quinta-feira, 30 de junho de 2011

XIII - Diversos momentos da 10ª Jornada de Agroecologia


La Via Campesina: responsável pela organização do evento.

Retorno, depois de quatro dias...

Hora de dormir: ninguém é de ferro!

Grupo de teatro de bonecos.

Feira de produtos agroindustrializados.

Feira e jovem indígena Caigangue do RS.

Obras da Editora Expressão Popular.

Visão geral do evento...

Stedile e Marcelo Oikawa no lançamento da obra
PORECATU: A GUERRILHA QUE OS COMUNISTAS ESQUECERAM

Eu cumprimentando Marcelo Oikawa  após autógrafo...

Banner  dos Alimentos produzidos pela Reforma Agrária.

70 toneladas de sementes crioulas
(variedades de feijão e milho) distribuídas...

Panorama antes do encerramento (25.06.2011).

Grupo de animação...

Sementes crioulas...

Sementes crioulas...

Campesino de Movimento Boliviano.

Crianças no encerramento da Jornada... Homenagem a Che.

Momento de animação...

Praça no Campus da UEL.

Retorno...

XII - 10ª Jornada de Agroecologia: Valores na construção de uma sociedade socialista

Conferência: Aleida Guevara - Partido Comunista Cubano 

1º plano: Aleida Guevara (a la espera de ser llamado) e Marcia (UEL) 


Con los pueblos originarios tenemos mucho que aprender sobre los cuidados con la nuestra Tierra.


Que importancia tiene para los seres humanos producir, producir y producir hierro y acabar con la Naturaleza y con los arboles?


El hombre, la muher, los seres humanos no pueden vivir dignamente sín alimentación.

Aleida, flanqueado por los campesinos a la mesa


El Movimiento de los trabajadores Sín Tierra trabaja por la Educación, porque solamente un pueblo culto es un pueblo libre!


Es importante el conocimento, la solidariedad, el intercambio de información entre todos los pueblos.


Están con ustedes las responsabilidades de luchar y preservar las mejores tierras para las generaciones futuras.
La presentación de su conferencia




La verdadera Democracia que nosostros precisamos es el poder del pueblo. Solamente los pueblos es que deben decir lo que debe ser cambiado o no de nuestros costumbres.


Yo soy una admiradora de los campesinos de mi tierra, porque fueran ellos que me dieron la oportunidad de estudiar y ser una profisional de la medicina.


Campesinos procedentes de ocho países en la tabla




De la unidad de los pueblos viene la nuestra victoria. "Hasta la victoria siempre!" (Che)


Ao hablar sobre la necesidad de crearmos, mientras apenas copiar de los otros sus modelos, las soluciones de sus problemas y de sus luchas, Aleida dijo: "Una juventud que no cria es una juventud anomala" (Che).   

XI - 10ª Jornada de Agroecologia: Os impérios da Biomassa contra a soberania alimentar

Pat Mooney - ETC Group / Canadá - Conferência
...
Discorreu em inglês sobre as ações técnicas da Biologia Sintética. Como as seis maiores empresas de agrotóxicos do mundo detêm as patentes de mais de 60 cadeias genéticas. O controle das cadeias alimentares começam na Monsanto, passam pela Walmart, Cargil, Nestlé, etc. As empresas dizem que a tecnologia terminator (sementes estéreis ou genocidas) são para a segurança tecnológica de seus produtos e por questão de segurança alimentar.

Cultivos das transnacionais ---> 120 espécies.
Cultivos da Agricultura Camponesa ---> + de 7000 espécies


Síntese: começam com registros de patentes de sementes modificadas, apropriando-se de algo que é patrimônio comum da humanidade, e objetivam o controle completo da Natureza.

X - 10ª Jornada de Agroecologia: O papel da Pesquisa na Universidade

Eliane Tomiasi (Geógrafa) e Armenio (Agronômo) - UEL - Seminário


Conferencistas ao final de suas falas e debate.

         Um conceito é a afirmação das identidades.
         A falta de conceitos é a sua negação.
         Não existe nada mais imoral do que o conhecimento pragmático, prático, utilitário, porque é vazio da reflexão, de significado, de sentido.
          O conhecimento é uma característica indissociável do ser humano. 
          O saber se constrói no fazer.
    O senso comum (as experiências ou conhecimento experimental) sistematizado é ciência. 
    "Se a ciência e a aparência coincidissem toda a ciência seria supérflua" (Karl Marx).
     A chamada civilização promoveu a 'separação do inseparável': o ser humano da Natureza. 
      A ciência moderna funda-se em dois princípios básicos: 1) Conhecer é quantificar; 2) Conhecer é reduzir a complexidade dos fenômenos, dividindo-os, classificando-os, para depois estabelecer as relações entre as partes. Suas leis privilegiam o como funciona, em detrimento de qual é o agente ou qual é o fim das coisas. O império da ciência produz conhecimento para a acumulação e a ampliação dos bens, dos recursos, dos lucros...
       O problema não é a técnica ou a tecnologia, mas o que vai se fazer com ela, se atende ou não as necessidades humanas. E a resistência se concentra na diferença. Na homogenização (uniformização) não há conflito.  
      Para quem serve o conhecimento? Para a maioria da população? Então este nos interessa...
       O conhecimento hegemônico tem todos os recursos e apoios necessários para difundir-se, dominar, baseado no modelo de acumulação. A produção do conhecimento se dá em um campo de disputa...   

* * *
      TRANSEXUAL --> Mudança de sexo.
      TRANGENIA --> Não se sabe bem o que é.


       A estrutura das revoluções científicas - Thomaz Kuhn
      1ª Guerra Mundial --> Grande e rápida destruição. Muito custo para reconstruir.
      2ª Guerra Mundial --> Desenvolvimento de técnicas e armas químicas... Finda a guerra as empresas se poem a pesquisar para atender as "pragas" da agricultura. 


        A Primavera SilenciadaRachel Carson
         Na década de 70 começa uma campanha mundial contra os venenos. Há um processo de negação constante da indústria e a continuação de pesquisas... Em meados de 70 se desenvolve a Biologia Molecular. Há a introdução do Bacillus Turingiensis = 'Bt'.  
         Os EUA tem mais presidiários do que agricultores. 
          Busca-se desenvolver uma técnica de introdução na semente de um gene resistente ao glifosato. E é no esgoto da Monsanto que se encontra uma bactéria resistente ao veneno. E como fazer para proibir os agricultores de multiplicar as semente Bt? Foi através da imposição de uma LEGISLAÇÃO a partir dos países periféricos, proibindo os agricultores de fazê-lo...
          Que problemas foram levantados pelo uso de transgênicos? Pois não existe rotulagem pela qual se pudesse fazer controle, pesquisa e estudo. Algumas pesquisas dão conta de que foram encontradas ervas resistentes ao glifosato.

Brasil - CNTBio ---> Transgênicos para quem? 
          As empresas de transgenia trabalham com as perspectivas de simplificação (ao invés do complexo da Biodiversidade), com o esvaziamento do campo, com a uniformização da produção (monocultura), concentração do poder econômico, com a dependência tecnocientífica, em favor dos monopólios/oligopólios.

Perguntamos: mas se um dos argumentos em favor dos transgêncos seria a diminuição do uso dos agrotóxicos (venenos), por que o Brasil, 4º país do mundo em solos agricultáveis, se tornou o maior consumidor de venenos do mundo em pouquíssimos anos?
          A indústria veneneira "científica" impõe a sua ideologia de forma sutil até dominar os chamados mercados. 

Debate
        A ciência é boa se está a serviço da sociedade, dos interesses da maioria, da vida. Ou é péssima se está a serviço dos interesses dos grupos privados. O acerto se dá pela contradição constante do que está posto, do modo como nós somos capazes de ver, de ler, de analisar os conhecimentos científicos propagados. Estamos em territórios de disputa que se relacionam antagonicamente. Os ativistas/cientistas das universidades que se posicionam criticamente, fazem a discussão, levantam o debate e pesquisam, são considerados as "moscas brancas", aqueles que nadam contra a corrente.
          Quem é professor e pesquisador, se não for movidos pela esperança, então tem que mudar de profissão. É o que mercado quer, pois o professor pesquisador sem esperança constrói o "consenso" em massa.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

IX - 10ª Jornada de Agroecologia: A necessidade da Organização Popular para avançar

Ademar Bogo  - MST - Conferência 
(Poemas_Teoria_Política_Organização)

          O que é cultura?
        É fazer todos os dias a mesma coisa para cada vez fazer melhor. Traz em si a necessidade de mudança, o critério da transformação. 

          A aliança hoje é coletiva entre todas as forças populares em favor de um novo projeto de sociedade. Caso contrário o Planeta Terra não vai resistir, vai implodir, destruir-se... 
          Foi nos tirado o modelo de sociedade igualitária. Temos que recuperar a igualitariedade e resgatarmos o significado das palavras para a classe popular, os trabalhadores. Quando as palavras são usadas pela burguesia têm outros significados. Eles querem dominar cada vez mais...
         
 "Nós nos organizamos para fazer o belo, o bem e o prazer coletivos".
Thaly Bucco, Ademar Bogo e Sergio Bucco

VIII - 10ª Jornada de Agroecologia: Os desafios da Educação Popular na construção do Projeto da Classe Trabalhadora

Conferência de Conceição Paludo - UFRS  

          Questão: Por que existe sem terra?
          A educação formal convencional superficial: está a serviço do capital, ensina a conformidade submissa da sociedade, dos trabalhadores à sociedade de classes como natural.
          A educação popular: é representada pela possibilidade da classe trabalhadora lutar pela libertação e autonomia. Alguns dos seus representantes: Makarenko, Pistrak, Paulo Freire...
         Eixos fortes desta concepção desta concepção e desafios: Sempre esteve presente na organização dos trabalhadores por uma nova sociedade, pela autonomia dos sujeitos, pela construção do poder e protagonismo popular, forjada muito mais nos espaços alternativos (e não nos espaços formais).
          O povo deve ser sujeito da sua história, conscientizar para organizar, rumo à construção do outro projeto histórico, a transformação da sociedade sem classes, sem desigualdade, sem exploração, que nós acreditamos ser o socialismo. Há a necessidade de consciência social do povo, atualmente jogada, substituída pelo 3º setor.
          A Educação do Campo (EdoC) é apropriada pelos governos, pelas universidades e seus intelectuais... Há que reafirmar a Educação Popular como aquela que nasce do povo, entre os trabalhadores e trabalhadoras.
Conceição Paludo, 2ª pessoa da direita para a esquerda.
          Todo processo de organização, de luta, de produção, de diversificação dos alimentos, de renda, faz parte da Educação Popular e faz frente ao avassalador processo do agronegócio. As escolas dos Movimentos Sociais não podem aceitar professores urbanos sem conhecer a matriz curricular do campo.
         As escolas públicas não podem se transformar em centros de assistência social para os pobres, com a função de resolver todos os problemas. O campo tem que lutar por seu reconhecimento, autonomia, por suas propostas e demandas. E o Trabalho deve ser entendido como vida e como meio de manutenção das condições de vida.
          Desafio: voltar para o trabalho de base.

terça-feira, 28 de junho de 2011

VII - 10ª Jornada de Agroecologia: Como organizar a produção de alimentos e a geração de renda na Agricultura Familiar, Agrária e Camponesa

          

       Conferência por Álvaro Delatorre - MST/RS  

          A base  destes segmentos agrícolas é produzir o seu próprio alimento em suas Unidades de Produção e Vida Camponesa (UPVC).
          A renda não pode ser safrista... Tem que ser pelo menos mensal. Tem que pensar dinâmicas, processos de produção e renda fundados em organizações associativas e cooperativas. Há ser produção de alta alternatividade em nossas UPVCs. Ex.: leite e seus diversos derivados, assim como a cana de açúcar e seus diferentes produtos.
        Temos que pensar experiências pontuais em Agroecologia para experiências massivas. E para isto temos que analisar a gestão das UPVF/Cs, as suas condições, a organização do sistema produtivo, produzir indicadores/referências das condições das nossas UPVF/Cs.
          No quesito da renda, qual é a renda dos camponeses, agricultores do Pr? Qual é o indicador dos impactos à saúde, dos impactos ambientais?
          A nossa luta tem uma dimensão econômica pela Reforma Agrária, pelo fim da exploração no campo... Tem uma dimensão política, pela autonomia política baseada na autonomia coletiva... Tem uma Dimensão ideológica, a mudança do paradigma na questão do processo de acumulação camponesa com vistas à vida de qualidade.

domingo, 26 de junho de 2011

VI - 10ª Jornada de Agroecologia: Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida


Pontos da Conferência de Cleber Folgado

"Cuidar da saúde não é cuidar da doença, mas evitar os fatores que causam as doenças".

"Agrotóxico é veneno. Temos que acabar com o  mito do uso seguro e acabar com o uso dos agrotóxicos!"

"A sociedade não é besta! Ninguém quer comer venenos!"

V - 10ª Jornada de Agroecologia: 10 anos da Jornada de Agroecologia (JA) e o Projeto Popular de Agroecologia, modelo de Desenvolvimento Sustentável

Darci Frigo, sentado à direita da mesa.

Três observações fundamentais da Conferência proferida por
 Darci Frigo


da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos, que versou sobre a memória da caminhada dos 10 anos da JA...

"A sacola distribuída desde a 1ª Jornada de Agroecologia traz a ideia da troca de sementes como forma de resistência camponesa ao modelo de morte na agricultura...

É a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) que libera os agrotóxicos, transgênicos e  outros... para a utilização com segurança do povo brasileiro.
No sitio do Ministério está escrito que sua finalidade é
"Prestar apoio técnico consultivo e de assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a OGM, bem como no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos conclusivos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados".

"Conservar e trocar as sementes crioulas é a possibilidade de reequilibrar as relações humanas com a Natureza e entre si".

IV - 10ª Jornada de Agroecologia: Lançamento da Campanha Permanente contra o uso dos Agrotóxicos e pela Vida

Letícia Silva (da ANVISA) atrás do pé de mandioca.

Ilações sobre a Conferência proferida por Letícia Silva, da ANVISA 

As empresas de produtos de venenos utilizam-se de todas as formas de pressão para desviar a atenção da população sobre os perigos, os danos e os males que elas provocam através dos agrotóxicos.  

Dentre outros produtos, o pimentão contém 80% de produtos não autorizados.

A água não é de responsabilidade da ANVISA, mas está muito contaminada, principalmente no Sul.

Em Luca do Rio Verde (MT) a água da chuva está contaminada, inclusive o leite materno

Foi citado o caso dos agricultores orgânicos que não conseguiram exportar seu soja devido à contaminação provocada por seus vizinhos veneneiros.

Há a necessidade e a importância da participação popular através de denúncias de casos de contaminação, doença e morte através de agrotóxicos à ANVISA.


Telefones para notificação de intoxicação  por agrotóxico


ANVISA: 0800 722 6001


Ouvidoria: 0800 644 4414


CIT: 0800 41 0148

III - 10ª Jornada de Agroecologia: A matriz do capital e a matriz soberana - a Agroecologia

Sebastião Pinheiro em mesa redonda da 10ª Jornada de Agroecologia.
Observem o tamanha da mandioca, à frente de Pinheiro, é óbvio!
Citações da Conferência proferida por Sebastião Pinheiro (UFRS) sobre 

"Se o solo tem saúde, o alimento tem saúde e o homem e a mulher têm saúde".

"A saúde brota do solo. Não vem da prateleira das farmácias".


"Se no Brasil se usa mais de 5,2 kg de veneno por pessoa isto é genocídio, eugenia..."


Recomendo o estudo da obra de Rachel Carson, Primavera Silenciosa (AQUI tem como fazer o download do livro) obra que foi proibida nos EUA à época de sua 1ª edição".


Rachel Carson
"Os ftalatos do plástico mudam desregulam os hormônios e causam câncer no fígado, rins e pulmão".


Denúncia (que todo/a Educador/a que se preze já sabe):
A Revista Agrinho é uma recurso subliminar de fazer propaganda em favor dos agrotóxicos. Isto é uma forma facista de fazer propaganda.

Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida


Para você que visita esta página, 5,2 kg de veneno é suficiente para ajudar envenenar e a matar o solo, a água, o ar, os alimentos, toda forma de vida, emfim, o Planeta Terra?
Ou você se sente impulsionado a tomar uma posição contra esta situação provocada pelos fabricantes de veneno e pelos veneneiros?

II - 10ª Jornada de Agroecologia

Dia 22/06 pela manhã nos instalamos no local, pegamos nossas credenciais e almoçamos. Aqui estou com a companheira Maria, uma das mulheres que preparou as refeições com víveres trazidos diretamente do campo agroecológico para nós.

A abertura da 10ª Jornada de Agroecologia aconteceu na Câmara Municipal de Londrina, antecedendo  a sessão  semanal . Foi uma Audiência Públicana qual uma Vereadora e outros companheiros  dos Movimentos sociais e da Educação do Pr e do Br, apresentaram a caminhada da Jornada nestes dez anos de sua organização por diferentes cidade do Estado do Paraná. Apenas 10 (dos trinta vereadores que compõem  a câmara municipal) estavam presentes.

Depois da Audiência Pública os participantes da Jornada seguiram em Marcha desde a Cãmara Municipal até a Concha Acústica da cidade. Um grupo de militantes pela causa da Terra Livre e da Agroecologia, distribuímos pelas ruas e comércio de Londrina o Jornal Brasil de Fato, edição especial (nº 429) intitulado Jornada pela Humanidade.

Aqui, na Concha Acústica da Cidade de Londrina, aconteceu o 2º momento da abertura da 10ª Jornada de Agroecologia com cantos, palavras de ordem dos Movimentos Sociais e as falas das mais diversas lideranças e representações populares. Ao final (depois das 18h) os presentes seguiram de ônibus até a UEL, onde nos esperava um jantar preparado pelas mais diversas brigadas estaduais, nacionais e internacionais.

I - 10ª Jornada de Agroecologia

          Estivemos reunidos na Universidade Estadual de Londrina entre os dias 22 e 25 de junho de 2011. E o grande diferencial da 1ª Jornada Paranaense de Agroecologia (2001), na Cidade de Ponta Grossa/Pr, e a 10ª Jornada de Agroecologia (2011), é que aquela contou com a participação de cerca de 300 pessoas e tinha como local um ginásio de esportes (para a Plenária) e uma mangueira coberta para exposição de bois que serviu para alojamentos/dormitórios), e a Jornada deste ano aconteceu em uma Universidade, com mais de 4000 pessoas,  as Oficinas e Seminários tiveram lugar nas dependências da Universidade e os alojamentos foram em locais adequados, como ginásios de esporte e sede recreativa da associação da universidade. 
          Mesmo reconhecendo o quanto as jornadas avançaram no processo de construção e desenvolvimento da questão da Agroecologia aos níveis estadual, nacional e internacional, sabemos da grande dificuldade da reitoria e das direções da universidade em reconhecer a pertinência do evento e ceder tal espaço,  apesar daquela instituição ser pública, e que por isso mesmo é um "território de disputa" entre diferentes interesses. O contexto de Ponta Grossa estava correto porque era com o que podíamos contar naquele momento. E a Jornada de Londrina representou o processo de organização, ampliação, reconhecimento e conquistas. 

sábado, 18 de junho de 2011

Fechar Escola é crime


É crime porque fechar escola é a mesma coisa que enfraquecer ou acabar com a comunidade. É expulsar os trabalhadores do campo. É esvasiar o campo, aquilo que se chama êxodo rural. É inchar e favelizar as cidades. É dificultar a educação dos filhos e filhas dos camponeses. É promover a violência no campo e na cidade. É concentrar a terra nas mãos do latifúndio. É promover a monocultura e a morte da biodiversidade. É acabar e encarecer os alimentos de qualidade. É apoiar o agronegócio, os veneneiros, a alimentação contaminada...

Alguém poderia perguntar: por que a referência do tema fechamento das escolas e o campo? Eu responderia: porque o fechamento das escolas está muito ligado ao campo e à questão agrária, considerando que o processo de nuclearização dos anos 90 atacaou frontalmente o campo e trouxe consequências muito negativas para as cidades. E, infelizmente, este processo, depois de 10 anos de discussão, reconhecimento, legalização e implantação da Educação do Campo (EdoC), está retornando criminosamente para fechar as escolas do campo e as escolas rurais que ainda restam.

Em meados dos anos 90, no município de Candói, a administração municipal iniciou o processo de nuclearização, através do qual conseguiu fechar mais de 50 escolas. E com o seu fechamento vieram sobre as comunidades do campo todas aquelas mazelas citadas no início desta coluna.

Hoje a cidade tem muita gente “morando”, “habitando”, “sobrevivendo”. Mas agora esta gente não tem mais os espaços da horta, do pomar, do galinheiro, do chiqueiro de porcos, do curral das vacas de leite, das ovelhas, dos cabritos, do açude de peixes, da apicultura, dos múltiplos cultivares agrícolas, como o feijão, o arroz, a batata, a amandioca, a cana, a abóbora, etc.

A cidade tem muita gente que não está preparanda ou em condições de viver dignamente nela.  São gente que não tem profissão, não tem formação, não tem tem Trabalho nem emprego, não tem onde morar dignamente, não tem o que vestir decentemente, não tem o que comer equilibradamente.. muita gente nestas condições vivem por conta do bolsa família, das cestas básicas da promoção social (quando tem!), da caridade das instituições civis e religiosas.

As seis escolas núcleos, especialmente as escolas da cidade, estão vazando “alunos” pelas janelas. As educadoras (es) estão estressadas, doentes, desencantadas com a realidade das escolas. Muitos “alunos”, além das consequências citadas anteriormente, chegam à 5ª série ou ao 6º ano, sem saber ler, escrever, calcular, que são as condições mais primárias da alfabetização. Além do que chegam à escola com um pacote de problemas originados de suas condições sócioeconômicas.

Depois deste quadro exposto, relembrado reiteradas vezes, não me venham dizer que “fechar as escolas” do campo, colocar ônibus para o transporte escolar das crianças, que concentrar as crianças em poucos núcleos, significa escolas ou educação de qualidade!

O campo precisa do retorno das suas escolas. Aliás, em boa medida, precisa também da Reforma Agrária e do retorno do seu povo. Não precisa mais das “escolas rurais municipais isoladas”, mas de Escolas do Campo com um Projeto Político Pedagógico que reconheça o campo, que respeite o contexto do campo, que valorize os povos do campo, com toda a sua carga histórica de experiências e conhecimentos, e pense o desenvolvimento do campo de forma sustentável, sob a matriz tecnológica da Agroecologia, sem esquecer a sua interdependência com o povo da cidade e vice versa.

Povo sem Memória é Povo sem História

          
         A História passou por muitas fazes até alcançar o status de Ciência como nós conhecemos na atualidade. Inicialmente a História estava carregada de mitos, de religiosidade, tinha como função trazer respostas, quaisquer que fossem, para o surgimento das Nações ou para justificar o papel dos deuses entre os Povos. Depois foi utilizada ideologicamente para justificar o poder político, econômico e social e os abusos dos empoderados, como reis, monarcas, presidentes, governadores, prefeitos e outros... E estes papéis, ainda que duvidosos, estão presentes em diversos lugares e situações em nosso Planeta Terra.
          Foi das visões torcidas do sentido da História, como Ciência, que se ensinava nas escolas e universidades, até bem poucos anos, que da História só faziam parte os reis/rainhas, generais, grandes heróis, dentre outros. E o Povo, que constitui os Sujeitos da História, que sustenta toda a base da História, era alijado, excluído do processo histórico.
          Só tinha História quem tinha poder político, poder econômico, os heróis, os vencedores e coisas do gênero. Os trabalhadores e as trabalhadoras que derramam o suor, o sangue e as lágrimas, através do seu Trabalho, ficavam no anonimato, no obscurantismo da memória ou da História Oficial, a História das elites, dos poderosos, os que supostamente tinham pedigree...
          (Continua...).

BATATA YACON, de Rebouças - Pr

          Em passagem por Candói (vindo da cidade de Rebouças para o Sudoeste do PR) nosso amigo Anderson Gibathe nos visitou e trouxe diversos produtos cultivados ecologicamente no campo por seu pai e sua mãe. E dentre frutas, mudas de plantas ornamentais, trouxe também alguns tubérculos, que são as batatas Yacon, provenientes dos Andes. Indicou um sítio que explica os BENEFÍCIOS DA BATATA YACON. É um tubérculo muito saboroso para ser consumido cru. Tem um sítio que traz diversas especificações técnico-científicas sobre esta rica planta, aqui YACON.
           Seguem as fotos que fiz com alguns exemplares: