segunda-feira, 28 de outubro de 2024

DEZ CONSELHOS PARA OS MILITANTES DE ESQUERDA - Frei Betto

 1. Mantenha viva a indignação.

Verifique periodicamente se você é mesmo de esquerda. Adote o critério de Norberto Bobbio: a direita considera a desigualdade social tão natural quanto a diferença entre o dia e a noite. A esquerda encara-a como uma aberração a ser erradicada. 

Cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus social-democrata, cujos principais sintomas são usar métodos de direita para obter conquistas de esquerda e, em caso de conflito, desagradar aos pequenos para não ficar mal com os grandes. 

2. A cabeça pensa onde os pés pisam. 

Não dá para ser de esquerda sem "sujar" os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra suas crenças e vitórias. _ Teoria sem prática é fazer o jogo da direita._ 

 3. Não se envergonhe de acreditar no socialismo.

O escândalo da Inquisição não faz os cristãos abandonarem os valores e as propostas do Evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no Leste europeu não deve induzi-lo a descartar o socialismo do horizonte da história humana.

 _ O capitalismo, vigente há 200 anos, fracassou para a maioria da população mundial. _ Hoje, somos 6 bilhões de habitantes. 

Segundo o Banco Mundial, 2,8 bilhões sobrevivem com menos de US$ 2 por dia. E 1,2 bilhão, com menos de US$ 1 por dia. A globalização da miséria só não é maior graças ao socialismo chinês que, malgrado seus erros, assegura alimentação, saúde e educação a 1,2 bilhão de pessoas. 

 4. Seja crítico sem perder a autocrítica.

 Muitos militantes de esquerda mudam de lado quando começam a catar piolho em cabeça de alfinete. Preteridos do poder, tornam-se amargos e acusam os seus companheiros(as) de erros e vacilações. 

Como diz Jesus, vêem o cisco do olho do outro, mas não o camelo no próprio olho. Nem se engajam para melhorar as coisas. 

Ficam como meros espectadores e juízes e, aos poucos, são cooptados pelo sistema. 

 _ Autocrítica não é só admitir os próprios erros. É admitir ser criticado pelos(as) companheiros(as)._ 

 5. Saiba a diferença entre militante e "militonto". 

 "Militonto" é aquele que se gaba de estar em tudo, participar de todos os eventos e movimentos, atuar em todas as frentes. Sua linguagem é repleta de chavões e os efeitos de sua ação são superficiais. 

 _ O militante aprofunda seus vínculos com o povo, estuda, reflete, medita; qualifica-se numa determinada forma e área de atuação ou atividade, valoriza os vínculos orgânicos e os projetos comunitários._ 

 6. Seja rigoroso na ética da militância.

A esquerda age por princípios. A direita, por interesses. Um militante de esquerda pode perder tudo – a liberdade, o emprego, a vida. Menos a moral. Ao desmoralizar-se, desmoraliza a causa que defende e encarna. Presta um inestimável serviço à direita. 

Há pelegos disfarçados de militante de esquerda. É o sujeito que se engaja visando, em primeiro lugar, sua ascensão ao poder. Em nome de uma causa coletiva, busca primeiro seu interesse pessoal. 

 _ O verdadeiro militante – como Jesus, Gandhi, Che Guevara – é um servidor, disposto a dar a própria vida para que outros tenham vida._

Não se sente humilhado por não estar no poder, ou orgulhoso ao estar. Ele não se confunde com a função que ocupa.  

 7. Alimente-se na tradição da esquerda.

É preciso oração para cultivar a fé,  carinho para nutrir o amor do casal,  "voltar às fontes" para manter acesa a mística da militância. Conheça a história da esquerda, leia (auto)biografias, como o "Diário do Che na Bolívia", e romances como "A Mãe", de Gorki, ou "As Vinhas de Ira", de Steinbeck. 

 8. Prefira o risco de errar com os pobres a ter a pretensão de acertar sem eles.

Conviver com os pobres não é fácil. Primeiro, há a tendência de idealizá-los. Depois, descobre-se que entre eles há os mesmos vícios encontrados nas demais classes sociais. 

Eles não são melhores nem piores que os demais seres humanos. A diferença é que são pobres, ou seja, pessoas privadas de justa e involuntariamente dos bens essenciais à vida digna. Por isso, estamos ao lado deles. Por uma questão de justiça.

 Um militante de esquerda jamais negocia os direitos dos pobres e sabe aprender com eles. 

 9. Defenda sempre o oprimido, ainda que aparentemente ele não tenha razão.

São tantos os sofrimentos dos pobres do mundo que não se pode esperar deles atitudes que nem sempre aparecem na vida daqueles que tiveram uma educação refinada. 

Em todos os setores da sociedade há corruptos e bandidos. A diferença é que, na elite, a corrupção se faz com a proteção da lei e os bandidos são defendidos por mecanismos econômicos sofisticados, que permitem que um especulador leve uma nação inteira à penúria.

 _ A vida é o dom maior de Deus. A existência da pobreza clama aos céus. Não espere jamais ser compreendido por quem favorece a opressão dos pobres.

Orar é deixar-se questionar pelo Espírito de Deus. Muitas vezes deixamos de rezar para não ouvir o apelo divino que exige a nossa conversão, isto é, a mudança de rumo na vida. Falamos como militantes e vivemos como burgueses, acomodados ou na cômoda posição de juízes de quem luta.

_ Orar é permitir que Deus subverta a nossa existência, ensinando-nos a amar assim como Jesus amava, libertadoramente._ 

 

Frei Betto é escritor, autor de “Reinventar a vida” (Vozes), entre outros libros. Livraria virtual: freibetto.org

Fonte da imagem agem: https://novaesquerdaerevolucaocidada.blogspot.com/2016/04/blog-post_45.html

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

APOSTATAS

 Muit@s cristãs/ãos trocaram o amor, a misericórdia, o descanso, a paz e a graça de Jesus de Nazaré pelo deusonaro ou baalsonaro com suas artimanhas diabólicas de ódio, mentira,  destruição e morte.

CRENTE X ATEU

 

Há muita controvérsia a ser desvendada neste contexto, no qual se debatem seres humanos, cada um com a pretensão de ser melhor do que o outro.

Ateu, o senso comum imagina que sabe o que é. Entretanto, há um paradoxo que pretendemos entender.

Agora, "crente", por etimologia, é todo aquele ou aquela que crê na transcendência, que acredita que há uma dimensão espiritual da vida, que crê em Deus.

Deste modo, é corrente acreditar que se alguém se reúne em forma de igreja, ou em outras formas de crença (espírita, umbandista, muçulmana, budista, dentre muitas outras) então a pessoa crê, é crente. Mas aqui reside um gargalo. Talvez hoje, mais do que nunca, as chamadas igrejas (coletivo de pessoas ou assembleias) estão cheias de ateus e, ainda por cima, são cínicos, sem caráter, oportunistas. Sim, eles estão lá porque é moda, é oportuno, é conveniente, dá status e podem tirar alguma vantagem. Dentre estes "ateus" estão membros e até líderes, que estão lá para atender aos interesses dos olhos, do estômago, da ambição. Estão ali apenas representando, enganando e buscando algum proveito, enganando e sendo enganados. 

De outro lado, em oposição à verdade ou à aparência de virtude, estão os que se consideram ateus ou assim são considerados. No entanto, tem alguns elementos chamados ateus que são resultado daquela hipocrisia dos do lado de lá, os "crentes". São pessoas que se decepcionaram com o meio onde estavam inseridas, com as instituições chamadas cristãs, com a religião (toda ela criada à imagem e semelhança do ser humano, segundo os seus interesses), com  a falsidade, com as profundas contradições das pessoas que professam a fé em Jesus Cristo e no seu Evangelho, mas vivem um Jesus caricato, um arremedo, uma falsificação, uma cópia mal feita do Jesus de Nazaré. Professam com os lábios, mas seus corações estão longes, centrados no deus eu!

Assim sendo,  é  possível que  muito mais do que serem ateus, as pessoas assim consideradas,são "ateus do deus da religião" (Caio Fábio D'Araraujo Filho), mas sao crentes que buscam estar fora das instituições ou das atitudes dos hipócritas ou mesmo fora dos rituais vazios que não significam e não realizam nada. Na verdade "são crentes no Deus de Jesus Cristo" (idem).

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

JESUS DE NAZARÉ É PERFEITO

Jesus de Nazaré foi tão perfeito no modo como viveu (apesar de que as anotações do Evangelho não registraram a fase dos 12 aos 30 anos de sua vida e muitos momentos do seu ministério público).  

Jesus de Nazaré foi perfeito em tudo o que disse e ensinou (apesar de que muita coisa não está nas narrações do Evangelho). 

Jesus de Nazaré foi perfeito em tudo o que fez. Aliás, "ele passou por toda a parte fazendo o bem" (Atos 10.38b). 

Quando nos voltamos aos registros do Evangelho ("boas notícias" ou "boas novas"), quando buscamos uma palavra de sabedoria, de discernimento, de orientação, de consolo, um exemplo a seguir, Jesus de Nazaré é perfeito, é luz, é amor, é acolhimento, é misericórdia, é redenção, é descanso, é paz, ele é inquestionável!

terça-feira, 1 de outubro de 2024

OS BENEFÍCIOS DAS ÁRVORES E A EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL


Em todos os lugares, nas casas, nas ruas, na Agricultura, nas lavouras, nas pastagens, nas fontes, nos lagos, nos rios, nos parques, nas praças, ao Meio Ambiente, à Natureza, aos Reinos  Mineral,  Vegetal e Animal as árvores trazem inumeráveis benefícios. As árvores isoladamente,  nos logradouros públicos e/ou no seu conjunto, nas florestas trazem uma gama de benefícios. De acordo com o sítio Sustentarqui¹ ( nas cidades): 

– Absorvem o gás carbônico (CO2) e liberam oxigênio

– Aumentam a biodiversidade

– Diminuem os efeitos das ilhas de calor urbano

– Absorvem a água da chuva, diminuindo os riscos de enchentes

– Embelezam a cidade

– Oferecem sombra e diminuem a temperatura das cidades

– Diminuem a poluição sonora das cidades

– Diminuem a poluição, pois ajudam a filtram o ar

– Diminuem o nível de estresse das pessoas

– Enfim, melhoram a qualidade do ar das cidades e a qualidade de vida das pessoas


          Eu acrescentaria que  as folhas produzem a serrapilheira à semelhança da floresta, que produz cobertura de solo e solo fértil  num momento em que a terra está a galope num processo  de degradação caótica. 

        De modo semelhante,  no campo, a presença das árvores, a partir da visão da Agroecologia, da Permacultura, da Biodinâmica,  da Agricultura Natural, tem um impacto altamente positivo!  Não é mais possível compreender as inúmeras atividades do campo, de acordo com as inúmeras experiências e à confirmação científica,  entender a Agricultura bem como  a Pecuária, praticados em solos desnudos, desertificados, verdadeiros cadáveres, que produzem alimentos com baixíssima qualidade nutricional e em termos de saudabilidade, às custas de adubos químicos e veneneira.

 

        Nos meus 65 anos de vida, especialmente nos 41 anos que trabalhei na Educação, juntamente com prestigiosas/os companheir@s, como Professor@s Lídia Sikora, Idalina Pícolo, Argemiro, Carlos Alberto Freitas, Eroni  Ferreira, Marilena Vigo, Itamara C. Forquim, Maristela M. Kítor, Marco Antonio Silva, Luciane Bertol, César Érico Moraes, Rosângela Moraes, Rosemeri Ruppel Stadler, Nilson Scramocin, dentre outr@s, quando participamos ou desenvolvemos inúmeras campanhas de Educação Socioambiental, através das nossas Áreas científicas ou coletivamente,  como no Dia da Árvore,  no Dia do Rio e em outras datas, e sempre trabalhamos campanhas pela arborização desde a Escola, do seu entorno,  das Comunidades. Centramos nossos esforços na questão dos resíduos sólidos (vulgo LIXO orgânico, reciclável e rejeitos), sua organização, seu acondicionamento e destinos finais, quando procuramos definir as responsabilidades dos fabricantes, do comércio,  das empresas e dos cidadãos, das cidadãs. Trabalhamos seguidas vezes sobre a questão dos venenos ( AGROTÓXICOS etc.) no solo, nas águas,  no ar, nos alimentos.
          
   

      A Escola, de modo generalizado,  tem seus prédios construídos de um jeito muito concentrado. Muitas vezes chamei de 'confinamento humano', outras pessoas chamaram de prisão,  dentre outros qualificativos. Daí que, além de muito concreto,  o solo é impermeabilizado com pisos. E este quadro concentra muito calor do sol, fazendo com que Professoras/es, Alunas/os e Trabalhadores/as da Educação em geral fiquem em uma verdadeira fornalha,
 obrigando as pessoas ficarem sufocadas, ou a Escola ter que investir em ar condicionado, fazendo com que aumente os gastos com tecnologias e energia elétrica. Mas se o espaço escolar é bem arborizado pode contar com espaços sombreados e um ar bem mais ameno, agradável. E se torna também espaço que dá o exemplo de vida com qualidade. Afinal,  a Escola precisa ser um exemplo prático pra além das teorias mortas! E enquanto "as palavras podem comover, os exemplos arrastam".





 

sábado, 7 de setembro de 2024

CONTINUAÇÃO DO NOSSO SAF (Sistema Agroflorestal) no Recanto Lagoa da Colina



 

Enquanto a Eliane Mendes Bucco estava trabalhando com as suculentas e outras, eu investi, ontem e hj (dias 21 e 22/08 e outros dias, como nesta semana), em nosso Projeto Agrícola.
Um SAF pode começar minimamente com qualquer extensão. O nosso, compreendendo apenas a parte nova, mede 10 X 50 metros. Pode parece um espaço vazio, mas a perspectiva que dentro de alguns dias, meses estará tudo transformado.
Agora coloco uma lista de vegetais que, inicialmente, compõem o espaço: amoreira chinesa, capiaçu (para cobertura de solo), cedro, jaracatiá, mamona, pitangueira, aroeira, fruta-de-pomba, guamirim, canela-de-cutia, goiabeira, figueira, limoeiro, ingá, bananeira, açafrão, cana-de-açúcar, palmeira jerivá.
Perspectiva de cultivos: amora, guandú, margaridão, mão-de-deus, urucum (colorau), mamoeiro, abóbora, feijão, milho.
Falta nomear alguns capins, como brizante e outro que nomearei depois.














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DE QUE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL ESTAMOS TRATANDO?




Precisamos reforçar este questionamento: de que  "independência" estamos falando, escrevendo,  comemorando? Quem pretendeu ou ainda quer enganar quem? A independência do Brasil é ilimitada? O povo brasileiro, enquanto coletividade, é  realmente independente?
          Um dia,  há mais de 500 anos,  este território era ocupado,  era cuidado,  era integrado por povos originários, que nele superviviam com suas línguas, diferentes manifestações culturais,  coletando e caçando,  por vezes cultivando o solo. 
          Eis que, atendendo ao projeto capitalista chamado mercantilismo, o Brasil,  a América,  a África,  a Ásia sofreram,  a partir das grandes navegações marítimas,  o "pacto colonial" e a consequente exploração predatória. 
          Para atender este processo de saque,  especialmente das colônias da América (Sul/Centro/Norte) os colonizadores lançaram mão dos povos indígenas,  que resistiram o máximo à escravização e, por isso,  foram dizimados em grandes proporções.  Frustrados com os "povos da terra", as metrópoles europeias foram à África buscar pessoas de diferentes nações africanas. E os portugueses o que faziam? Em tese administravam,  no caso brasileiro, as terras invadidas, que mais tarde seriam chamada de Brasil. Portais de 300 anos predominou a exploração,  o colonialismo,  a escravidão... 
          Eis que,  ainda atendendo a evolução do sistema mercantilista,  encabeçado pelo capitalismo industrial (inglês,  francês,  alemão, holandês etc.) e atendendo os interesses das elites agrárias,  depois de suplantarem a Inconfidência Mineira,  a Conjuração Baiana, dentre outras revoltas, D. Pedro I proclamou a "Independência". Na sequência a tal Independência foi reconhecida por Portugal (que era o "dono do Brasil"), mas para isto o Estado Brasileiro teve que assumir a dívida externa de Portugal com  a Inglaterra.  Pronto! Lá  se foi a nossa Independência  econômica. A influência inglesa caiu pesadamente sobre os acordos e comércio brasileiros. Mais tarde a influência econômica ficou sob domínio do capitalismo estadunidense (EUA). Por último,  especialmente após a 2ª Guerra Mundial,  paulatinamente,  o Brasil foi sendo dominado economicamente por grandes corporações transacionais. Ultimamente este domínio está nas mãos dos rentistas, que  nada produzem através da especulação financeira bancária,  mas que tudo detêm e controlam. 
          Por volta de 2016 a 2022 este Pais, do ponto de vista político, esteve sob domínio de um segmento neofacista, que se dizia "patriota", mas fazia continência às bandeiras norte-americana e israelense. Em suma, falavam da Pátria, mas a vilipendiavam diuturnamente, desrespeitando a maioria do Povo e vendendo as riquezas nacionais para o estrangeiro a troco de quase nada, bem como minimizando os direitossociaise trabalhistas. Escrevo isto de forma muitíssima resumida.
          E a Nação Brasileira como ficou neste contexto de "independência"? Como estão os segmentos do povo, os indígenas,  os negros,  os "trabalhadores livres" (que vêm desde o Brasil colonial)? Como está a situação d@s Trabalhador@s público@s e privad@s em seus direitos minimamente humanos e democráticos, como Trabalho, Renda, Moradia  (Habitação), Alimentação,  Educação,  Segurança,  Lazer,  Felicidade? Respondidas estas questões,  o que está relativamente fácil,  podemos afirmar ou não que o Brasil é um País independente e  Soberano. 
Sergio Bucco - Professor de História,  Filosofia e Educação Ambiental e, ultimamente aposentado, sou apenas um Vovô,  Bonsaísta, Camponês Agroecologista, Antifascista, quase anônimo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

A TERRA DA FANTASIA DOS CANDIDATOS



A cada período eleitoral acontece um festival de promessas fantasiosas saídas da boca de candidatas/os. Na terra da fantasia as candidatas/os tem soluções para todas as demandas e problemas de Saúde, Educação, Segurança Pública, Trabalho e Emprego, Renda, Agricultura, Indústria, Produção, Comércio,  Lazer, Cultura, Meio Ambiente... Já ouvi até alguém afirmar: "Como eu gostaria de conhecer e morar no paraíso dos candidatos políticos!" Penso que quem fez tal afirmação  esqueceu a realidade que nos rodeia. Pois passado o período das Eleições, após assumirem os cargos aos quais foram eleitos, há os políticos começam a trabalhar em cima das prioridades da população, da coletividade, das comunidades, dos segmentos que têm prioridade, de acordo com as disponibilidades financeiras. Aliás,  no tocante a Recursos Públicos, mormente, tem dinheiro abundante para tudo, menos para atender as demandas urgentes da sociedade. Há outros políticos que simplesmente, embalados pela rede do poder, mergulhados em privilégios e mordomias, financiados pelos impostos, taxas e tributos pagos pelo Povo, levam a vida nabescamente, "deitados eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo". E o Povo, a quem foi oferecido o paraíso antes das Eleições, fica esquecido em suas necessidades sociais, econômicas, cívicas e democráticas. Pior, muitos destes políticos, no exercício dos seus mandatos, implementam políticas, projetos, leis que são como navalha na carne do Povo, especialmente contra as/os Trabalhadoras/es. Mas, como dizia na Escola, este é um assunto para outro dia.

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