E um dia, quando eu nada for, quando o brilho dos meus olhos, vazando, se diluir na terra, e os vermes corromperem meus lamentos e prostituírem meus melhores pensamentos; nesse dia, quero que digas que ao menos para ti eu fui um bom. E que meus olhos sempre te ofertavam cantigas quando, nas tardes, vinhas vaidosa dos pecados que me trazias. E beijavas minhas lembranças boas e más em minha fronte. E diluías teu sorriso em minha boca. Depois, teu corpo brotava dos meus dedos, e respiravas, então, profundamente... Dize, e minha sombra não se abrirá em cruz nas estradas |
domingo, 8 de dezembro de 2024
CANTO ÚLTIMO - Berilo Wanderley
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