quinta-feira, 16 de junho de 2016

EXERCÍCIO DA MEMÓRIA DO CORAÇÃO COM SUPERAÇÃO

Hoje completou dois anos que sai de casa em Candói e fui, praticamente, para um acampamento, uma casa em construção, para dar prosseguimento a uma autoavaliação e iniciar uma experiência inédita, sozinho, como questionou uma amiga, tipo "ermitão".

Sofri muito até chegar a um patamar de estabilidade espiritual, emocional, material... Não está tudo resolvido, solucionado, superado... Afinal, a nossa vida é dinâmica, e o tempo que peregrinamos na Terra é um processo em permanente construção. 

Talvez passe por algumas cabeças lembrar-me de que o que passei (e ainda passo) é resultado das minhas "escolhas erradas" Eu sei que sim, mas não só!

O que tenho vivido se constituiu em mais uma Escola... Dura, difícil, por vezes dolorosa, mas necessária para o meu aperfeiçoamento e responsabilidade pessoal, familiar e social.

O modo como me expresso poderia ser interpretada como autocomiseração, autopiedade, vitimização pessoal... Não! Neste tempo tive que "engolir cobras e lagartos", aranhas, monstros... mas sobrevivi sem abrir a minha boca para me desculpar, acusar, difamar... alguém! Como escreveu Ernest Hermingway: "São precisos dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar". Evoluí um tanto, se for considerado que sempre fui voluntarioso, quando não precipitado.

Eu teria e poderia, de forma desequilibrada, afetiva e emocionalmente, jogar "infortúnios" no ventilador, mas esta atitude apenas iria piorar a situação desenhada, o que, também, não me tornaria melhor.

Eu cria na ação do Altíssimo (ainda que de forma distante e descompromissada) e creio firmemente que Deus tem o controle da nossa vida e da nossa história. E isto me basta! Espero que se cumpra o seu plano e propósito em minha vida e em minha caminhada, dentro do contexto em que vivo.