A poucos dias o MST de forma justa ocupou uma fazenda de produção de laranja e derribou um pequeno pedaço do laranjal da CUTRALE, grilera que cultiva em terras públicas, para realizar plantação de alimentos básicos e para chamar a atenção das autoridades, dos "representantes do povo" (deputados e senadores), para a grilagem, a necessidade da Reforma Agrária naquela região e no Brasil.
Naqueles dias a mídia (a serviço da burguesia capitalista e que só defende o capital, o lucro, as empresas) saiu em defesa da pobre CUTRALE, destacou os prejuízos, o vandalismo, terrorismo, arruaça, atentado à democracia. Os porta vozes do Agronegócio ( "o grande negócio que gera morte para parte do povo brasileiro e vultosos lucros para uma minoria")¹ sairam com os mesmos e desgastados argumentos contra os camponeses, berrando "CPI do MST", porque estes recebem dinheiro público via ONGs que o apóiam, dentre outros... "O latifúndio", já dizia o Mestre Dr Gracialino, "tem as mãos sujas de sangue!" E neste caso as terras, segundo o INCRA, pertencem à União desde 1909. Só 100 anos... A área possui mais de 2,7 mil hectares, utilizadas ilegalmente pela Sucocítrico Cutrale para a monocultura de laranja - o que demonstra o aumento da concentração de terras no país, como apontou recentemente o censo agropecuário do IBGE"².
E isto só não percebe quem não consegue ouvir, ver e falar! Mas insisto: observe quanta terra pata produzir laranjas, commodities, fazer dinheiro... "O brasileiro José Luís Cutrale e sua família detêm 30% do mercado global de suco de laranja, quase a mesma participação da Opep no negócio de petróleo"³ e que sozinha se apropria de tudo o que ali se produz! Não, alí não se produz alimento para a população!
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¹ http://www.ecodebate.com.br/2009/10/15/mst-profecia-que-incomoda-artigo-de-frei-gilvander-moreira/
² http://terratrabalho.blogspot.com
³ http://www.veja.abril.com.br/ - Ed 1802, 14/05/2003.
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