e a Ásia a partir do século XIX, deles roubaram seus territórios, destruiram suas sociedades, desmantelaram suas economias, conspuscaram suas culturas, acabaram com as suas identidades e desrespeitaram seu meio ambiente. Não contentes, ainda impuseram suas culturas em todos os aspectos e tomaram conta dos seus espaços através da imigração dos seus territórios originais para os territórios invadidos. E hoje utilizam de artifícios legais para impedir estes povos de irem morar em seus territórios ou os expulsam como invasores ou criminosos.
Exposto este quadro trágico sobre as movimentações das diversas culturas sobre o Planeta, lembremos, também, do povo de Israel, "o povo eleito", que há milênios, sob orientação de um deus sanguinário, exterminou as nações do Oriente Médio e criou um Estado Teocrático, que no ano 70 d.C foi destruído pelo Império Romano e seu povo disperso pelos quatro cantos da Terra. Pois bem, ao final do século XIX começou um movimento de judeus em busca de retornar ao antigo território. Nas primeiras décadas do século XX este movimento foi crescendo. Após a 2ª Guerra Mundial, diante da perseguição aos judeus, especialmente depois grande perseguição e do holocausto judeu, feito pelos nazistas alemães, os judeus, através do movimento sionista, deram continuidade à ideia de recriar o Estado de Israel.
Mas não nos enganemos! Supostamente o sionismo luta pelas origens semitas e por tudo aquilo que este termo representa. Entretanto, o sionismo israelense não luta pela defesa da religião judaica! Seus "planos são colonialistas baseados no racismo e no supremacismo racial em aliança total com os interesses do imperialismo e do grande capital" (Br247, 11/10/24). Inclusive, pasmem, o segmento dos religiosos judeus ortodoxos se opõe não apenas ao sionismo, mas até à ideia e projeto de criação de um Estado de Israel que, supostamente, seria para reconstruir o Israel bíblico, conforme se concretizoua partir de 1948. Porém o atual Estado de Israel não tem absolutamente nada a ver com a Nação de Israel bíblica. O Israel da promessa é materia vencida desde quando ele negou Jesus de Nazaré como Salvador e o matou com o apoio do governo romano do qual Israel era uma das suas colônias. Israel atual é um Estado delinquente. É um Estado fascista. É um Estado de extrema direita. É um Estado neonazista. É um Estado genocida. É um Estado desumano e criminoso de guerra. Mas para piorar o quadro da ideologia sionista teologos cristãos (mormente do meio evangélico, especialmente Scofild) semearam a crença segunda a qual, ao "final dos tempos", Israel seria reconstruído, teologia baseada nas "sete dispensações", uma ideologia "bíblica" bem urdida, tendo como pressuposto o medo...
Mas o que é guerra? Toda a guerra é uma estupidez programada pelos poderosos (governantes e fabricantesde armas), executada por soldados (com alta tecnologia) e os territórios e povos sofrem as consequências (destruição, ferimentos e mortes). Guerra é quando dois ou mais países, devidamente armados lutam, se destroem, se mutilam, se matam... Agora, no caso da Palestina (Cisjordânia e Gaza), um povo desarmado, está acontecendo um massacre, um genocídio, perpetrado pelo Estado Sionista de Israel, armado com apoio dos EUA até às bordas, com as tecnologias mais mortais de guerra!
Este quadro iniciou-se há 76 anos (1948) quando judeus sionistas iniciaram a invasão terrorista sobre o território palestino, matando, expulsando milhões, realizando um apartheid e confinamento dos povos que ali viviam há milênios, como em campos de concentração nazistas. Ou seja, uma limpeza étnica sem fim, o genocídio do povo palestino. E o surgimento do Hamas, há poucas décadas, foi uma reação ao terrorismo contínuo do Estado de Israel. Entretanto é necessário entender que a crença de que este Israel tem a ver com a Bíblia é uma paranóia, defendida por muitos crentes, mas que atende apenas como um enclave no Oriente Médio ao imperialismo capitalista inglês e estadunidense.
Basta de sionismo cometer toda sorte de crimes, como racismo, xenofobia, guerras absurdas e genocídio e que, diante das reações e resistência aos seus crimes, se faz de vítima de antissemitismo!
Sergio Bucco
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¹ - https://journals.openedition.org/laboreal/7924#:~:text=A%20xenofobia%20faz%2C%20deste%20modo,cultural%20e%20pol%C3%ADtica%20se%20desconhece.
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