Observemos aqui, ali, acolá, na Cochinchina... como se portam as pessoas que ocupam esferas, diríamos, de poder. Assim, por exemplo, a Direção de uma Escola, a Presidência de uma associação, a Gerência de um comércio, a Secretaria de uma prefeitura, dentre outras. E analisemos como esta pessoa se comporta em relação à confiança nela depositada, como ela passa a tratar as outras pessoas que dependem de seu cargo, de sua função, de seu serviço e como ela passa a administrar, gestar, presidir e gerenciar os espaços a ela confiados.
E encontramos pessoas esmeradas em respeitar os princípios da Humanidade, da Ética, da Democracia, da Justiça, da Equidade. Procuram fazer com que seus companheiros/as de espaço, de trabalho, de serviço primeiramente se sintam respeitados, valorizados, necessários e dispostos ao trabalho, às suas tarefas e felizes, dispostos a darem mais de si para que o conjunto, o coletivo e os objetivos sejam alcançados.
Por outro lado encontramos, a partir das mesmas condições algumas pessoas que assumem as mesmas funções (conforme acima citamos) e de repente se transformam. Ou melhor, apenas revelam o estofo que embasa seus corações, suas consciências (ou falta delas), seus descompromissos com os espaços assumidos, a falta de Projetos de Gestão, de Direção, de Administração, de gerenciamento. Os espaços poder a elas confiado acaba por frustar, desanimar, desestruturar às pessoas que lhes confiaram tais funções. E estas passam a ser tratadas com arrogância, com desrespeito, com grosseria, com prepotência. E aquele que deveria ser um motivo de satisfação do Povo, de atendimento de suas necessidades, na prestação de serviço, de bom andamento dos processos, seja, públicos ou privados, vira frustração e desgosto.
Estratégias do agressor no ato do assédio moral:
- "Impedir de se expressar e não explicar o porquê.
- Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos pares.
- Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar.
- Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho.
- Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool.
- Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, freqüentemente, por insubordinação.
- Escolher a vítima e isolar do grupo.
- Impor ao coletivo sua autoridade para aumentar a produtividade" (aqui).
E dizer que em nossa sociedade 'candoiense', em nosso município, em espaços de serviço público e também privado, sem fazer generalizações, existe tais aberrações vindas daqueles e daquelas que foram empoderados/as para SERVIR. Por estas plagas tem gente que trata seus "dependentes" (ou "subordinados/as"?) com grosserias, impropérios, prepotência, ameaças, etc. Não tem nem a polidez, as boas maneiras, a educação vinda da família, a finesse que deveria nos acompanhar a todo instante.Obviamente que em se tratando dos espaços do Trabalho nós temos no Paraná a Lei de Assédio Moral e em diferentes Estados, Municípios, e Projetos de Lei a nível Federal.
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