terça-feira, 18 de março de 2025

CAMPO FORTE É IGUAL CIDADE FORTE

Fonte da imagem: https://brainly.com.br/tarefa/44562091

Segundo o estadunidense Benjamin Franklin,"Se as cidades forem destruídas e os campos forem conservados, as cidades ressurgirão, mas se queimarem os campos e conservarem as cidades, estas não sobreviverão".  E tem uma frase muito popular que “Se o campo não planta, a cidade não janta”. O que está dito acima é  verdade. 

E de nossa parte, muito pra além  das retóricas verborrágicas "para inglês ver", o campo - a vida dos camponeses, as estruturas produtivas, organizacionais, culturais, o escoamento da produção - pode ser  verdadeiramente pujante se tiver incentivos por parte do governo municipal, estadual e federal. Nesta perspectiva precisamos superar as estruturas fundiárias injustas (trabalho análogo à escravidão, terras improdutivas, o não cumprimento da função social da terra, os crimes ambientais, o boicote ao Estado, dentre outros). Para isto o poder público tem um papel fundamental. Não se trata de parternalismo, mas de fazer valer as leis que dizem respeito ao ordenamento jurídico da vida social. 

Para que  tudo isto se realize rumo a um campo forte o contexto rural precisa de alguns pré-requisitos com sistema viário adequado  (boas estradas com calçamento ou asfaltamento), acesso a crédito agrícola com juros decentes (o que é impossível se depender apenas da boa vontade dos banqueiros), a reforma agrária que facilite o acesso à terra, assistência técnica não apenas convencional, mas com alternativas de Agroecologia,  Permacultura,  Agricultura Natural,  que não dependa dos pacotes químicos que tornam os agricultores escravos e dependentes da indústria veneneira, a cultura de um ambiente equilibrado e saudável, o desenvolvimento  de associações e/ou cooperativas bem organizadas e sob responsabilidade dos camponeses,  as condições para uma educação Libertadora e Emancipadora (utilizando-se das melhores Iinhas pedagógicas, bem como de bibliotecas e tecnologias contemporâneas - APPs e Internet), a organização de feiras com produtos do campo (hortícolas, frutíferas e agricolas em geral, artesanais,  agroindustrializados). Ou seja, o campo precisa ser visto  e encarado não como um apêndice da cidade, mas como a sua base estrutural e de sustentabilidade. Sendo assim podemos falar de campo forte e como consequência de cidade forte. Porque não existe uma cidade equilibrada e saudável sem um campo devidamente estruturado, produtivo e sustentável.

Sergio Bucco Agroecologista

sábado, 8 de março de 2025

DURANTE O CARNAVAL FUI A UM ACAMPAMENTO CRISTÃO

 


Exatamente, fomos convidados e fomos, porque estaríamos com uma parte da nossa Família, incluindo a Mãe 💖, porque vimos como uma possibilidade de rever pessoas  amigas, de descansar e porque poderíamos rever um pouco as Boas Novas de Jesus e até aprender algo novo como servos dele. 

Não nos refugiamos em uma bolha, alienados da realidade. Muito pelo contrário! Num momento de olho no Evangelho, interagindo com gente, e noutro de olho na Mídia Alternativa (digo, Mídia não corporativa, comercial, nem fascista). 

Por outro lado, se estivéssemos em casa ou na comunidade de Candói não iríamos pra nenhuma farra, não estaríamos de beberagem, nem praticando violência ou morte, e muito menos dando trabalho para a polícia.

Se não fôssemos para um acampamento cristão ficaríamos em casa, na vizinhança, na comunidade, trabalhando, estudando, pesquisando, cuidando da espiritualidade, realizando visitas ou simplesmente descansando.

Sergio Bucco 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

VISITA AO PROJETO ANJOS INOCENTES, DO PAI

 A  partir de uma visita ao amigo Sr Gercidi soube de um projeto que acolhe pessoa em estado de vulnerabiidade, oriundas de um núcleo residêncial próximo, cuja população é maior que a do Município de Candói. Pois bem, passados alguns dias, na quarta feira, após o meio dia, me impus a tarefa de encontrar o referido local, que depois de várias informações, consegui localizar. Fica de frente com a RPC, na sequência  de onde estão novo loteamento e condomínio... Finalme cheguei. Abriu-se o portão e fui recebido de forma muito simpática pelo Frei Alexandro, organizador do espaço e dirigente. A todo tempo passavam crianças e adolescentes, que vinham até ele, pediam a benção, educadamente me cumprimentavam e iam aos seus afazeres ou para casa. 

Ao longo da tarde discorremos sobre os mais diversos assuntos,  como sua História de Vida, a sua criação,  a vocação sacerdotal, sua formação na Ordem dos Mínimos, no Brasil  e na Itália, a sua experiência na recuperação de seres humanos dependentes químicos e de acolhimento de crianças em situação de vulnerabilidade. A nossa conversa foi muito amistosa. Discutimos bastante,  rimos um tanto e falei um pouco da minha trajetória de vida, a família, o seminário católico, a formação,  o Trabalho como Educador,  a caminhada de fé desde a igreja Católica e mais tarde no meio evangélico.

O Fr Alexandro me orientou que se fosse escrever alguma coisa sobre nosso primeiro encontro, não era para falar da pessoa dele, exceto "que é um louco". Eu diria que é  mesmo, um louco pelo exemplo de Amor e serviço  de Jesus de Nazaré!

Ao invés, pediu que falasse sobre a obra do PROJETO ANJOS INOCENTES. É uma  tarefa hercúlea,  com Oficinas de Reforço Escolar, Artesanato, Curso de Línguas,  de Música (sopro e cordas), Balé, Teatro, Esportes, Hapkido (defesa pessoal), Informática,  dentre outras atividades que estão projetadas para a sequência. De qualquer forma é  um projeto muito ousado, é gigante, com um potencial de expansão.  As crianças chegam de suas casas em dois turnos (M/T). Têm pelo menos três refeições servidas no refeitório de manhã e à tarde. Muitos aspectos me chamaram a atenção,  mas foco em alguns. As crianças vêem de uma comunidade distante cerca de um km. São marcadas pelos mais diversos problemas afetivos, familiares, físicos,  econômicos,  sociais, dentre tantos outros.  Mas você observa cada um, cada uma, e vê neles um grau de contentamento, de serenidade, de responsabilidade ímpares.  Ao final do seu turno todos têm tarefas de limpeza e organização nos locais utilizados durante as atividades. A casa tem bem poucos funcionários e conta na maioria das Oficinas que são realizadas com Trabalho Voluntário de instituições, Faculdades,  Universidades, dentre outras. Os recursos financeiros são oriundos de doações das mais diversas categorias de pessoas e instituições,  inclusive o magnífico terreno onde está o projeto,  de promoções como almoços,  jantares, dentre outros. O projeto não conta com absolutamente nenhum apoio político, nem tem compromissos com partidos políticos (seja de esquerda,  centro ou direita), não tem convênios com Governos Municipal,  Estadual e Federal. Em resumo, a casa se sustenta com o Amor providencial de Jesus e o apoio de pessoas humanas, generosas, solidárias que doam e se doam pessoalmente àquelas crianças com vistas a um mundo melhor e a construção do Reino de Deus.  

Agradecido,  Frei Alexandro Nunes, pelo tempo disponibilizado a mim para conhecer tão maravilhosa obra!

Sergio Bucco 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

COMO PODE SER ANO NOVO?

 Autor: Sergio Bucco 

Fonte:  ¹

Como pode ser Ano Novo
se o ser humano -- eu, você, ele, nós... continuamos fazendo barbaridades sobre este Planeta que para todos é uma Mãe?

Como pode ser Ano Novo se o egoísmo, o ódio,  o engano campeiam dentro do que chamamos humanidade?

Como pode ser Ano Novo se falamos do "Amor de Deus", da "Fraternidade Universal", das "Boas Novas", mas a nossa prática está  desenraizada destas bases?

Como pode ser Ano Novo se transformamos Jesus Cristo em uma caricatura e uma listagem de moralismo desterrada da possibilidade de "um novo Céu e de uma nova Terra"?

Como pode ser Ano Novo se os recursos naturais -- que inclusive são finitos -- estão monopolizados (entenda-se dominados) por "meia dúzia" de homens detentores de grandes conglomerados econômicos?

Como pode ser Ano Novo se a Ciência, as Tecnologias e a produção  -- nem sempre saudáveis e sustentáveis -- são apropriadas por uma pequena parcela de transacionais em prejuízo e precariedade de imensas populações?

Como pode ser Ano Novo se em nome do "desenvolvimento" se envenena o solo, o ar, as águas, os alimentos e se empesteia a vida com muitas doenças dentre as quais muitas incuráveis?

Como pode ser Ano Novo se em nome de um suposto "progresso" se produz muito além das necessidades humanas e se incentiva o "consumo infinito" dentro de um Planeta finito?

Como pode ser Ano Novo se a estupidez e a ganância humanas ainda promovem guerras nas quais os seus promotores estão "bem", mas populações inteiras sofrem desterro, sede, fome, ferimentos,  doenças,  morte e destruição  total dos meios de manutenção da vida?

Como pode ser Ano Novo se o engano, a falsidade,  a mentira,  a ilusão,  o engodo,  a ignorância continuam dando o tom e o rumo das massas humanas conduzindo-as ao precipício?

Como pode ser Ano Novo se em nossas posturas predominam a desinformação,  a incapacidade de ver e analisar,  de simplificar a vida e as nossas relações com o próximo e todo o Meio Ambiente do qual somos integrantes?

Como pode ser Ano Novo se o segmento político continua corrompendo com os recursos públicos e se coloca como capacho de grandes corporações financeiras (também chamadas de "mercado")?

Como pode ser Ano Novo se, em resumo, não vivemos coerentemente com o que professamos e pregamos, como o amor,  a simplicidade,  a compaixão,  a resiliência, a solidariedade, a justiça e a paz no chão da realidade que é para ser comum a todas/os?

Como pode ser Ano Novo se, finalmente,  tudo continua como dantes no coração e na mente dos seres humanos que, igual avestruz, esconde sua cabeça nas tocas da ignorância?

Como pode, conforme o acima exposto, se afirmar que é Ano Novo? 

¹Fonte da imagem: https://www.google.com/search?client=tablet-android-samsung-ss&sca_esv=c853420e34a96f26&sxsrf=ADLYWILRmSCr_sk4rK-qa3zpVpennODdXw:1735738530747&q=planeta+terra+protegido+imagem+gr%C3%A1tis&udm=2&fbs=AEQNm0AuaLfhdrtx2b9ODfK0pnmi046uB92frSWoVskpBryHTvXAcQd7vp80ISgpQqOrJlJ1fF0j5Y1X9xOSWf9RFNq3N46SALeLww5Va_saSPrUvzb7rREWAvlF6MDJSb05zmoYEiydXvNOeQbIzJIOL1LEV2zHPZn-wyE-JUmckXiinxyyYkzSNr5kMhHDUdQhUmR_c9ACuzZ8huULITVgd9ZHw_9s5PMDAmyQY2XtxP1nPz3hM34&sa=X&ved=2ahUKEwiY_7D00dSKAxUQA7kGHQmKHzoQtKgLegQIEBAB&biw=800&bih=1280&dpr=1.5#imgrc=6ZuXTzDdiGbHbM&imgdii=4C-1oLEo7HIJ1M