CFR de Candói - Pr - Nov/2009.
1. O contexto social da CFR
O espaço, o Território da CFR, é composto por Educandos/as oriundos do campo (meio rural) e alguns da cidade. Suas famílias estão mais para a categoria de camponeses, agricultores familiares, pequenos agricultores, trabalhadores rurais sem terra, volantes, biscateiros... Eles procedem de diversas comunidades. E a sua participação na CFR encontra algumas dificuldades, como por ex. as distâncias, a falta de condições para locomoverem-se, a carência de cultura do exercício democrático da participação, dentre outros.
O espaço, o Território da CFR, é composto por Educandos/as oriundos do campo (meio rural) e alguns da cidade. Suas famílias estão mais para a categoria de camponeses, agricultores familiares, pequenos agricultores, trabalhadores rurais sem terra, volantes, biscateiros... Eles procedem de diversas comunidades. E a sua participação na CFR encontra algumas dificuldades, como por ex. as distâncias, a falta de condições para locomoverem-se, a carência de cultura do exercício democrático da participação, dentre outros.
2. O que deve ser a Educação da CFR
Tanto quanto deveria ser em qualquer escola regular ou convencional, o processo educativo deve ser emancipador, libertador, gerador de autonomia, de emancipação, independência, transformação de vida. A CFR deve ser Escola Pública, porque “a importãncia da escola pública básica está aí: colocar o povo em marcha sabendo pensar. Apenas reproduzir conhecimento não é só impossibilidade hermenêutica é em particular imbecilidade política, porque desfaz o sujeito em nome do objeto amnipulado. 'Pobresa política' é isso: condição de massa de manobra (DEMO, 2007: 27). A Escola CFR deve ter uma Educação que orientem os educandos a se desenvolverem deforma criativa, com capacidade de desenvolver a cidadania, de pensar com senso crítico, de participar politicamente, de pesquisar, de elaborar, de praticar, de teorizar a prática e de reelaborar. Emfim, a CFR deve fazer Educação tendo como base o conhecimento desruptivo “no sentido do desafio de forjar povo rebelde, capaz de tomar seu destino em suas próprias mãos e de exercer efetivo controle democrático” (DEMO, 2003: 30).
A Educação da CFR deve contar com a participação constante das Famílias, acompanhando o desenvolvimernto de seus filhos, seu aprendizado, as propostas pedagógicas e projetos desenvolvidos nesta casa de Educação. Por outro lado, a Associação CFR, como organismo fundante e majoritário na organização da CFR (ainda que haja muita confusão a respeito do papel da Administração Municipal, parceira), tem como necessidade estar em permanente contato com o local da CFR, com os Educandos/as, com os Educadores, com os Monitores, com os Funcionários e com a Coordenação da CFR.
3. O que é complementar no processo educativo da CFR
A Educação da CFR deve contar com a participação constante das Famílias, acompanhando o desenvolvimernto de seus filhos, seu aprendizado, as propostas pedagógicas e projetos desenvolvidos nesta casa de Educação. Por outro lado, a Associação CFR, como organismo fundante e majoritário na organização da CFR (ainda que haja muita confusão a respeito do papel da Administração Municipal, parceira), tem como necessidade estar em permanente contato com o local da CFR, com os Educandos/as, com os Educadores, com os Monitores, com os Funcionários e com a Coordenação da CFR.
3. O que é complementar no processo educativo da CFR
No processo de formação que tem como objetivo a Qualificação em Agricultura e Pecuária, é fundamental os estudos sobre as atividades agrícolas, a criação de animais, a organização do espaço do campo, da Unidade de Produção e Vida Familiar (a UPVF, a 'propriedade', do terreno, da área familiar), o sistema de controle da produção, dos gastos, da renda. Junto com o aprofundamento teórico o Educando ou a Educanda devem continuar tendo acesso ao campo, às atividades práticas, mas sempre pensando, avaliando, sistematizando a partir das ações que realiza. A Educação da CFR não deve ser, de modo algum, braço, extenção, reprodução das práticas do AGRONEGÓCIO, pois educação deste tipo as empresas (inclusive as pseudo cooperativas) revendedoras de agroquímicos (venenos), de semente 'BT', RR, e outras tecnologias, já o realizam com maestria e capacidade de convencimento que excede o nosso trabalho de longe. Portanto, a Educação com formação "técnica" deve oferecer a oportunidade dos filhos e filhas de Trabalhadores aprenderem alternativas e modelo de Agricultura e criação de animais que sejam sustentáveis. E para isto precisam sr: Ecologicamente Correto; Economicamente viável; Socialmente justo e Culturalmente aceito.
4. O que não deveria ser a Educação da CFR
A Educação na CFR não naõ deve ser reprodução do conhecimento, pois, como diz Pedro Demo, “Se for apenas para reproduzir conhecimento, temos hoje meios mais interessantes disponíveis, como a parafernália eletrônica, que tem a vantagem de ser ao vivo e a cores, com efeitos especiais” (DEMO, 2007: 13), mesmo que no caso da nossa CFR não tem computador e internet de qualidade nem aos educadores. A Educação da CFR não deve empurrar os alunos para frente de qualquer maneira, tendo por base a chamada “progressão automática”. Não deve ser instrucionismo (ou seja, reprodutivismo de fora para dentro), pois são “práticas deslavadas, no fundo imbecilizantes, porque evitam a formação do sujeito que sabe pensar e aprender” (DEMO, 2007: 21). Não pode ficar no senso comum, porque torna o educando facilmente crédulo, que não sabe pensar, argumentar, fundamentar, elaborar. A Educação na CFR não deve ser reprodução do sistema excludente que está posto, pois justamente, em sua maioria, nossos educandos são filhos da classe trabalhadora, e dentre estes, estão os mais pobres, fruto do modo de produção capitalista que gera miséria através da exploração, da expropriação do produto do Trabalho e suor dos trabalhadores, do lucro e concentração de renda. Porque “a força inaudita do capitalismo, em alguma medida, pode ser explicada pela habilidade de se aproveitar da face predatória humana, ao acentuar liberdades individualistas às custas do bem comum” (DEMO, 2007: 25). Se existe um modelo de vida e produção que se chama agronegócio, baseado exclusivamente na produção de mercadorias (commodities) a qualquer custo, então os filhos da classe trabalhadora devem ter acesso a um modelo que seja condizente com sua situação e que venha ao encontro de suas necessidades, (conforme colocamos no item nº 2).
5. O que deve ser o Processo de Gestão na CFR
O processo de Gestão Administrativa e Pedagógica tem que ser totalmente autônoma. Não autônoma de seu sentido primeiro, de sua História, de sua tradição, do conjunto de leis, normas e resoluções que embasam sua organização. Mas me refiro, primeiramente, à Diretoria da Associação que tem que ter perfil. Ser composta por pessoas que são ou estão no campo, na área da Agricultura, que tenham experiência, formação na perspectiva da Pedagogia da Alternância, das CFR's propriamente ditas, que é o caso da nossa diretoria atual.
E finalmente, a chamada Coordenação (uma especie de direção) da CFR que que ter perfil, visão de conjunto do processo educativo, afinidade com a equipe de Trabalhadores da CFR (mais do que com forças externas). Precisa trabalhar junto com a Diretoria da ACFR (não apenas utilizá-la para dar legalidade aos atos administrativos da CFR). Deve estar permanentemente presente no Território da CFR (não só no local da Casa Familiar Rural, mas nas Comunidades também) e ter dedicação exclusiva. Para ser Coordenação da CFR não pode ser "paraquedista" que chega não sei de onde, com objetivos 'não sei os quais', pois a CFR não pode ser apenas um "bico financeiro" (como se diz na gíria popular), a CFR não pode ser apenas o apêndice de sua vida. Para ser Cordenação (coodenadora ou coordenador) da CFR há que se ter um envolvimento viceral com todo o processo, não apenas delegar função a este ou àquele! é necessário ter afinidade com os/as parceiros e cooperadores/as, conveniados/as ou não, como Prefeitura (respeitadas as proporções), com o Núcleo Regional de Ensino (Estado), com programas federais (União), com as Instituições, Organizações e Movimentos Sociais, que no caso de Candói podem ser Escolas, Igrejas, MPA, MST, MAB, STR, CRESOL, CORLAF, CEMPO, Associações Comunitárias ou outras, com algumas empresas e com a Sociedade em geral! Faço estas referências porque os sujeitos que constituem educandos/as da CFR têm suas histórias ligadas a estes espaços sociais.
4. O que não deveria ser a Educação da CFR
A Educação na CFR não naõ deve ser reprodução do conhecimento, pois, como diz Pedro Demo, “Se for apenas para reproduzir conhecimento, temos hoje meios mais interessantes disponíveis, como a parafernália eletrônica, que tem a vantagem de ser ao vivo e a cores, com efeitos especiais” (DEMO, 2007: 13), mesmo que no caso da nossa CFR não tem computador e internet de qualidade nem aos educadores. A Educação da CFR não deve empurrar os alunos para frente de qualquer maneira, tendo por base a chamada “progressão automática”. Não deve ser instrucionismo (ou seja, reprodutivismo de fora para dentro), pois são “práticas deslavadas, no fundo imbecilizantes, porque evitam a formação do sujeito que sabe pensar e aprender” (DEMO, 2007: 21). Não pode ficar no senso comum, porque torna o educando facilmente crédulo, que não sabe pensar, argumentar, fundamentar, elaborar. A Educação na CFR não deve ser reprodução do sistema excludente que está posto, pois justamente, em sua maioria, nossos educandos são filhos da classe trabalhadora, e dentre estes, estão os mais pobres, fruto do modo de produção capitalista que gera miséria através da exploração, da expropriação do produto do Trabalho e suor dos trabalhadores, do lucro e concentração de renda. Porque “a força inaudita do capitalismo, em alguma medida, pode ser explicada pela habilidade de se aproveitar da face predatória humana, ao acentuar liberdades individualistas às custas do bem comum” (DEMO, 2007: 25). Se existe um modelo de vida e produção que se chama agronegócio, baseado exclusivamente na produção de mercadorias (commodities) a qualquer custo, então os filhos da classe trabalhadora devem ter acesso a um modelo que seja condizente com sua situação e que venha ao encontro de suas necessidades, (conforme colocamos no item nº 2).
5. O que deve ser o Processo de Gestão na CFR
O processo de Gestão Administrativa e Pedagógica tem que ser totalmente autônoma. Não autônoma de seu sentido primeiro, de sua História, de sua tradição, do conjunto de leis, normas e resoluções que embasam sua organização. Mas me refiro, primeiramente, à Diretoria da Associação que tem que ter perfil. Ser composta por pessoas que são ou estão no campo, na área da Agricultura, que tenham experiência, formação na perspectiva da Pedagogia da Alternância, das CFR's propriamente ditas, que é o caso da nossa diretoria atual.
E finalmente, a chamada Coordenação (uma especie de direção) da CFR que que ter perfil, visão de conjunto do processo educativo, afinidade com a equipe de Trabalhadores da CFR (mais do que com forças externas). Precisa trabalhar junto com a Diretoria da ACFR (não apenas utilizá-la para dar legalidade aos atos administrativos da CFR). Deve estar permanentemente presente no Território da CFR (não só no local da Casa Familiar Rural, mas nas Comunidades também) e ter dedicação exclusiva. Para ser Coordenação da CFR não pode ser "paraquedista" que chega não sei de onde, com objetivos 'não sei os quais', pois a CFR não pode ser apenas um "bico financeiro" (como se diz na gíria popular), a CFR não pode ser apenas o apêndice de sua vida. Para ser Cordenação (coodenadora ou coordenador) da CFR há que se ter um envolvimento viceral com todo o processo, não apenas delegar função a este ou àquele! é necessário ter afinidade com os/as parceiros e cooperadores/as, conveniados/as ou não, como Prefeitura (respeitadas as proporções), com o Núcleo Regional de Ensino (Estado), com programas federais (União), com as Instituições, Organizações e Movimentos Sociais, que no caso de Candói podem ser Escolas, Igrejas, MPA, MST, MAB, STR, CRESOL, CORLAF, CEMPO, Associações Comunitárias ou outras, com algumas empresas e com a Sociedade em geral! Faço estas referências porque os sujeitos que constituem educandos/as da CFR têm suas histórias ligadas a estes espaços sociais.
3 comentários:
Concordo plenamente! Se para atuarmos na CFR enquanto educadores devemos primeiramente ter perfil, e somos rigorosamente selecionados e os educandos também devem apresentar o perfil necessário, porque não se aplicam as regras à todos?
Para trabalharmos com qualidade, devemos primeiramente conhecer o local onde estamos inseridos, os sujeitos com quais iremos nos relacionar e defender os interesses comuns à todos.
oi to chegando agora sou de guarapuava gostaria de saber sobre o trabalho de voces tenho um filho exepcional e tou sempre procurando alguma coisa pra ele agradeco resposta
Te respondo poe e-mail, Andre.
Abçs! Sergio
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